Capítulo 28

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Alguns meses depois.

Sara Martínez

Estou sentada na borda da piscina enquanto, balançando os pés na água morninha, sorrindo para a cena linda que se desenrola na minha frente. Léo correndo atrás de Rebeca e ela correndo morrendo de rir com o desespero do pai. Ela acaba de dizer que quando crescer vai casar com André.

Recordo a cena que aconteceu alguns minutos atrás.

- Papai, quando eu crescer vou poder casar igual minha mãe?

Ele fica pálido, incrível a sintonia dos dois, parece realmente pai e filha. Ele está morrendo de ciúmes.

- Sua mãe casou muito jovem, você vai casar quando fizer uns trinta anos.

Léo responde sério, e Rebeca fica pensativa.

- Mas trinta anos não é muito papai? Eu só tenho quatro...

- Você não acha que muito jovem para pensar em casamento?

- Eu não sei. - Ela parece pensar, os olhos claros estão coberto por uma dúvida gigantesca, e eu fico apenas observando o duelo dos dois. - Você é mais velho que a mãe?

- Sim, sua mãe é uma princesa mais nova que seu papaizinho. - Ele dá um cheiro no seu pescoço e ela responde com o sorriso mais lindo do mundo, fazendo meu coração aquecer de amor pelos dois.

- Então quer dizer, que eu posso casar com o André quando eu ficar mais velha? Igual vocês dois? - Que mente é essa senhor? Vejo o sorriso de Leonardo morrer no mesmo instante, que homem possessivo do caralho.

- Não, não pode! - é categórico.

- Mas por quê? Você é minha mãe podem e eu não?

Não vou me meter, deixa ele se virar, quero ver como ele vai se sair.

- Por que não pode! - Ele está perdido, louco de ciúmes.

- Mas por quê? Eu quero ser o amor da vida todinha de alguém, igual você fala para minha mãe.

Ele suspira pesado. Rebeca tem sangue quente, já mostra desde pequena que terá uma personalidade bem forte.

- Porque o papai tem medo de alguém machucar seu coraçãozinho precioso, papai mata!

- Mas o André não vai me machucar, ele é meu amiguinho.

- Então eu matarei o pai dele!

Não consigo evitar o riso. Homem ciumento, ele não está brincando, os dois estreitaram bastante os laços de amor, quem vê acredita que os dois são pai e filha biologicamente falando.

- Papai, eu vou ter que namorar quando eu crescer! - Ela fala autoritária.

- Você não acha que é muito pequena para pensar nessas coisas dona Rebeca? Pelo amor de Deus! Você tem quatro anos, quatro! Não me enlouqueça antes do tempo. - Ele vira-se para mim já possesso e fala: - Nossos próximos filhos faremos todos por inseminação artificial para que não saia nenhuma menina, tenho medo de não poder criá-las, já que Rebeca já está me matando!

Rebeca levanta-se irritada e decidida, parece um mini tornado.

- Quando eu crescer vou namorar com André e ponto final! - Para completar ela coloca as mãos na cintura. Minha menina me orgulha.

Léo levanta-se e ela sai correndo e gargalhando, enquanto ele grita que ela nunca vai namorar.

Ainda estou sorrindo quando vejo o barulho dos dois caindo na piscina, parecem mais duas crianças birrentas.

Prisioneira do Tráfico (Livro 2) CONCLUÍDO ✅ Where stories live. Discover now