-Modelo comercial. - corrigi 

-Modelo comercial e famosa! - disse Ana.

-Para gente, ninguém olha para a modelo, só para as roupas. - falei

-É claro que olham! - falou Téo e apenas sorri. Não dá para discutir com esses dois.

Em seguida fui fazer três caipirinhas, enquanto Téo é Ana colocavam a carne na churrasqueira.

-Experimenta. - falei entregando um copo com a mistura para Téo 

-Garota, isso está muito bom. Nem parece que tem álcool! - falou

-Mas tem bastante. - falei sorrindo

-Além de modelo sabe fazer caipirinha, garota eu vou te adotar! - falou bebendo todo o líquido do seu copo e eu sorri da cena.

-Téo, muito obrigada, de verdade, sem você eu não teria conseguido esse emprego. Você me salvou naquele dia e eu não sei como te recompensar. - falei

-Não precisa me agradecer, Mel. Você conseguiu o emprego porque é bonita e tem potencial, e, assim como eu, eles viram isso em você também. Mas se quiser me recompensar é só fazer mais dessa caipirinha, porque ela está  DIVINA! - falou e eu sorri do seu comentário, Téo é sempre bem humorado. 

Passamos a manhã e boa parte da tarde bebendo, comendo e jogando o famoso "Eu nunca" com as perguntas que saíam da cabecinha nada decente de Téo. Acabamos todos nós nos surpreendendo com as coisas que todos confessamos já ter feito e isso nos aproximou mais ainda. Ana se sentiu tão a vontade com Téo, que decidiu falar que ainda é virgem, o que é um assunto complicado para ela, mas o melhor foi ver ele engasgado com a caipirinha sem acreditar no que ela falou. Continuamos a brincadeira e estava tudo bem agradável.

- Eu nunca… err… fiquei com um Ferrari? -  perguntou Téo sorrindo para mim e estreitei os olhos para ele.

-A Mel até dispensa um! - falou Ana sorrindo e Téo arregalou os olhos 

- Você está dispensando o gostosão? - perguntou ele.

-É complicado. - falei

-Meu amor, com um homem daquele na minha cola eu não queria saber se era fácil ou difícil, só queria saber de dar pra ele o dia todo! - falou e eu gargalhei 

-Ela recusa as ligações dele todos os dias, acredita? - falou indignada.

-TODOS OS DIAS? - perguntou ele em tom exagerado - Mel, minha querida, isso é um crime! Você deveria ser presa! Ignorar um homem daqueles, meu pai amado. Oohh senhor, umas com tanto e outros com tão pouco! - falou ele fazendo drama.

Depois que consegui fugir do assunto, Passamos um bom tempo bebendo, comendo, dançando e fofocando. Estávamos todos sentados nas almofadas quando Téo diz:

- Mel, seu telefone está tocando. - pego o celular e vejo o número que já conheço bem. É ele. Apenas silêncio o toque e contínuo bebendo. - Não vai atender? - perguntou Téo 

- Não. - falei 

-Qual é Mel, atende logo ele. Há dias ele liga pra você. - falou Ana

-Atende, o que você tem a perder garota? - perguntou Téo. 

- Vocês querem que eu atenda? - perguntei 

-SIM! - responderam juntos. Então peguei o celular e atendi antes que caísse. 

-Alô? - perguntei em tom irritado. 

-Melissa...Que barulho é esse? Onde você está? - Eu mereço, ligou pra me interrogar!

-Não é do seu interesse! - falei firme

-Quero conversar com você. - falou em tom firme e posso visualizar perfeitamente sua face séria e arrogante pronunciando essas palavras. 

-Mas eu não quero! - falei e desliguei em seguida. 

-O que foi isso, garota? - perguntou Téo tentando segurar o riso.

- Vocês queriam que eu atendesse, pois bem, atendi a ligação dele. - falei virando o copo.

-O que ele falou? - perguntou Ana

-Disse que queria conversar e perguntou onde eu estava e o porquê do barulho. Eu em, se ele quiser que vá interrogar e conversar com as putas dele e não comigo. - falei

- Você é o famoso "pau de dar em doido!", Mel! - disse Téo sorrindo.

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Passamos o restante da tarde bebendo e dançando muito. Era um ambiente simples, mas bem divertido e com Téo e Ana juntos a festa estava feita! 
Bebemos tanto que acabamos dormindo na casa de Téo mesmo.
 No dia seguinte acordei bem cedo, com uma ressaca de matar, e logo cuidei em acordar Ana para irmos embora, pois tinha que estar na agência daqui a pouco, e assim fiz. Avisei Téo que já estava de saída e fui embora.

Dirigi até o meu Apê com Ana desmaiada no banco de passageiro. Quando chegamos, ela foi direto dormir e eu fui cuidar em tomar banho e me arrumar. 

Quando finalmente fiquei pronta, tomei um analgésico para minha dor de cabeça e saí.

Cheguei na porta da agência e estacionei meu carro no espaço privativo para funcionários. Em seguida peguei meu celular na bolsa e mandei mensagem para Ana fazer algo para comer, pois não deixei nada pronto. Depois de enviar a mensagem para ela notei algo diferente, não haviam mais ligações perdidas dele.

Fui no histórico e a última vez que havia ligado tinha sido ontem quando atendi e depois desliguei na sua cara, droga! Acho que fui grossa demais. Não sei explicar, mas confesso que me bateu uma pontada de tristeza ao ver que ele não tinha ligado, acho que agora ele desistiu de vez e esse pensamento me dói. Porcaria de sentimentos!

Respirei fundo, saí do carro e caminhei para a entrada da agência. Os meus problemas precisam ficar da porta para fora, pois hoje o dia será bem longo, é o último dia de fotos da campanha, em seguida vão cuidar das edições e do lançamento que será daqui três dias, então tenho que focar. 

Subi para o quinto andar, cumprimentei as meninas da recepção e em seguida fui vestir o primeiro look do dia. Depois as meninas cuidaram da maquiagem e de meus cabelos e então fui para o estúdio. 

-Pronta? - perguntou David assim que entrei 

-Acho que sim. - falei e fui para a frente das câmeras.

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Depois de passar a manhã toda fotografando, dei uma pausa na hora do almoço e fui vestir a minha roupa para ir comer no restaurante de sempre. Depois que me troquei, peguei minha bolsa e desci. Saí do prédio da agência e estava prestes a atravessar a rua para ir para o estacionamento, quando vejo um carro preto parado na porta, com um homem que conheço bem encostado nele, com os braços cruzados no peitoral e olhando diretamente para mim. 

Porra, é ele!

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CONTINUA...

APOLO FERRARIWhere stories live. Discover now