Start a war

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Prontos para mais um capítulo?? Hoje finalmente consegui escrever mais dessa fic, então resolvi postar para vocês.

Não costumo escrever muitas cenas de ação e faz tempo que não escrevo fics que têm cenas desse gênero, então realmente espero que gostem do que escrevi. Tentei fazer o meu melhor.

Boa leitura!

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Os jovens se vestiram em pouco tempo. Os dois colocaram roupas escuras e sem nenhum detalhe que chamasse atenção. Mitch escondeu um calibre 38 na parte de trás da calça jeans, cobrindo com a blusa e Lydia optou por uma pistola glock.

Ela queria perguntar sobre o ocorrido de pouco antes, mas não sabia como começar o assunto e principalmente, tinha medo de como Mitch ia reagir. Por isso, apesar da curiosidade, Lydia se manteve calada, algo que era incomum para ela.

Eles tiraram os poucos pertences pessoais do quarto e entregaram a chave do quarto do hotel, sabendo que não voltariam para lá. Enfiaram tudo no carro e Mitch começou a dirigir quando o céu ainda estava escuro, pois queriam ver o momento exato em que o alvo chegasse no lugar indicado.

O silêncio era desconfortável para Lydia, a fazia se remexer no banco em total desconcerto e balançar os fios ruivos em um tique nervoso. Ainda assim, estava disposta a respeitar a privacidade de Rapp; não queria provocar aquela expressão de dor que viu no rosto dele por causa do pesadelo.

Mas contra todas as expectativas, foi Mitch que quebrou o silêncio que para ele, era reconfortante. Ajeitou a coluna no encosto, apertou de leve as mãos no volante e após um suspiro demorado, disse em um murmúrio:

— Alguns anos atrás a minha noiva morreu na minha frente. Nós estávamos viajando, eu tinha acabado de a pedir em casamento, ela aceitou e então teve um ataque terrorista... — Disse com a voz cansada e deprimida, parou por alguns segundos e voltou a falar: — Ela morreu na hora.

Lydia digeriu as informações reveladas com alguma dificuldade. Não esperava que ele fosse dizer alguma coisa, muito menos que fosse contar algo tão doloroso e pessoal daquela forma.

Já tinha se passado anos desde a morte de Katrina e só por isso Mitch era capaz de dizer o nome dela, dizer o que tinha acontecido. Ainda doía, doía demais, no entanto, depois de se confrontado tantas vezes com aquele assunto, por tantas pessoas, era quase suportável dizer.

No início ele achava que se não falasse mais o nome dela, se não contasse para ninguém o que tinha acontecido, talvez o luto diminuísse, talvez ele conseguisse se distrair daquela perda irreparável. Porém, fazia muito tempo que Rapp já tinha perdido essa esperança.

Nada diminuía a dor, nem mesmo as lembranças.

Lydia engoliu em seco, sentiu o estomago revirar e precisou de alguns segundos para tomar coragem para encarar Mitch. Observou o rosto dele e só falou quando teve certeza de que a voz não ia falhar.

— Qual era o nome dela?

A pergunta improvável de Lydia fez Mitch abrir um meio sorriso triste. Quando ele contava sobre o ataque ninguém se preocupava em perguntar o nome da noiva. Só diziam frases pré-formadas de luto e superação, mas Lydia era diferente.

— Katrina.

— E foi por isso que de noite...

— Sim, eu ainda tenho pesadelos sobre o que aconteceu. — Respondeu rápido e após alguns segundos acrescentou a frase quase desconexa: — Eu matei cada filho da puta responsável pelo ataque.

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