Cap. 51 - Morte e Vida

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CATLÉYA NARRANDO...

O vescorpião-monstro segue dilacerando os soldados, indo de encontro com meus amigos.

- MAGNUS, PARE AQUELA COISA. - Eu falo gritando pro salafrário farsante.

- Tarde demais, minha querida. - Ele diz me puxando na direção de uma nave enquanto abre o teto do local onde estávamos.

- Por favor, eu lhe imploro. Já estou indo com você pra seja lá onde, então não precisa matar mais ninguém.

- NÃO. - Ele diz parando abruptamente. - Eu sei que eles nunca irão desistir de lhe tirar de mim. Por isso tenho que eliminar todos, mesmo sabendo que irei lhe deixar triste. Mas você vai superar.

- Você tem razão. Eu vou superar. - Digo dando-lhe um abraço para abaixar sua guarda, e antes que ele possa agir com a luminosidade manipuladora de seu toque, dou-lhe um chute entre as pernas, fazendo com que ele se ajoelhe diante de mim.

Rapidamente, eu puxo a espada de sua armadura, e para minha sorte, ela é leve e consigo manuseá-la com facilidade. E antes que ele consiga sequer falar algo, ao levantar a mão que continha o pequeno painel que controlava basicamente tudo neste lugar, eu a corto com a lâmina afiada.

- KATY. Droga, o quê está fazendo? - Ele puxa o braço para perto de seu corpo, segurando o pulso recém cortado, que esguichava sangue para todo lado.

- Ai meu Deus. - Digo deixando a espada cair no chão, um pouco afastada de nós. - Me desculpe, mas não tinha outro jeito. - Falo enquanto retiro o painel de seu pulso ensanguentado, que manchava o piso de vermelho.

- Não, Katy. - Ele fala com os dentes cerrados, seu semblante é de pura dor. - Espere. Não faça isso.

- Me desculpe, Magnus. Eu preciso salvar minha família.

- Mas eu sou sua família.

- Não, você não é. Essa sua obsessão lhe deixou cego para a razão. Eu NÃO sou sua irmã. - Digo me afastando para longe dele, enquanto ele ainda está ajoelhado na mesma posição.

Totalmente desnorteada, tento parar aquela criatura apertando um botão após o outro. De repente a coisa pára, segurando Dante no ar com aquelas pinças gigantescas. Certeza de que o bicho iria cortá-lo ao meio, se Krauser não tivesse decepado o membro do insetão com uma espécie de machado que ele havia retirado de dentro de algumas caixas empilhadas.

O Nyar dá um urro de dor, e Estrela desfere vários tiros em sua direção, mas parecem não surtir efeito sob aquilo. Krauser enfia o machado no crânio dele e uma coisa viscosa azul brilhante começa a escorrer do ferimento de sua cabeça e do membro decepado. Enfim, o insetão pára de se mexer.

- ACHO QUE CONSEGUIMOS. - Grito de longe, e todos me olham suspirando aliviados.

Porém, meu sorriso de alívio é quebrado quando vejo dezenas de soldados adentrando no local, inclusive um deles é o pai de Reed que agora estava com um semblante ameaçador. Além de tudo, pra piorar a situação o vescorpião-monstro se levanta novamente, cambaleando e vindo na minha direção.

Ele esmurra Dante e os outros ao seu redor, jogando-os longe. Reed com muito esforço, se levanta bastante fraco e ferido tentando segurá-lo pela cauda, em vão, pois ele se esquiva e continua o trajeto.

Agora eu vou morrer. - Vou me afastando o máximo que consigo, pois correr não seria possível. Tento abrir uma porta atrás de mim com o cartão-chave que havia encontrado, estava dentro do meu bolso. Mas a maldita porta está em curto circuito e não quer abrir de maneira alguma. Lembro-me que ainda tinha um último explosivo, então o aciono e arremesso no ser, porém não fazem nem cócegas. A criatura vem se aproximando e abrindo a boca, mostrando uma boca menor com uma língua bifurcada repleta de espinhos.

Mil Estrelas por Você Where stories live. Discover now