Capítulo 9.1

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- O que estamos fazendo? - Eu disse olhando para ele ao jogar meu corpo ao seu lado.
- Quer que eu diga o que acabamos de fazer? - Ele disse esboçando um sorriso malicioso.
Peguei um travesseiro que estava jogado ao lado da cama e o acertei.
- Não seu idiota. Quero saber o que estamos fazendo mesmo. Tem uma pessoa me esperando e eu estou com você aqui. Eu preciso saber se isso - Eu balancei o dedo indicador mostrando eu e ele - vai dar em algum lugar. Não posso faze isso com ele. Você sabe disso.
- É. Eu sei. - Ele retrucou fechando a cara.
- Aonde você vai? - Bryan perguntou ao me ver juntando as coisas espalhadas pelo chão.
- Não que seja da sua conta, eu estou me arrumando para comprar minha passagem, afinal, ainda não estou em condições de morar em um resort desses. - Retruquei jogando as roupas em cima dele.
Coloquei um vestido mais casual para ir até o aeroporto e notei que Bryan me fitava enquanto se trocava.
- O que foi dessa vez? - Perguntei.
- Nada. Você não acha que é, sei lá... Talvez um pouco curto demais?
- Espero que você não comece. Não reatei com você ainda, então não pense que tem o direito de opinar sobre o tamanho das roupas que eu uso.
- E...eu sei, é só que eu não queria que todo homem fique olhando para você. Mas está certa, para isso não acontecer eu teria que enrolar você inteira em um tecido sem deixar qualquer pedacinho do seu corpo à mostra.
- Pare de exagero Bryan, pelo amor de Deus.
- Não é exagero. Você é a mulher mais linda desse mundo inteirinho. Não é a toa que quando você passa deixa uma fila de homens atrás babando por você. É até compreensível, quando se tem uma mulher dessas, como sua namorada.
- Nós ainda não voltamos. O que quer dizer que nós não somos namorados. - Falei empurrando-o e indo em direção à porta.
- Você é difícil às vezes. - saí pela porta - Até demais e me espera. - O ouvi complementando quando deixei o quarto dando risada.
O sentimento tinha voltado e não havia nada que eu pudesse fazer, eu amo o jeito que ele fica quando eu o contradigo, ou quando ele fica ansioso e nervoso ao meu lado, até mesmo quando ele dá aquela gaguejada básica quando se vê encurralado. Amo quando ele passa os braços por minha cintura, ou quando acaricia meus cabelos e até quando faz as coisas mais improváveis só para me ver sorrindo. Amo a capacidade que ele tem de tornar um abraço, um lar. Uma tempestade em uma leve garoa. Ele sabe controlar as coisas, por mais incontroláveis que elas possam parecer. Com ele ali eu estava me sentindo em casa novamente, percebi que estamos em casa quando estamos com quem amamos, podemos estar em qualquer lugar desse mundo, no lugar mais distante do que chamamos de lar, mas se estivermos nos braços de quem amamos, nós estaremos em casa.
Bryan se aproximava quando notei que o cara em que sentou ao meu lado na piscina tinha me avistado e estava vindo em minha direção.
- Eu ainda não sei seu nome. - Disse o homem ao se aproximar o suficiente para saber que eu iria escuta-lo
- E precisa saber? - Interroguei-o.
- Precisa saber do que? - Bryan perguntou repetindo minhas palavras. - Afinal, quem é você? - Completou com um olhar afiado. Passando o braço em minha cintura me puxando para mais perto dele.
- Ah, quando disse que não estava disponível era porque não estava mesmo, que pena. - Retrucou o homem com os olhos transparecendo decepção. - Ah, eu sou só o homem do drink. - Continuou formando um sorriso irônico nos lábios.
- Ótimo, agora se me dá licença, eu tenho coisas mais importantes para fazer. - Falei sem olhar para ele e para Bryan. Sabia que se olhasse para Bryan ele estaria fuzilando o homem com os olhos, e isso não terminaria nada bem. Não estava a fim de fazer cena na recepção do resort.
- Como o conheceu? Que história é essa de Homem do drink?
- Desde quando você é tão ciumento?
- Oras! Como não ser?
- Lembre-se que eu faço o que eu bem quero, não sou sua propriedade, agora venha comprar a passagem comigo, antes que eu me arrependa de deixar você vir comigo.
- Ok, não vamos mais tocar nesse assunto.
- Se fosse necessário, eu teria falado. Mas isso é irrelevante. Chega de brigas, por motivos insignificantes. Se quiser ficar comigo vai ser da minha maneira. Você não controla nada na minha vida, então pare de agir como se você tivesse direito de fazer isso. Pois não tem.
- Ok, compreendido. Você fica muito sexy quando é mandona. Sabia disso? - Ele disse envolvendo os braços em minha cintura encostando sua cabeça em meu ombro.
- Não tente me distrair, eu ainda estou brava com você. - balbuciei tentando me afastar dele.
- Quando você não está brava, não é mesmo?
- Quando você não me provoca eu não fico brava.
- Mas eu estou sempre te provocando. - Ele falou baixinho tentando compreender alguma coisa.
- Exatamente. Por isso eu só sou calma quando você está dormindo. - Falei dando risada.
- Já está de bom humor? - Questionou ele.
- Não o suficiente para você abrir a boca. - Falei entre risos.
- Ah, cala a boca. Isso não é justo.
- E quando alguma coisa foi justa?
- Muito madura da sua parte Megan. Muito madura.






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Única Estrela no CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora