Capítulo 27

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Enquanto houver razões eu não vou desistir
Se for pra eu chorar, quero chorar por ti
Porque não te esqueço
Vou te esperar passe o tempo que for
Deixe bem guardado esse nosso amor
Sei que eu te mereço
              Jorge e Matheus

              Escuto o despertador do celular tocar e minha vontade é de desligar e continuar quietinho aqui na minha cama, não consegui dormi direito, fiquei revivendo o beijo que Manu e eu demos no elevador, ela correspondeu com a mesma vontade ...

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              Escuto o despertador do celular tocar e minha vontade é de desligar e continuar quietinho aqui na minha cama, não consegui dormi direito, fiquei revivendo o beijo que Manu e eu demos no elevador, ela correspondeu com a mesma vontade que eu, não posso esta louco, não posso ter fantasiado isso, não posso ter sentido todas aquelas emoções sozinho.
             Durou tão pouco, infelizmente a merda do elevador voltou a funcionar e o encanto acabou, mais eu sei que o beijo mexeu com ela também, se não ela não teria saído daquele jeito, não é?
             Confesso que eu tinha esperanças, achei que as coisas poderiam começar a se ajeitar ontem, doce ilusão, sei que teria que lutar para provar muita coisa pra ela, mas achei realmente que poderíamos começar a nos entender.
             Fiquei confuso e pensei em desistir, depois que ela entrou em um taxi eu entrei no meu carro e vim pra casa e bebi muito, tinha jurado pra mim mesmo que não iria mais tentar nada com ela, só que bastou mais alguns copos de bebida pra perceber que não conseguiria, quase fui na porta dela bater e me humilhar, mas pensei melhor e seria um tiro no pé aparecer bêbado na frente dela, então decidi lutar por ela. Vou provar que mudei, que mereço seu perdão e uma segunda chance. Ao lembrar disso dou um pulo da cama animado, vou reconquistar essa diaba e vou começar hoje, já sei que ainda mexo com ela, vou usar isso a meu favor.
           Tomo um banho demorado, visto um terno e capricho no perfume malbec, o mesmo que usava quando namorávamos e ela amava, passo na cozinha e tomo um copo de suco e pego uma maça para comer no caminho.
           Quando abro a minha porta eu vejo Manu e Fabiana dentro do elevador ainda com as portas abertas, quando ela me ver começa apertar o botão para as portas fecharem, fico a encarando sem da um passo ate as portas se fecharem, eu entendo essa atitude dela como um ponto ao meu favor, porque se ela não sentisse nada por mim ela não me evitaria assim, não é mesmo? Sorrio sozinho e sigo rumo ao elevador.

             Chego a empresa um pouco atrasado porque resolvi passar em uma doceria e comprar uns bombons com morango no meio que eu sei que ela ama. Entro sorridente na sala e ela me olha desconfiada de rabo de olho, eu deixo minha pasta na mesa e caminho em sua direção entregando o saquinho de papel onde esta os bombons.
           -Bom dia Manu, trouxe pra você, como está? - ela olha desconfiada de mim para o pacote.
           - O que deu em você? Não quero nada vindo de você não, não ficou claro ontem?- ela pergunta com carinha de brava mais vejo seus olhos com curiosidade na sacola ainda estendida na sua frente.
           - Cadê a educação que tia Marília te deu em? Isso aqui é aqueles bombons que você ama com morango dentro, pode pegar.- balanço novamente em sua frente e ela pega ainda com o olhar intrigado.- E respondendo sua pergunta, ficou claro sim ontem, só estou tentando ser legal e ter o mínimo de convivência boa com você já que vamos trabalhar juntos. Mas não se preocupe, eu entendi sim que você não me quer mais.
            - Então já desistiu? Não me surpreende.- ela tentar ser debochada mais eu sinto um leve tom de tristeza.
            - Não da pra remar contra a maré não é mesmo? - digo e dou uma piscadela e me viro voltando pro meu lugar.
             - Tem razão. - quase não consigo ouvir ela dizer de tão baixo que foi mas não respondo.
            Eu não desisti dela, só percebi que ir com muita sede ao pote não esta adiantando, então meu plano é comer pelas beiradas no maior estilo mineirinho.

