Capítulo 14

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Se quiseres ir vai não vou te segurar mais vou sofrer, se quiseres voltar volte estarei sempre aqui, mais não serei o mesmo!
                        Autor Desconhecido

Se quiseres ir vai não vou te segurar mais vou sofrer, se quiseres voltar volte estarei sempre aqui, mais não serei o mesmo!                        Autor Desconhecido

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      Não pensei que ia doer tanto. A sensação que tenho é que posso sofrer uma parada cardíaca a qualquer momento.
Minha vontade é ir lá e implorar o seu perdão, mas minha mãe e a tia Marília me pediram pra ficar longe dela, dar esse tempo pra ela sozinha, deixar ela viajar e quando vier nos visitar eu tentar conversar com ela. Mas aí é que está o problema, ela não tem data para vim, vou ter que esperar sem nem ao menos saber quando isso vai ser.
Vejo ela de longe se despedindo de todos e chorando, e me sinto um filha da pu.ta, ela sempre foi apegada aos pais e sei que só está indo embora por minha culpa, caralho só faço burrada.
Quando ela entra no carro sem olhar para trás, eu entro para dentro de casa, pego minha carteira e a chave do meu carro e resolvo sair, ficar dentro dessa casa que tudo me lembra ela não vai me ajudar.
Saio de carro sem rumo, só dirijo por muito tempo e paro quando vejo um boteco desses de bairro, onde sei que posso beber a vontade sem me preocupar com ninguém.
Estaciono e sigo para dentro do bar, as pessoas ficam olhando, acho que por causo do meu carro, mas nem ligo só quero beber.
Sento na mesa perto do balcão e um senhor vem me atender.
- Em que posso te ajudar jovem?- ele pergunta simpático.
- Tem uísque?- pergunto.
- Ter até que tem, só não sei se é do que você está acostumado. - ele diz sem graça.
- Tudo bem, quero a garrafa por favor.
- Já trago.- ele saiu sorridente e não demora para voltar com a garrafa e um copo. - Vai querer comer alguma coisa? Minha esposa faz umas porções caprichada.
- Não abrigado, só a bebida mesmo.- respondo já virando o primeiro copo.
-Se precisar é só chamar.- ele diz se retirando.
Não sei quando tempo fiquei sentado, bebendo e pensando nos meus momentos com a Manu, só sei que quando percebo minha garrafa já foi mais da metade.
- Você quer conversar rapaz?- levanto a cabeça para encarar o senhor que me atendeu na minha frente.- Pelo jeito está sofrendo por amor, se quiser conversar, tenho mais idade, acho que posso te dar algum conselho ou apenas ser um bom ouvinte.- ele termina de falar enquanto o olho, realmente ouvir uma opinião de quem está de fora e não me conhece seria bom.
- Qual nome do senhor?  - pergunto.
- Cláudio e o seu?- ele vai se sentando na minha frente.
- Matheus- suspiro - você está certo, estou sofrendo como achei que nunca ia sofrer e agora não sei o que fazer.- começo meu desabafo.
- Conte-me o que aconteceu e darei minha opinião, quem sabe assim não te ajude a tomar alguma decisão.
- O senhor está certo, mais então pegue um copo e beba comigo porque a história é longa seu Cláudio.- digo já meio mole por causa da bebida.
Conto minha história com a Manu para seu Cláudio que está atento a tudo, digo tudo desde o início sem detalhes das partes íntimas claro.
- Foi isso que aconteceu, minha vontade era ir atrás dela e pedir perdão, insistir até ela me aceitar de volta mas minha mãe e a mãe dela não querem deixar, mandaram eu dar espaço para ela e esperar quando ela vier nos visitar e estiver mais calma.- término de falar e me sinto muito melhor de poder desabafar com alguém.
- É meu filho, sua situação é bem complicada né, você vacilou bastante.- ela dá uma pausa e me fita.- Você tem certeza que está arrependido e está disposto a ser o melhor pra ela?
- Se ela me aceitasse pode ter certeza que faria tudo diferente e ia fazer por merecer ela.- digo de cabeça baixa.
- Então eu acho sim que você tem que esperar. -o olho sem esperança e ele sorrir.- Mais só uma semana, isso é o suficiente para ela organizar as ideias na mente e se acalmar. Você não pode ficar esperando por muito tempo, ela está decepcionada e pelo jeito é nova e sem experiência, pode aparecer algum cara e se aproveitar desse momento dela, compreende?
- Você está certo, muito obrigado, foi muito bom desabafar com o senhor.- suspiro.- Volto aqui para te contar o que aconteceu e quem sabe conseguir algumas dicas de como me redimir com ela. - rimos e me despeço seguindo para casa com uma pontada de esperança, seu Cláudio tem razão, não posso esperar vou escondido dos meus pais e dos pais da Manu.
Nem sei como cheguei em casa, graças a Deus não sofri nenhum acidente, porque estava bêbado e fui imprudente.
Só tomo banho e caio na cama e desmaio de sono.

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Uma semana, uma fo.dida semana que mais pareceu um mês, como se já não bastasse a ansiedade e a saudade que estou sentindo da minha ruivinha, ainda tive que aturar um sermão da minha mãe e ela e a tia Marília mal olhando para minha cara, mas tudo bem, hoje me resolvo com minha ruiva e a trago de volta e elas vão voltar ao normal comigo, estou confiante.


Estou seguindo para o apartamento da minha família aqui em Santa Catarina em que a Manu está morando, estou muito nervoso e minhas mãos estão soando, a confiança que eu estava quando entrei no avião foi embora e estou com muito medo dela me recusar.
Chego no apartamento e me identifico e o porteiro libera minha passagem, chego a porta do apartamento e mesmo tendo conseguido a cópia da chave no escritório do meu pai resolvo tocar a campainha. Depois de alguns minutos a porta se abre e revela minha Manu com cara de sono.
- O que você está fazendo aqui?-ela pergunta surpresa tentando arrumar os cabelo bagunçados.
- Posso entrar?- peço.
- Qual seu problema Matheus? - ela bufa mas me dá passagem.- Qual a parte do fica longe de mim você não entendeu? E ainda vem de mala? Espero que não pense que vá fica aqui.- ela diz cruzando os braços.
- Vim te pedir perdão, se for preciso implorar eu imploro.- ela arregala os olho e eu respiro fundo e continuo.- Por favor? Eu estou muito arrependido, não consigo viver sem você, volta pra mim? Eu juro que vai ser tudo diferente. -digo por fim e vejo seus olhos encherem de lágrimas.
- Não. Vai embora por favor, me deixa viver minha vida em paz.- uma lágrima escorreu dos seus olhos e ela limpa rapidamente.- Já ouviu aquela frase " quem bate esquece, quem apanha nunca esquece"? Depois de tudo que você fez e falou sobre mim é impossível esquecer, para você é fácil para mim não. Não teríamos um relacionamento saudável, eu não confiaria em você mais e também descobrir que não te amo de verdade, então minha resposta é não, vá embora por favor, se não eu vou.
Fico sem reação com suas palavras e não me resta mais nada a não ser deixá-la em paz.

Coração não te esqueceuWhere stories live. Discover now