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Estico minhas pernas sentindo-me preguiçosa, a professora fala sobre o contexto de como nos tornamos escravos de nossos vícios e para isso está usando Shakespeare e Leonardo DaVinci

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Estico minhas pernas sentindo-me preguiçosa, a professora fala sobre o contexto de como nos tornamos escravos de nossos vícios e para isso está usando Shakespeare e Leonardo DaVinci. Os dois com suas citações inteligentíssimas que nos fazem refletir mesmo anos após suas mortes.

— ...E vemos isso acontecer até hoje. Muitas vezes um vicio pode não ser algo tão claro, e em outros momentos pode ser. Alguns vícios são vistos pela moral da sociedade como algum comum, ou então nem tão sério assim, como por exemplo a pornografia e o alcoolismo que a cada dia vem sendo tratado como mais comum. Quantas vezes já viram brincadeiras ou falas naturalizadas de pessoas que vão beber até não lembrarem mais de quem elas são? — L'ouvit observa o silencio na turma, e a forma como todos de alguma forma parecem estar se identificando com isso. — Pois bem, da mesma temos o total contra ponto que é a forma discriminatória e muitas vezes até negatória que a sociedade em um todo tem de outros vícios como drogas, e até mesmo vícios criminatórios. — Ela da uma pausa respirando fundo ao pensar. — Obviamente não estou aqui para lhes dizer o que é certo ou não, mas para trazer esse pensamento. Todos nós temos um vicio. Algumas vezes um pouco mais explosivo. — De alguma forma acabo lembrando da história que envolve Ash Olsan. — E podem também ser vícios que odiamos, ou até que nem sabemos que temos. Mas de alguma forma, são vícios. Alguns dominando nossas vidas de forma que estão ali presentes, seja em algo que você faz, pensa, ou na forma ate mesmo que age. Ou algo que nem mesmo você percebe.

Abaixo o olhar tentando pensar em qual seria meu vicio. Ok. Eu tenho mania de morder o interior da minha bochecha, mas não acho que isso seja um vicio. Penso mais um pouco sobre isso, e começo a me questionar se essa minha mania de sempre estar um pé atrás com as pessoas que surgem do nada invadindo meu espaço seja um vicio além de somente a insegurança que surge da ansiedade.

Ou talvez a forma como eu gosto de criar uma bolha ao meu redor onde dentro dela tem as pessoas que eu amo e me sinto segura, e fora dela às pessoas demais. E quando alguém se aproxima dessa minha bolha, sendo capaz de entrar nela sem a minha total autorização e preparação para isso, é como de alguma forma ser uma espécie de "invasão".

Respiro fundo franzindo a minha sobrancelha. Talvez Zoe esteja certa quando diz que eu sou um pouco autoprotetiva demais.

— Olá, pequenos vincos. — Acordos dos meus pensamentos com a voz masculina, e viro meu rosto para o lugar ao meu lado assim e logo sinto o dedo de Chris contra minha testa marcando o ponto que está franzindo e paro imediatamente, o que o faz sorrir enquanto me olha.

Próximo demais.

— Chegou atrasado. — Pontuo sendo a primeira coisa que me vem à mente já que sempre que esse rapaz se aproxima demais tenho quase uma sensação de cérebro virando ensopado.

— É. — Ele concorda apoiando o cotovelo dele no braço da minha cadeira, e deixando seu rosto mais uma vez um pouco próximo demais. Não estamos nem perto de estarmos com nossos narizes prestes a roçar ou algo assim, mas ainda assim, é uma grande aproximação. — Tive que dar uma carona pra Jenna, e ela não é exatamente pontual. — Sorrir dando de ombros.

Com paixão, Chris | #1 (hiato)Where stories live. Discover now