             Trabalhei em silêncio a maior parte do tempo, eu só me dirijo a ela quando é extremamente essencial, ao contrario de ontem que chamava ela para coisas que não precisava dela ver.
              Vejo que ela esta encabulada com a minha mudança e percebi que a incomodou, mas ela é orgulhosa de mais e nunca admitira qualquer coisa, eu a entendo, não estou querendo sair de certo da historia, só quero o perdão e uma segunda chance.

                Esta quase no final do expediente quando ela se levanta com alguns papeis e vai para o armário de arquivo, a vejo ficar na ponta dos pés e tentando pegar uma caixa que esta em cima do arquivo, não sei se é de proposito ou não, só sei que com esse movimento ela acaba empinando a bunda na minha direção, ela esta com uma saia aparentemente comportada na frente e atrás tem um rachado no meio de mais ou menos um palmo de comprimento.
             Mais do que depressa eu levanto tentando não fazer barulho e me aproximo por trás dela. Encosto meu corpo no seu de leve e a vejo estremecer.
           -Deixa que eu pego para você. - digo esticando o braço por cima dela e trazendo a caixa para a beirada do arquivo, antes de desce-lo para entregar pra ela, resolvo testar seu auto controle em relação a mim.- Esta pesado, quer que eu coloque em cima da sua mesa?- falo baixinho perto do seu ouvido e eu me surpreendo com um suspiro que ela dá, ela não se afasta e nem pede para que eu me afaste.
           - Por favor.- ela sussurra e eu não sei exatamente o que ela esta pedindo de verdade, mas preciso continuar mais distante para provar que mudei e que a quero na minha vida.
            - Claro.- digo pegando a caixa e me afastando para coloca-la em cima de sua mesa.
             Ela me olhar com raiva e ao mesmo tempo sem graça, mais como eu já disse ela nunca admitiria nada.
           Ouvimos uma batida na porta e ela manda entra.
           -- Boa tarde crianças, porque essas carinhas de quem estavam aprontando em?- Guilherme pergunta fazendo graça e Manu fica mais vermelha.
            - Com licença preciso pegar uns papeis com a Marcela.- ela diz e sai da sala.
           - O que você esta fazendo com a garota cara?- Guilherme pergunta rindo.
          - Eu? Nada demais, só quero provar que mudei e mereço uma segunda chance.- digo sorrindo e ele da um sorriso fraco.- O que foi? Aconteceu alguma coisa?
          - Ontem sai com a Fabiana para um barzinho aqui perto, estava tudo indo bem, nos beijamos e eu não aguentei e contei pra ela que estava noivo.- ele diz cabisbaixo.- Claro que ela não levou numa boa, então fiquei de vim hoje aqui pegar ela para conversarmos, vou contar a verdade pra ela, pode me achar bobo com o que vou dizer agora, mais ela mexeu muito comigo, de um jeito que ninguém nunca mexeu.
             - Eita por.ra.- digo mais alto do que pretendia. - Cara você fez certo, eu sou a prova viva de que mentir ou omitir algo pode acabar dando bem errado. Só que tenho uma má noticia para você.
            - O que é?- ele pergunta com a testa franzida.
           - Fabiana saiu mais cedo hoje, disse que estava com dor de cabeça e pediu para trabalhar home Office, não vi problemas na hora que ela me pediu então deixei.
          - Ela está correndo de mim, pu.ta que pariu.- ele diz triste e apoia a cabeça nas mãos.- O que eu faço pra ela me escutar Matheus? Mal conseguir dormir essa noite só pensando nisso.
          - Acho que tenho uma ideia e sei quem pode nos ajudar.- abro um sorriso e ele me olha de lado. Preciso ajudar meu amigo, ele sempre esteve ao meu lado.
           
             
              

Coração não te esqueceuOnde as histórias ganham vida. Descobre agora