Cap. 41 - Fuga Desastrosa

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CATLÉYA NARRANDO...

Enquanto aguardo trancafiada dentro do quarto, noto que ele possui um banheiro, com uma janela de vidro. Pego a cadeira que estava do lado da cama e coloco abaixo da janela. Subo e observo o lado de fora, vejo apenas estrelas e uma imensidão negra.

Procuro algo que eu possa usar como arma, mas não encontro nada. Ando de um lado pro outro, sinto fome. É isso...

- Oi, tem alguém aí fora? Estou com fome. - Digo batendo na porta com força.

- O que desejas, senhorita Cat? - Krauser diz com uma voz quase robótica.

- Eu quero frutas e mais água, por favor.

Ele assente com a cabeça, e logo trás uma bandeja com o pedido. Peço para que ele coloque em cima da mesinha de cabeceira. Enquanto ele está de costas, analiso-o rapidamente e pego sua faca. Dou um pulo em cima dele pra tentar tirar o maldito chip controlador. Coloco o braço em volta de seu pescoço pra me segurar, tento arrancar aquilo com a faca, sem sucesso.

Ele me joga no chão e prensa meu pescoço, fazendo com que eu perca o fôlego. Ele aperta meu pulso, e acabo abrindo a mão, deixando assim o objeto cair. Ele me encara confuso.

- Catléya? - Ele diz surpreso, me soltando.

- Krauser? Você está bem? - Digo tomando fôlego, e noto confusão em seus olhos. Ele balança a cabeça algumas vezes como se tivesse levado uma pancada.

- Eu, não sei. Ah... - Ele cai de joelhos, com as mãos na cabeça como se sentisse muita dor. - Cat, se afasta. - Ele fala me empurrando.

Me ajoelho ao seu lado, enquanto vejo-o se contorcer de dor. Acho que a tentativa deu certo, ou quase.

- Se afastes, humana. - Ele agarra meu pulso. - Boa tentativa. - Krauser dá um sorriso cínico e se levanta, pegando sua faca e guardando, depois segue para fora. Pelo menos danifiquei um pouco seu dispositivo controlador e...

Consegui pegar o seu comunicador!!

- Yes!! - Dou um pulo de vitória, e agora, é só lembrar do número de alguém pra ligar.

...

Enquanto como alguma coisa, tento colocar meu plano em prática. Tento o número do Dante inúmeras vezes e nada. Enquanto não sou descoberta, digito outro número, que imagino ser do comunicador do Reed. Eram os únicos que conseguia me lembrar no momento.

- Oi? - Ele atende.

- Oi, Reed. Sou eu. Preciso da sua ajuda.

- Cat? O que aconteceu? - Ele questiona confuso.

- Reed, a Tríplice me pegou de novo. Fala pro Dante que eu estou bem. Diz pra ele que o líder deles se chama Magnus. Talvez ele consiga rastrear o sinal do comunicador que peguei do Krauser e ... - Antes de terminar, a bendita ligação é encerrada. Espero que todos estejam bem.

...

Tento ligar novamente, mas infelizmente nem um dos dois está chamando.

Sigo até o banheiro, subo na cadeira e analiso o vidro da janela. Parece que ela tem um pequeno trincado se formando, bem pequeno, no cantinho quase imperceptível. Posso dizer que possui um ou dois centímetros de rachadura, mas já é o suficiente pra fazer o que estou pensando.

Forçar um pouso.

Pego a cadeira e bato com a ponta do pé dela virado pra janela, o trincado se torna maior.

- Boa, isso vai nos levar a algum outro lugar... Ou mais provavelmente à morte.

Dou mais uma pancada, e outra e mais outra, e o vidro se quebra, e a pequena abertura começa a sugar para fora da nave tudo o que existe no pequeno cômodo.

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