Talvez uma chance

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A vida é um sopro,
viva-a com determinação
aprendendo com seu passado
e suas escolhas erradas,
para um novo recomeço
com escolhas certas.
- PanaPanda

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5 Anos Depois

Cinco anos haviam passado-se após sua partida, hoje vivo bem, mas não posso dizer ser completamente feliz. Não que eu seja infeliz ao lado do homem que ama-me como a única mulher existente sobre toda a terra, mas sinto como se ainda houvesse um buraco em meu coração, talvez seja por nunca tê-lo esquecido ou apenas algo interno meu. Saber sobre minha gravidez fora um motivo de felicidade, por mais que ele não estivesse aqui para saber nem vê-la, ainda sim tenho à Itachi, o qual sempre amou-a como sua. Éramos uma família feliz apesar do segredo de meus pequenos, Madara nunca ousou procurar-me após o ocorrido em sua casa à mil, oitocentos e vinte e cinco dias atrás. Aparenta ser poucos falando assim, porém foram os mais dolorosos cinco anos que passei em minha vida, sentir-me amada era uma coisa maravilhosa mas eu queria que fosse ele ali. Não que eu não gostasse de Itachi, eu amava-o muito, porém não como eu amava Madara, coisa que até então posso afirmar sentir, mas não com a mesma intensidade de antes.

O moreno com marquinhas sempre esteve ao meu lado, desde o dia em que chorei recebendo seu amparo em um carro, dia em que descobri minha gravidez e que, mesmo até aquele momento nunca tínhamos tido relações sexuais ele ainda sim assumiu meus filhos com gosto. Talvez culpava-se pela atitude do tio, ou apenas era "amor", eu nunca entendi seus pensamentos e julgo nunca os entender. Quando eu tive a bolsa rompida e estava prestes a ganhar minhas bênçãos fora ele quem esteve lá para ver meu parto, fora ele que me deu a mão para apertar enquanto a dor me tomava em um parto normal, fora ele que secou minhas lágrimas enquanto tínhamos nosso momento em família. Ele esteve presente em minha vida a tanto tempo que de pouco a pouco gerou um espaço em meu coração despedaçado ao qual de caco em caco montou-o novamente, mas eu ainda sentia um vazio, sentia falta daqueles olhos misteriosos com uma profundidade que sempre fazia-me recuar, sentia falta de seu sorriso cínico e sua expressão de estresse, sentia falta de sua voz e de sua presença, eu sentia falta de Madara. Aprender a conviver com aquilo fora uma obrigação e não uma escolha, como eu quis correr atrás do homem ao qual me deu a maior alegria de minha vida, como eu queria reencontra-lo e dizer que era pai e que apesar de tudo, de todos e do tempo eu ainda amava-o. Mas eu não podia, não devia, ele era casado e já devia ter seus filhos e mulher a seu lado dando-lhe carinho e amor ao qual eu não consegui lhe dar.

ㅡ Sakura? _ Chamou Itachi enquanto encarava-me com sua expressão calma. ㅡ Iroshi acordou.
ㅡ Kiashi ainda dorme? _ Questionei sentando-me sobre a cama de casal a qual dividia com o homem a minha frente que sorriu meigo afirmando com a cabeça.

Levantei-me da cama box e caminhei vagarosamente até próximo ao corpo masculino que abraçou-me enquanto deixava um beijo casto em minha testa, sorri abraçando-o enquanto recostava meu queixo em seu peito coberto pela camiseta colante preta. Era tão aconchegante estar com o moreno de marquinhas, sentia-me protegida. Ele fora o único ao qual deu-me forças e apoio para reerguer minha vida após a destruição deixada por seu tio, hoje seu irmão não infernizava-me mais e muito menos Mitsashi Tenten que havia dado o golpe do baú no Uchiha mais novo, ao qual hoje vivia às custas dos pais novamente enquanto minha família, hoje vive por sustento meu e de Itachi. Com um aperto em minha cintura voltei a realidade onde meu pequeno vinha em nossa direção coçando os olhinhos com as pequenas mãozinhas, o cansaço do menor era evidente por conta dos passos arrastados e a expressão sonolenta.

ㅡ Mamãe, papai.. _ Abriu os olhinhos lacrimejantes surpreendo a mim e meu marido. ㅡ E-Eu tive um pesadelo.
ㅡ Venha meu amor. _ Chamei-o abaixando sobre os pés para ficar próximo a sua altura tendo Itachi ao meu lado com a mesma preocupação no olhar, mesmo os filhos não sendo geneticamente seus ele ainda amava-os como se fosse ele quem havia posto ambos em meu ventre. ㅡ Conte o que houve, meu pequeno.
ㅡ Um homem alto de cabelos grande, estava vindo pegar eu e meu irmão! E-ele nos afastou da senhora e do papai, e nunca mais.. _ Chorou jogando-se em meus braços, eu temi ao ouvi-lo. Meu coração falhou uma batida e o de Itachi acontecera o mesmo, nos entreolhamos enquanto o pequeno chorava descontrolado em meus braços tendo a mão do Uchiha ao redor de seu corpo e o meu.
ㅡ Hei, não chora pequeno! Estamos aqui. _ Disse o outro chamando a atenção da criança enquanto afagava os fiapos escuros de cabelo do garoto.

Por mais que a educação tenham sido obtida do pai de criação o jeito de ser ainda era o mesmo que o de Madara. Já o pequeno Kiashi havia puxado à mim, com cabelos rosados escuro e olhos verdes como os meus, quem olhasse para ambos não diria serem gêmeos. Não eram gêmeos idênticos, eram sim da mesma placenta porém com personalidades e feições diferentes, olhando o pequeno em meus braços podiam dizer que era sim filho de Itachi mas a forma do sorriso e a beleza de meu fataquinho de fofura era vinda de seu verdadeiro pai que mantinha-se perdido em algum lugar com sua família de tempos atrás.
Com Iroshi nos braços levantei-me junto ao Uchiha que tomou-o de mim tendo os pequenos bracinhos ao redor de seu pescoço enquanto o mais novo mantinha a face de criança bagunceira escondida entre a curva do pescoço do homem, as mãozinhas delicadas e pequenas com o dedinho indicador da direita enrolava uma pequena mexa do cabelo do outro enquanto a outra apenas segurava os fios negros com cuidado e suavidade. Meu coração encheu-se com a cena do Uchiha consolando meu filho como se fosse seu, um sorriso surgiu em meus lábios enquanto admirava de perto e acanhada Itachi fazendo o pequeno relaxar e deixar o sono domina-lo novamente. Um sorriso ladino surgiu nos lábios do outro que com o braço direito me puxou para si abraçando-me junto a criança que aos poucos caía no sono, talvez dar uma chance ao meu coração novamente seria uma boa idéia..

Sugar Daddy - ɴᴀ̃ᴏ ʀᴇᴠɪsᴀᴅᴏWhere stories live. Discover now