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A fraqueza e a vertigem que tomaram conta de meu corpo no instante em que aquelas luzes se ascenderam eram fortes o suficiente para derrubar qualquer pessoa. No entanto, meu cérebro se encontrava tão alarmado com o que meus olhos viam que desfalecer estava totalmente fora de questão.

Por isso, me apoiei momentaneamente no portal tentando recuperar o autocontrole e mesmo sentindo as pernas doerem obriguei-me a sair do canto e entrar naquela saleta.

Caminhando lentamente, tentei me forçar a olhar para o resto daquele cômodo na esperança de que talvez pudesse encontrar algo que explicasse toda aquela situação, mas era inútil, meus olhos sempre voltavam para os três rapazes submersos dentro daqueles tubos.

Era como se houvesse uma espécie de imã, que me chamava para cada vez mais perto e me fazia querer observá-los com mais cuidado. Assim, cheguei próximo o suficiente para ver a cada um eles e tomei algum tempo contemplando um por um os indivíduos que ali estavam.

O primeiro, que se encontrava a minha esquerda, era um homem bastante alto (considerando o tamanho dos outros dois e também o fato de que ele ocupava quase todo o tubo em comprimento) seus cabelos eram compridos e de um tom escuro, também possuía um maxilar bastante destacado mas seu corpo estava cheio de cicatrizes e dentre os três ele era o que possuía mais fios e canais ligados a si, o que findava dando-lhe uma aparência anêmica.

O segundo, que estava a minha frente, também era alto (porém um pouco mais baixo que o primeiro) ele tinha cabelos pretos, esses que não me permitiram ver seu rosto já que ao contrário do primeiro que tinha fios e canais o ligando por todo o corpo, esse possuía-os apenas na região do crânio e nos braços.

O terceiro de longe possuía uma aparência mais saudável. Mesmo sendo menor e fisicamente mais magro que os outros dois, ele era mais corado se comparado aos outros que eram quase brancos de tão pálidos. Seu cabelo era de um castanho claro e ele só possuía alguns poucos cabos em si, esses que estavam presos a parte de trás de seu pescoço e algum ou outro no braço, seu rosto era pequeno e ele aparentava ser mais jovem que os outros dois.

Estiquei o braço me sentindo tentado a encostar no vidro, sim eu quero encostar no vidro, mas parei no meio do caminho quando meu cérebro pareceu finalmente compreender a gravidade da situação e o pânico começou a me possuir.

Minha cabeça rodou e a constatação óbvia, porém estarrecedora começava a gritar em minha mente: Eu achei uma sala secreta com três rapazes escondidos dentro dela.

Eu achei uma sala secreta com três rapazes escondidos dentro dela.

Eu achei uma sala secreta com três rapazes escondidos dentro dela.

MEU DEUS EU ACHEI UMA SALA SECRETA COM TRÊS RAPAZES ESCONDIDOS DENTRO DELA!

QUEM SÃO ELES? PORQUE ELES ESTÃO AQUI? O QUE ELES FIZERAM? ELES ESTÃO MORTOS? PORQUE SE ESTIVEREM ISSO É DOENTIO. ELES ESTÃO VIVOS? PORQUE SE ESTIVEREM ISSO É MAIS DOENTIO AINDA! OS RAPAZES SABEM QUE ELES ESTÃO AQUI? MEU DEUS OS RAPAZES!

Bambeei para o lado sentindo a fraqueza voltar com tudo e minha cabeça doer.

Me virei para a direção contrária e fazendo uma força sobre-humana (porque o imã invisível que aqueles três rapazes possuíam me fazia querer ficar ali) me obriguei a caminhar para fora daquela sala. Meu desespero se tornando cada vez maior.

Eu tenho que encontrar os rapazes, tenho que mostrar para eles!

Puxei com dificuldade a porta que pesadamente começava a se movimentar.

Quando entrei naquela sala descobri que a porta era pesada e isso não fora nenhum empecilho na hora, mas agora com a pontada de dor crescente que começava a me assolar, fazer aquela porta sair do lugar parecia uma missão impossível.

GRAVITY                                                         [CONCLUÍDA ✓]Where stories live. Discover now