Capítulo 14

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O dia promete fortes emoções, minha mãe não pode nos acompanhar, com a desculpa que tinha acordado um pouco indisposta. Maria também não veio, dizendo ela que já sabe o sexo dos bebês, o que não me deixa muito surpresa, ela sempre teve essa magia dos índios mexicanos, uma coisa mística e fascinante.

Restou apenas eu, Léo e Rebeca que está linda num vestido verde estilo princesa.

Na porta do hospital, uma corrente de seguranças auxiliou nossa entrada no local.

- Mamãe, por que esses homens sempre andam com a gente? - Nada passava despercebido dos olhos curiosos da minha filha.

Esperei chegar dentro do hospital para responder sua pergunta, sem contar nenhuma mentira, porém omitindo alguns fatos que não é benéfico para ela. Me ajoelhei, para ficar da altura dela, Léo olhava tudo com bastante atenção.

- Filha, - os olhos dela estava bem atentos e curiosos - seu papai é um homem muito rico e importante, ele precisa andar com essas pessoas para protegê-lo de pessoas malvadas.

- Assim como meu outro pai? Ele é um homem muito mal, ele fez maldade com vocês mamãe - Puta que pariu, por essa eu não esperava, na minha visão periférica, vi Léo ficar tenso, engoli em seco e respondi.

- É minha princesinha, como seu outro pai. Se algum dia, espero que esse dia nunca aconteça, ele se aproximar de você, por favor, não vá com ele nunca, em hipótese alguma. Entendeu filha?

- Sim mamãe, eu entendi, eu não vou com ele.

- Boa menina, as coisas irão ficar bem logo, logo. - Dei um abraço apertado na minha garota. - agora vamos ver se você terá irmãozinhos ou irmãzinhas, ou os dois né?

Ela me sorriu lindamente, essa menina é meu coração fora do corpo, como posso amar tanto assim.

Me levantei com a ajuda de Léo, que me deu um beijo no rosto e sussurrou baixinho no meu ouvido

- É por essa e tantas outras coisas que eu amo tanto você Sara, você me orgulha mais a cada dia que passa.

Dei um sorriso tímido, e seguimos para o elevador como uma família feliz. No balcão da recepção, algumas atendentes com cara de nojo falavam no telefone. Todas arrumaram-se quando viram Léo se aproximar, os sorrisos que elas colocaram nos lábios me fizeram revirar os olhos. Por que ainda existe mulheres dessa espécie senhor?

- Bom dia senhor Martinez. - um coro de oferecidas falaram de uma só vez.

- Bom dia. A senhorita Olivia já chegou? - ele fala educado.

- Sim senhor, ela encontra- se no consultório, o senhor quer que eu a avise para aguarda-lo bom escritório da direção? - Uma loura oxigenada de olhos claros muito bonita jogava todo seu charme para cima dele.

- Não, minha esposa está indo para uma consulta com ela, não é nada relacionado a assuntos burocráticos.

Ela me olha com desdém, que petulância dessa mulher, quero soca-la nesse momento.

- Pensei que ela fosse casada com seu irmão. Desculpe, é que toda a imprensa mexicana noticiou sobre o escândalo...

Que vaca! Quem ela pensa que é para falar dessa forma? Petulante. Abro a boca para contratar, mas Léo é mais rápido que eu e toma a frente da situação.

- Meu irmão é ex marido dela, quis o destino que nos apaixonássemos senhorita? - ele tenta ler seu nome no crachá, mas a loira debochada adianta-se.

- Paloma Martins.

- Muito bem, senhorita Paloma Martins, hoje Sara é minha esposa, não precisamos de um papel para oficializar nossa relação, só não lhe digo que ela é sua patroa porque você não faz mais parte do quadro de funcionários, passe no RH e acerte seu tempo de serviço.

Prisioneira do Tráfico (Livro 2) CONCLUÍDO ✅ Where stories live. Discover now