CAPÍTULO XIV - Parte 2

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 Partiram - sem atrasos - rumo à Selenthar os três Guardiões e quatro elfos: Erëndriél, Elendïl e dois de seus melhores guardas. Preferiram levar mais pessoas armadas caso um novo ataque acontecesse. A Rainha e sua conselheira andavam à frente do grupo, acompanhadas de um dos guardas. O outro andava sempre ao fim do bando. As duas noites passadas na floresta - que eram as mais preocupantes em relação aos worgs - foram tranquilas e logo chegaram ao sopé da montanha. Não faltava muito para Antares se pôr, então decidiram passar a noite ali. As próximas noites pelas montanhas seriam cruéis, pela subida cansativa e pela falta de abrigo. Ao cruzarem a cordilheira, Erëndriél dispensou os dois guardas. A partir dali a viagem seria tranquila e ela queria evitar alvoroços na cidade vizinha.

Chegaram ao final do nono dia a Selenthar e foram direto para a fazenda de Dan'han. Karin fora chamar o dono do local enquanto os outros amarravam seus cavalos. Baldar foi quem abriu a porta e a recebeu. Disse para todos entrarem e que avisaria o sobrinho - que estava no banho - da chegada dos amigos. A sala que possuía apenas uma mesa com seis cadeiras logo foi ocupada pelos cinco viajantes. Lucius permanecera em pé, deixando as cadeiras para os donos da residência e para as damas que o acompanhavam. Dan apareceu sem demoras, com uma toalha enrolada em seu quadril e com o corpo musculoso visivelmente úmido. Se aproximava com seu sorriso malandro no rosto quando Karin levantou-se, antes que ele proferisse qualquer palavra, o girou pelos ombros e o empurrou pelas costas:

- Vá se vestir primeiro!! - ela bufava irritada.

Lucius e Sallah desandaram a rir, o que deixou Karin envergonhada. A garota realmente havia aprendido a lidar com o outro Guardião. Quando se acalmaram, Erëndriél perguntou baixo:

- Ele sempre é assim... Indecente? - inclinou-se para Lucius, que percebeu que a Rainha havia dado uma pausa para medir as palavras.

- Infelizmente, quase sempre... - deu de ombros ao responder.

Dan'han voltou alguns minutos depois devidamente vestido, pigarreou e fez uma reverência:

- Bem-vindos à minha humilde residência. Sente-se, por favor. - ele indicou as cadeiras vazias ao rapaz em pé - Meu tio permanecerá em seus aposentos para nos dar privacidade.

Com todos sentados, Lucius foi quem começou a contar tudo o que acontecera, com os colegas complementando um ponto ou outro. Erëndriél, que carregava o diário de seu pai, leu o mesmo trecho que lera aos outros e concluíram também que, assim como Sallah era a Guardiã do Dragão Negro, Dan'han pela sua habilidade com a Luz, era o Guardião do novo Dragão Branco. Isso deixou Dan entusiasmado. A conversa fora mais longa do que esperavam e quando Elendïl por fim olhou pela janela, notou a escuridão lá fora.

- Acho que está na hora de procurarmos um lugar para ficar, Erëndriél.

- São bem-vindos para ficarem aqui. - Dan fez a oferta - Temos três camas grandes e todos são adultos aqui...

- Não tenho problemas em dormir no mesmo quarto que Elendïl... - a elfa respondeu inocentemente. Ao contrário de Karin e Lucius, que perceberam a malícia no convite do outro, e a primeira deu-lhe um chute na canela por baixo da mesa.

Lucius suspirou alto:

- Eu durmo aqui... Só me arrume um travesseiro que me viro. - ele se levantou da cadeira - Vou colocar os cavalos no estábulo e já aproveito e para pegar o resto das bagagens.

- Eu ajudo. Quero aproveitar e ver Renhvid! - Sallah sorriu e pôs-se de pé. Lucius abriu a porta e gentilmente deu passagem para a jovem, saindo logo atrás dela.

- Imagino que queiram tomar banho. Acredito que tenha toalha para todos... - Dan foi preparar tudo para seus convidados.

Sallah e Lucius subiram com os cinco cavalos até a cocheira

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Sallah e Lucius subiram com os cinco cavalos até a cocheira. Logo ao lado da porta ficavam pendurados alguns lampiões, a moça pegou um deles e o acendeu. Retiraram as selas dos animais e os acomodaram nas baias disponíveis, em seguida foram até o equídeo branco. Renhvid estava tão grande quanto Caranthir e, assim como o corsel negro, sua crina e cauda estavam mais cheias e as patas agora tinham pelos longos. Ele estava ainda mais bonito do que quando o viu pela primeira vez. "Se ele não parar de crescer, não conseguirei mais montá-lo", Sallah riu com o pensamento. Não conseguia, por exemplo, montar Caranthir sem uma ajudinha para alcançar o estribo. Com o lampião em uma mão, ela usou a outra para pentear um pouco a levemente bagunçada crina de Renhvid com os dedos, alisou seu forte pescoço e se despediu do animal. Lucius ficara escorado na saída da baia, admirando a moça. Ela sempre fazia tudo com tanto carinho, era gostoso observá-la fazer o que fosse que estivesse fazendo.

