Sweet Creature

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Oi, leitores! Vocês gostam do Harry Styles?? Eu amo demais e nem sei como demorei tanto para colocar nessa fic uma música dele, mas agora encontrei um bom momento, porque achei que a letra combina bastante com os sentimentos dos personagens.
Estou animada com esse capítulo e porque dessa vez não demorei para atualizar, então espero que vocês aproveitem.Boa leitura!

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Os olhos verdes estavam exaustos de tentar dormir. O coração era envolvido por correntes de angústia que tornavam cada batida penosa, dolorida. Lydia não sabia nem sequer como respirar com aquele bolo na garganta, sentia-se sufocada e o colchão confortável sob seu corpo não era capaz de lhe trazer nenhum alívio. As lágrimas que prendeu por tanto tempo já tinham se derramado até esgotar de vez a sua energia. Estava destruída, não suportava mais os questionamentos que rondavam em sua mente em união a culpa e ao medo paralisador.

Nas primeiras vinte e quatro horas do sumiço de Mitch e Malia, Lydia ainda conseguiu sustentar dentro do peito uma esperança fugaz que alimentou todas as suas ações. Ela, Scott e Peter se dividiram para expandir o perímetro de busca, sendo que o Collins se concentrou em rastrear os celulares dos agentes desaparecidos e a investigar imagens de câmeras de segurança, já a Martin andou por todos os arredores do hotel, interrogou algumas pessoas e dirigiu por vários quarteirões e Scott invadiu o apartamento de Mitch e de Amber, buscando por qualquer pista. No final do primeiro dia, conseguiriam a placa de um carro e algumas imagens borradas dos rostos dos agentes.

Quando completou quarenta e oito horas de desaparecimento, a Martin já não lembrava mais a última vez que conseguiu dormir. Irene se juntou aos esforços logo depois de terminar os assuntos pendentes em relação a morte de Amber e assim, a chefe, Peter e Scott combinaram de trabalhar em turnos diferentes para que pudessem descansar. Lydia foi a única que não concordou com esse método, incapaz de parar por pelo menos uma hora consecutiva. Sentia-se ansiosa e agitada o tempo todo, quase obcecada em seu objetivo de não permitir que Mitch se ferisse. A possibilidade de que ele morresse era tão insuportável que gerava dor física e o desespero e o cansaço prejudicaram sua concentração e deprimiram seu humor.

Após cinquenta e três horas, os agentes conseguiram reunir um número considerável de descobertas que, no entanto, não foram o suficiente para encontrar Mitch e Malia. Eles já sabiam a que horas eles saíram do hotel, os nomes dos funcionários mortos, a placa de dois carros que foram roubados na região e a identidade de um homem que em uma câmera, foi visto com o Rapp e a Hale. Sendo que esse mesmo homem foi encontrado morto a quilômetros de distância do hotel. Lydia estava esgotada, já tinha ultrapassado seus limites físicos e psicológicos, não sabia mais como agir.

As sessenta e duas horas de desaparecimento, Lydia finalmente cedeu aos pedidos de Scott e ocupou uma suíte na CIA. Quando ficou sozinha, chorou até não suportar mais e só depois tomou um banho demorado, vestiu a roupa confortável de moletom que o McCall trouxe e se deitou na grande cama de casal. Tinha quase certeza de que cochilou uma ou duas vezes, o que não chegou nem perto de restaurá-la da exaustão. Ficou quieta por algumas horas, encarando o teto em total silêncio, tentando lembrar a si mesma a como voltar a respirar. Sua melancolia era palpável, um peso que carregava e provocava dor nas costas e ombros. Estava absorta nas próprias emoções quando a porta da suíte foi aberta.

— Lydia! Eles voltaram — Scott entrou no quarto sem nenhum tipo de aviso e soltou a frase afobada. Sua respiração era ruidosa, o peito subindo e descendo com o esforço.

— O quê? Do que você está falando? — Perdida, Lydia franziu o rosto e se sentou na cama, piscando os olhos várias vezes pelo incômodo da luz artificial que Scott ligou. Encarou o irmão e a compreensão começou a alcançá-la.

Drop of waterWhere stories live. Discover now