Jasper

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Assim que vi Catrina subi as escadas sem nem olhar para trás eu sentir algo que não sentia há muito tempo...raiva de mim mesmo, sair cheio de pensamentos e confusões dentro de mim sem me despedir de jessamine ou da duquesa, eu caminhava pela calçada lembrando do olhar de Catrina, me lembrando da forma como ela me olhou ela parecia confusa e triste eu me sentia um monstro por ter feito isso com ela, não que ela fosse frágil ou coisa do tipo pelo contrário Catrina exalava força, beleza, determinação e coragem ela era como uma deusa a qual regia tudo a sua volta, eu soube disso no momento que conversei com ela pela primeira vez no Jardim de seu palácio à semana atrás, quando elogiei sua aparência e ela simplesmente deixou claro sua falta de interesse em mim e sua aversão a esse casamento eu soube naquele momento que ela nunca iria sentir nada por mim, e me sentir seguro sobre não sentir nada por ela também porque só assim não haveria chance de me machucar ou machucar ela, mas desde aquele dia que passei a manhã e quase toda a tarde fazendo convites bobos com ela, eu não durmo sem sonhar com seus olhos, seu sorriso, sua pele, sua boca... tudo na minha cabeça agora gira em volta dela por mais que eu fuja disso nem admita para mim mesmo a verdade, ontem pela tarde eu me destrair pensando no seu tom de voz e acabei não notando que estava fazendo os cálculos de lucros das empresas de forma totalmente incorreta, eu não me distraio fácil não assim dessa forma obsessiva e agora essa megerazinha envida do inferno estava mexendo com meus pensamentos e problemas numéricos, meu maior medo era que também chegasse em meu coração.. este pensamento me leva à lembranças antigas da primeira vez que realmente me apaixonei, eu lembro de seus cabelos loiros como o sol, curtos, seus olhos verdes e lembro dos seus
lábios com sabor de morango, seu nome parecia tão suave na minha voz, lady Jullie Laframboise da França.

Eu tinha dezesseis anos quando entreguei meu coração a ela e ficamos juntos até meus dezoito anos, a amei mais do que achava possível, entreguei meu coração tolo e solitário a ela acreditando que seria ela a pessoa que iria arrancar a solidão, medo e insegurança que sempre esteve em mim, eu nem sequer tive medo dela me machucar estava tão maravilhado com a ideia de ter alguém comigo de ter alguém que me amaria e que eu cuidaria, que ignorei cada sinal de que o amor só tinha nascido em meu coração, Jullie sumiu por dias sem me dizer nem mesmo uma palavra e quando voltou, passou agir de forma fria comigo, me ignorava, não respondia minhas cartas se afastava cada vez que tentava me aproximar, quando perguntei a ela o que tinha acontecido ela apenas disse que tinha encontrado a felicidade em outro rapaz um que não era como eu, um que não era desprezível, ingênuo, inútil ou tão emocional ela olhou em meus olhos e falou que só uma mulher sem vida própria ou burra o suficiente amaria a mim pois carregar o peso de amar alguém como eu era demais e ela não queria ter que se sentir culpada por nada, dessa forma ela se foi de uma vez, nunca mais vi seu rosto ou tive notícias suas desde então, depois desse ocorrido passei cerca de um ano e quatro meses me recuperando de um relacionamento que levou a minha alma com ele, bom assim acreditei que tinha acontecido acreditei que nunca mais iria sentir minhas mãos suarem, meu coração errar batidas, esse Calor no peito, na verdade prometi que nunca mais sentiria nada disso novamente que nunca mais daria oportunidade de alguém me machucar tanto de novo, e literalmente do nada minha mãe decide dá vida para um acordo de casamento de anos atrás sem muito sentido feito enquanto eu ainda era criança, pensei que pelo menos fosse ter uma distração desses problemas que na verdade nem iria de fato me casar, mas quanto mais o tempo passa, quanto mais convivo com Catrina eu gosto de sua voz, de seu jeito e até dos seus insultos mesmo quando ela estar brava eu só pensava que era melhor está brigando com ela do que está fazendo qualquer outra coisa com uma pessoa que não fosse ela, ela de alguma forma acabava com todos meus labirintos emocionais e minhas loucuras habituais eu não queria admitir isto, mas é a realidade, e agora afastei ela de mim por medo... Estou tão assustado com tudo isso graças a esses devaneios que me guiam de tal forma quando volto a prestar atenção eu já estou em casa, passo pela porta e vejo meus pais tomando chá sorrindo um para o outro enquanto conversam, minha mãe se levanta da cadeira e vem até mim me olhando de forma aflita.

- Jasper, você está bem?

Ela segura meu rosto com as duas mãos analisando minha feição.

- Estou mãe, só estou cansado, vou subir para o quarto

- Filho, sabe que pode me contar tudo não é?

Sorrio um pouco para ela na intenção de acalma-lá.

- Eu só preciso deitar, ok? Estou bem.

assim faço, subo para meu quarto e vou até à janela me debruço nela e observo de longe as pessoas conversando e sorrindo, passo as mãos por meus cabelos viro-me e vou para cama me deito, fecho os olhos me perguntando o que estou fazendo com a minha vida, por qual motivo sou tão quebrado, agora me sinto arrependido de ter pedido para que catrina se afastasse eu a vi hoje, mas estou com saudades da sua voz, do cheiro de seus cabelos e de como é bom beijar ela mesmo que apenas no rosto até da forma variada de insultos e respostas espertas dela para mim, eu sinto falta me reviro na cama abraço meu travesseiro e penso que talvez com o tempo algo seja feito e estarei apto a ser honesto, capaz de me apaixonar verdadeiramente sem medo de novo e talvez quando essa hora chegar eu não vou me sentir tão inseguro sobre minha aparência, personalidade, ou qualquer coisa relacionada a mim serei alguém
estável e isso será suficiente.

Nessa noite eu não comseguir dormir nem por um minuto, apenas me lembrei de tudo que vivi com Jullie e de como Catrina parecia ser diferente dela em tudo, perguntei a mim mesmo nos meus pensamentos se essa diferença era boa ou ruim... tenho a sensação do meu coração congelar e se encolher, abracei mais o travesseiro tentando afastar esse sentimento o que não funciona então choro como não chorava há muito tempo e dos meus lábios só escapavam o som de súplicas, chamei seu nome, mas agora eu acreditava que tinha talvez te perdido para sempre pelo menos hoje acreditava nisso.

Casada com o Duque Where stories live. Discover now