Amadeo
Dois meses depois do nascimento dos gêmeos.
— Eu não acho isso uma boa ideia. - Falo resmungando enquanto Olívia não não cabe em si de felicidade.
— Deixa de ser ranzinza! Léo e Sara confiaram a nós, um dos seus filhos para sermos padrinhos e você reage com essa cara mal humorada?
— Você viu o curso de padrinhos? O que o padre falou? Que bom exemplo eu vou dar a essa criança? Matar, torturar, atirar... e Oliver então? Vai dar uma máfia para o enteado?
— Cala a boca amadeo! - Ela falou baixinho, mas ativou meu modo sexo selvagem.
— Você sabe o que acontece quando você me trata assim não é? Ninguém manda em Amadeo vida louca. - Sussurro em seu ouvido e ela se arrepia.
— Respeite a casa de Deus.
— Estamos no jardim da casa dos seus pais.
Ela me olhou com uma cara bem feia, pensamentos pervertidos começaram a povoar minha mente.
— Você fica linda amarrada numa cama com essa cara de brabinha sabia? E gritando de tanto prazer. Me coma Amadeo, eu sou toda sua! - Ela ficou vermelha no mesmo instante, por que eu nunca conseguia me saciar dessa mulher? Quanto mais eu a tinha, mas eu a queria.
Olho para frente e encontro minha ex com nosso filho e George Neto. Ao lado deles May e Oliver.Tento conter o sorriso e falho miseravelmente.
— Amadeo! Não é possível que você tirou o dia para fazer gracinhas.
— Estou apenas me divertindo com as ironias do destino.
— Que ironia Amadeo?
— Sara fez uma guerra para tirar Léo do tráfico, até que conseguiu. Em compensação sua irmã está quase casada com o Oliver atual "poderoso chefão" e o seu irmão George Netto, vulgo "Christian Grey brasileiro", é subchefe de Oliver. Ela já sabe disso?
— Não sabe e não é você que vai dar uma de Maria fofoqueira. - Ela me repreendeu.
— Claro que não! Mas não perco o show que ela vai dar por nada nesse mundo!
— Se eu soubesse que essa era a sua verdadeira personalidade, eu não tinha me envolvido com você.
— Mas se envolveu. E quando está sentada tendo orgasmos múltiplos nesse ogrão, você não acha nada ruim.
Fomos interrompidos pela entrada de Léo, Sara e as quatro crianças. Fico sorrindo feito bobo, como é linda a família deles. Léo empurra o carrinho com os dois meninos que estão dormindo tranquilamente, Sara segurava Isabela no colo, já que a menina estava acordada, com os enormes olhos azuis arregalados. E Rebeca segurava as mãos dos pais, um de cada lado.
— Retrato da família comercial de margarina. É linda demais, porém, receio não ser para mim.
O sorriso de Olívia morre instantaneamente, como se eu estivesse dizendo a pior atrocidade do mundo.
— O que foi? Não me diga que você quer ser mãe com essa vida agitadíssima que você tem.
— Não, é que...
O casal se aproxima com os filhos e Olívia pega nosso Dom. Oliver o Thor, George, a Isabela e o casal Hockenbach pegam a Rebeca, o casal praticamente adotou a menina como neta.
— Sua mãe é muito jovem, não parece jamais sua mãe é muito menos daquele cabeludo.
Ela sorriu e olhou para a mãe, as duas eram idênticas, pareciam irmãs. O velho de alma sebosa também era novo, eu imaginava que chegaria aqui e encontraria um casal de idosos, ei que me deparo com um casal novo demais.
