Capítulo 5.1

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Olho para ele com carinho e gratidão e logo entrelaço nossas mãos, e o puxo para dentro da casa.
Gosto dessa relação, sem um compromisso, sem um anel indicando que eu sou dele e ele é meu, nós não precisávamos disso, sabíamos que éramos feitos um para o outro, e nenhuma aliança ou a ausência dela iria provar isso.
- Você não respondeu.
- O que?
- O que está fazendo.
- Ah! Me esqueci. Eu estava deitada lendo.
Ele olhou para meu corpo novamente e arqueou uma sobrancelha.
- Com essa roupa?
- É, mais ou menos isso, estava na piscina.
Ouço passos apressados descendo as escadas, e já sei que é a mamãe.
- Filha? Quem é? - Perguntou ela chegando no meio da escada e olhando diretamente para Bryan.
- Ah, desculpe. Este é o Bryan, um menino da faculdade. - Olhei para ela com advertência, parece que ela percebeu pois falou em seguida:
- Ah sim, Bryan, prazer, meu nome é Lydia, sou a mãe da Megan. - Disse estendendo a mão, como um gesto de cumprimento.
- O prazer é todo o meu. - Disse Bryan ao envolver as mãos da minha mãe e mexe-las para cima e para baixo.
Feito isso, mamãe apertou a parte da frente de seu roupão contra seu peito, e olhou para mim, como se estivesse esperando ao próximo passo.
- Bom, mãe estamos lá no fundo se precisar de alguma coisa. - Disse para ela enquanto puxava gentilmente Bryan em direção ao fundo da casa.
Quando chegamos na área da piscina, eu envolvi meus braços em seu pescoço, o trazendo para mais perto de mim. Ele me abraçou e me ergueu pela cintura por um curto período de tempo. Tempo suficiente para ele roubar um selinho. Se sentando em uma espreguiçadeira, Bryan abriu os braços e sentei ao lado dele com a cabeça apoiada em seu peito.
- O que estava lendo? - Sussurrou ele ao meu ouvido me causando arrepios.
- O Morro dos Ventos Uivantes.
- Leia para mim. Por favor.
Olhei para ele, e assenti com a cabeça pegando o livro logo em seguida. Nos deitamos, e ele ainda me envolvia com um braço, fazendo-me ficar colada nele, e com o outro braço, ele começou a fazer cafuné. Eu poderia passar horas desse jeito sem reclamar, eu provavelmente dormiria.
Abri o livro e comecei a ler:
- " Quem me dera estar ao ar livre. Quem me dera ser de novo aquela criança, meio selvagem, audaciosa e livre... e rir das ofensas em vez de me preocupar com elas! Por que estou tão mudada? Por que ferve o meu sangue com tanta facilidade com míseras palavras? [...]"
Antes de eu continuar a ler, Bryan pegou o livro de minhas mãos, o fechou e deixou de lado. Fechei a cara para ele. Mas ele me ergueu e me jogou na piscina.
- EU NÃO ACREDITO NISSO.

Única Estrela no CéuWhere stories live. Discover now