Sallah pediu licença ao rapaz, pendurou o lampião num pequeno gancho ao lado da porta e fechava o espaço quando ele, pelas suas costas, colocou delicadamente a longa trança prateada para frente do ombro dela e a cheirou no pescoço. Lucius amava o cheiro da jovem e dos seus cabelos, lembrava-o sempre do aroma que a noite trazia. Ela virou-se de frente para o jovem e ele a prensou contra a porta da baia que acabara de fechar, beijando-a apaixonadamente. Ele a desejava a todo e qualquer momento, não queria mais esperar nem esconder. Desceu as mãos pela cintura de Sallah, que passou os braços pelo seu pescoço, apertou-lhe as nádegas e facilmente a ergueu por ali, encaixado-a em seu corpo. Lucius a sentiu puxando o ar neste momento e sorriu com o canto dos lábios, deslizando as mãos para as coxas dela, segurando-a numa altura melhor para beijá-la. Sallah entrelaçava os dedos nos cabelos da nuca do rapaz e sentia seu corpo pegar fogo. O jeito que ele a pegara ali tornou impossível evitar o que estava prestes a acontecer e acabou nem se incomodando com o "onde" iria acontecer. Ela também o desejava e já estavam há quase três semanas contendo essa vontade. O prendeu entre as pernas e pegou o lampião quando ele começou a andar. Havia uma única baia limpa, na qual Dan deixava alguns acessórios e o feno a ser dado aos animais, e foi para lá que eles foram.

Desamarraram a capa um do outro e as deixaram cair de qualquer jeito no chão. Lucius explorava as costas de Sallah enquanto jeitosamente soltava a amarra do body da moça e, quando o sentiu folgado o suficiente, deitou-a cuidadosamente onde o feno estava acumulado - deixando o piso mais macio - mantendo-se por cima dela. Dessa vez não tinha algo que sentia-se na necessidade de contar, cansado de manter o segredo, e nem um ombro machucado em seu caminho, o que fez seu desejo pela jovem explodir. Sallah sentia um - delicioso - frio na barriga e o coração acelerado. Ela desabotoava a camisa do rapaz entre beijos e leves mordiscadas nos lábios dele. Alisou e admirou o tórax do jovem. Seu corpo definido era de causar pensamentos indecentes em qualquer mulher. Às vezes paravam para recobrar o fôlego e cruzavam olhares que, sem nenhuma palavra, diziam muito um para o outro. Lucius ergueu-se um pouco para retirar a camisa e Sallah riu de leve. Ela olhava além dele:

- Acho que teremos espectadores... - referiu-se ao cavalo na baia ao lado, que pareceu curioso com o que estava acontecendo ali.

O jovem olhou por cima do ombro e sorriu malicioso, voltando de encontro aos lábios da parceira:

- Tenho certeza que já devem ter visto muito disso por aqui... - eles riram entre os beijos.

Desceu as carícias pelo corpo da moça conforme retirava o restante das roupas que lhe faltavam e em seguida tirou as próprias. Ele a admirou por um instante deitada em sua frente. Linda. A pele branca e macia em contato direto com a sua o fazia querer que o tempo parasse ali ou que, pelo menos, aquele momento durasse por uma eternidade. Subiu a mão pela coxa da jovem, passando por sua barriga e parando em seu seio, enchendo-lhe a palma. Sallah arqueou-se e arfou alto. Encaixou o quadril do rapaz no meio de suas pernas e dançava as mãos pelas suas costas desenhadas enquanto ele movimentava-se sobre ela, apertando-o vez ou outra. Suas respirações estavam ofegantes, quentes e, mesmo com o frio da noite, seus corpos suavam no contato um com o outro. Ela pensou por um momento em expor seu sentimento, mas talvez fosse cedo, e talvez nem tivesse certeza sobre ele ainda. Mas sabia que aquele momento significava algo além do carnal para ela e torceu para ser recíproco.

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Vô fála nada, só ver os comentários de vocês!

HUahuahuahuahuahuahuahu

Eu costumo postar de manhã, né? Mas como as principais leitoras lêem de madrugada, vou postar já porque tô doidinha para ver os comentários! Hauahauahaua

Silver Leaves - O Dragão Negro (COMPLETO - SEM REVISÃO)Where stories live. Discover now