Cap. 37 - Passando Mal

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DANTE NARRANDO...

Após Cat ter passado mal, eu nem dei importância a intriga de Lêyda com Anny Lee. Por sorte minha mãe estava ao lado de minha companheira, e a segurou para não se machucar com o desmaio repentino.

Pego-a nos braços para levar ao hospital que se encontra a uns dois quarteirões daqui. Mas antes de prosseguir, me viro para Lêyda e lhe informo que se algo de ruim acontecer com Cat por conta do soco que ela havia dado em seu rosto, eu a caçaria e faria ela pagar por isso. Também adverti para ela nunca mais se aproximar de nós.

Enquanto meu pai dispersa a multidão de curiosos, me dirijo rapidamente ao hospital. Chegando, explico toda a situação aos socorristas que se prontificaram em trazer uma maca para colocá-la.

Converso com um dos médicos, e peço para que ele faça alguns exames de sangue também. Relato ao mesmo como ela anda agindo ultimamente, com seus picos de estresse, irritação e choro. Ele diz que irá realizar todos os exames necessários para saber se este fato ocorre pela desregulação de hormônios ou por causa de algum vírus, bactéria, ou parasita no sangue que ela pode ter adquirido em nosso planeta.

...

Após um longo tempo de espera, Catléya surge acompanhada pelo médico. Ele diz que o restante dos exames ficarão prontos daqui algumas horas, e que ao menos com a cabeça dela não devemos nos preocupar, pois está tudo normal. Como ela não quer saber de esperar, decidimos ir embora pra casa.

- Me ligue quando os resultados estiverem prontos, doutor. - Digo e recebo um abano de cabeça do mesmo, e ele avisa para que ela não se esforce muito, devido ao trauma sofrido.

Concordo e logo saímos. Minha mãe por teimosia, decide vir conosco, com a desculpa de que precisava ajudar a cuidar de Cat. Anny também queria vir junto, mas minha mãe optou por ela voltar pra casa para dar assistência ao meu pai com os afazeres domésticos. Estranho sua decisão, mas como dizer não para sua própria mãe? Será que ela acha que não estou cuidando bem de minha companheira?

...

Ao cair da noite, minha mãe prepara o jantar e conversa alegremente com Catléya. Ela inicia um papo estranho sobre querer ver sua casa cheia de netos correndo de um lado para o outro.

Ouço meu comunicador tocar e noto que o contato é do hospital.

- Senhor... Dante... - Atendo, mas a ligação está com interferência.

- Pois não? - Saio de dentro de casa para melhorar o sinal.

- Sua... Companheira está... - Ouço alguns chiados. - Tomar cuidado com... Voltar... Hospital...

A ligação cai. Meu comunicador fica mudo. Talvez precise de uma carga nova. Decido que amanhã cedo iremos voltar ao médico.

Um vento gelado toma conta do ambiente, e por um momento, me sinto observado por alguém ou algo na escuridão da floresta.

Retorno pra dentro e confiro se todas as portas e janelas estão bem trancadas. Só por precaução.

Escuto as risadas das duas na cozinha, é bom Cat se distrair um pouco. Minha mãe pergunta algo meio íntimo a Cat, sobre seu sangramento mensal. Ela responde algo sobre estar atrasado devido ao choque dos dias serem mais longos, e alguma coisa sobre ela estar sob estresse, que faz seu sangramento atrasar.

- Que conversa sem pé nem cabeça vocês estão cochichando? - Falo abraçando Cat pelas costas.

- Nada, meu filho. Só sobre a possibilidade de Cat estar grávida. - Ela diz com um sorriso satisfeito enquanto mexe algo na panela. - Afinal, vocês já se acasalaram. É só questão de tempo.

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