A primeira história da trilogia do Universo de "Francine College" apresenta Christopher e Emma, um casal um tanto quanto apaixonante.
Christopher faz parte do trio mais desejado e invejado da universidade de San Diego. Sempre com um sorriso fácil e...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Nunca fui do tipo de pessoa que tem fixação por algo em especifico em alguém. Por exemplo, tem pessoas que só se interessam por alguém que seja malhado, tatuado, magrelo, gordo, barriguinha de cerveja e cara de estudante de sociologia, ou loiro que vai se formar em odontologia. De qualquer forma, pessoas tem suas preferencias. E entre essas, alguns tem um tipo de fixação por olhos claros, sejam eles verdes, azuis, castanhos bem claros em um tom de mel ou um acinzentado. Porém, eu nunca tive isso. Pelo menos até agora.
Olhando daqui consigo ver Chris sentado na outra mesa em uma distancia consideravelmente boa, mas nem tanto de onde estou. Digamos que umas duas mesas de distancia. Estamos no refeitório, e pelo fato da faculdade hoje estar em um tipo de treinamento contra incêndio, parte do campus teve que se retirar aos poucos exatamente da forma como eles ensinaram.
Pelo menos a cada dois meses fazem isso, treinamento contra incêndio ou ataques. A segunda opção não é tão abordada, mas sabemos porque estamos treinando saídas de emergência e formas de nos proteger. Mas enfim, algo um pouco pesado para o momento.
A questão é: Consigo sentir o olhar do garoto de olhos entre um cinza e verde misturado em cima de mim. E não preciso encara-lo para saber disso. É como se de alguma forma – muito desconfortável e esquisita – meu corpo já soubesse reconhecer quando é Chris quem está me olhando. Só...Não sei explicar, mas eu consigo sentir.
— Não acredito que vou ter que ficar ainda mais vinte minutos aqui. — Zoe reclama deixando seu celular de lado e suspiro. Nós duas somos da mesma parte do campus, Alicia estuda no outro lado da faculdade, então ela não precisou participar desse exercício contra incêndio.
— Estão vendo se todas as acomodações estão realmente em ordem para nos permitir entrar novamente. — Respondo apoiando meus braços na mochila que está em cima da mesa e deixo meu queixo apoiado contra meu braço de forma que meu corpo fique levemente curvado para frente.
Zoe balança a cabeça em concordância e vira o rosto fazendo seu longo cabelo – que hoje está liso – balançar para o lado e em seguida ela volta a me olhar.
— Como estão as coisas entre você e o Cooper? — Ela pergunta. E arqueio minha sobrancelha um pouco desconfiada com as intenções da minha amiga. Por que ela está perguntando?
—Nós estamos na fase de leitura do livro, e tirando a parte que ele tenta me desconcentrar o tempo todo... — Dou de ombros. Não acho necessário dizer que a forma dele me desconcentrar é com flertes e provocações, ou pior...Beijos em minha pele. Só de me lembrar daquele dia sinto meu corpo inteiro se arrepiar.
Não sou inexperiente nisso, apesar de ser uma garota bem caseira, e não viver nessas festas da faculdade ou na época do ensino médio. Ainda assim, já tive experiências sexuais. Mas também não sou a pessoa mais vivida, como eu disse, pra mim as coisas andam acompanhadas. Preciso sentir meu coração entregue para entregar também meu corpo. Sexo casual sem compromisso não é a minha coisa, e é algo meu. Não estou e nunca irei ditar regras aos outros, é claro.
