12 - Horror

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Bom dia, boa tarde e boa noite estrelinhas. Voltei rápido demais? Espero que gostem do capítulo, queria deixar um aviso aqui que acho que não deixei antes.
  Eu sinto muito se alguém já passou por alguma situação dessas, já viu ou coisa parecida, espero que vocês consigam sair disso porque eu sei o quão difícil é, de verdade. Se sintam a vontade pra me chamar se quiserem e se essa história conten gatilhos, recomendo de verdade que não leia. Minha intenção não é trazer memórias e momentos ruins pra ninguém. Qualquer coisa se vocês acharem muito pesado, por favor me avisem, eu preciso saber o quanto eu posso falar ou não. Obrigado, boa leitura.

  P. O. V. Lauren Jauregui

  Avancei na direção de Matthew e segurei a mão de Camila. Ele a puxou com força e seu gemido foi baixinho e doloroso. O homem agora estava posicionado na frente da garota de olhos castanhos. 

  — Ora ora, você acha que não é da sua conta, Lauren? — Seu sorriso malicioso crescia e meu nojo também, inclusive meu ódio. — Você tem que aprender em que pode se meter ou não. — Ele me olha nos olhos e eu tinha certeza que não era apenas disso que estávamos falando. Reviro os olhos lembrando de um certo dia que Matthew chegou no Motel com outra mulher. Camila me olhava preocupada. 

  — Matthew, você tem que entender que não se deve tocar assim em uma mulher. Na real, em qualquer pessoa. Você não percebe o quanto a Camila não está bem com isso, você está machucando ela. — Falo calmamente e levo minhas mãos aos bolsos. 

  — Já te mandei calar a boca, vadia. — Ele rosna e eu avanço um passo em sua direção. 

  — Você não acha que é muito ousado, muleque? Você tá parecendo uma criança. E eu não sou nada sua pra você achar que tem o direito de me chamar de vadia. Nem se eu fosse. — Minha voz ainda saia com calma, porém, mais alta. Avancei mais um passo e Matthew deu um pra trás, com as costas em Camila que logo se afastou um pouco. Minha mão se fechou em punho e o sorriso nos lábios do homem se desfez. 

  — Sua mamãezinha não te ensinou a respeitar um homem? — Ele fala e sinto minhas unhas fincando na palma da minha mão. 

  — Claro que sim, e ensinou muito bem. Mas creio que primeiro você não seja esse tal de "homem de verdade", e também acho que você não foi ensinado mesmo a respeitar uma mulher. — Seus olhos era puro ódio e fogo, eu conseguia sentir sua respiração pesada. Seu peito subindo e descendo de raiva.

  — Mantenha a boca fechada, garota. Se não eu te mato. Arrebento você. — Não recuo, estava pronta para levantar um soco em seu rosto ridículo. 

  — Lauren… vá embora. — Camila sussurra por cima do ombro forte do homem e olho para a garota. Seus olhos castanhos pediam por ajuda, eu sabia. — Vá. Embora. — Ela repete num tom mais exigente. Um tom que eu sabia que Camila não usaria com ninguém se não fosse por isso. Minha mão relaxa quando percebo que talvez ela tivesse que lidar com isso, mesmo sendo ridiculamente horrível. Eu queria ajuda-la e protege-la, mas Camila não deixaria e eu também não conseguiria sozinha. 

Dou um passo pra trás, ainda olhando pros dois e Matthew agora sorria grande. Uma sobrancelha levantada e a cara de deboche diziam tudo o que eu não queria ouvir. 

  — Aprenda a respeitar uma garota, Lauren. Vá embora, foi o que ela pediu. — Ele afirma alto e malícia podia ser sentida apenas pelo seu tom de voz. Nojo, eu tinha nojo dele. Eu poderia muito bem voltar e socar ele até o mesmo se arrepender de já ter tocado em Camila, porém, caminho até meu carro estacionado. Dou as costas para os dois e eu mal sabia que aquela foi a pior coisa a se fazer. 

(***) 

  P. O. V. Camila Cabello

Eu estava assustada com a situação. Na verdade, desde que Matthew me ligou. Lembro de suas palavras, parecia mais uma saraivada de xingamentos. Nunca ouvi Matthew falar dessa maneira, me fez sentir um aperto no peito e uma vontade de chorar. 

The Motel (Intersex) - Concluída!Onde as histórias ganham vida. Descobre agora