Capítulo Dezessete

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Exatamente uma hora depois John estava parado em frente à minha casa, a campainha tocou duas vezes ante de eu abrir a porta.
- Já estão prontas? – pergunta-me John.
- Sim! Só espere um momento, e.... Por favor, não entre! – viro-me para pegar Clarinha em seu quarto, e quando volto John está dentro de casa, em minha sala, com a foto de casamento dos meus pais nas mãos. – O que você está fazendo! Eu disse para você não entrar!
- E o que tem? Qual é o problema em entrar em sua casa? Tem medo de que eu possa lhe atacar? Pois fique calma não faria isso de jeito nenhum. – diz com um sorriso esnobe no rosto.
O problema era que eu havia prometido para minha mãe que o rapaz que eu levasse para casa seria o seu genro. Sem contar que depois que essa farsa acabar não quero lembranças de John em minha casa. Mas John não precisa saber dos reais motivos de eu não querer ele dentro de minha casa.
- Nenhum! Anda vamos logo! – dou a bolsa de Ana Clara para John.
Quando chegamos à casa de Marcos, somos recebidos logo na entrada.
- Ai que coisa mais linda! – diz Alanna para a Clarinha que estava em meu colo. – Posso pega-la?
- Claro! Eu vou adorar, por que ela pesa bastante!
- Vamos entrem, vamos até a sala. – por um tempo ficamos sentados no sofá conversando os quatros. – Eu tenho que terminar o jantar. – diz Alanna se levantando.
- Eu vou lhe ajudar! – digo.
- Certo! Então vamos para a cozinha! – Alanna entrega Clarinha nos braços de John. Vejo o jeito que John olha para Alanna, e sei que ele sente algo muito forte por ela, vejo no brilho de seus olhos.
Enquanto preparávamos a nossa refeição conversávamos sobre John! Alanna me falou que é amiga de John desde que nasceram. Que foram criados praticamente como irmãos. Será que é esse o tipo de sentimento que John sente por Alanna? Um carinho de Irmã? Não entendo por que minha cabeça batuta tanto com esses pensamentos.
- Então você sabe bastante sobre ele? – pergunto.
- Sim! E gosto muito de saber que ele está com uma pessoa tão legal quanto você. – apenas dou um sorriso para ela. – Acho que podemos voltar para a sala e esperar enquanto a carne assada fique pronta!
Quando chegamos à sala encontramos os dois se divertindo com Ana Clara, Clarinha corre de John que ameaça pega-la enquanto Marcos fica gritando para ela correr. Alanna vira para mim e me dá um enorme sorriso.
- Eu nunca vi John interagir assim com uma criança.
Eu também não, fico observando Clarinha correr de John, se seu pai ainda estivesse vivo ela estaria brincando assim com ele. Um lagrima escorre em meu rosto com a lembrança de Igor o pai de Clarinha. Lembro-me do dia em que Ana Clara nascerá, Igor estava desesperado por que ela passará do tempo de nascer. Ele andava de um lado para o outro esperando com ansiedade a chegada de sua filha. E quando ele ouviu o seu primeiro choro lagrimas correram em seu rosto, e quando ele a pegou em seus braços me apresentou todo orgulhoso “Clarinha! Essa é sua tia Eliza ela vai nos ajudar a cuidarmos de você, Eliza! Esse é meu pedacinho do céu”.
- Eliza! Você está bem? – pergunta Alanna que me faz sair de minhas lembranças.
- Sim! Estou! Só me lembrei de uma coisa!
Logo que entrei na sala Clarinha me avistou e correu em minha direção para que eu a salvasse de John, ela tropeçava em seus pés quase caindo mais ainda assim não deixará de correr. Apeguei no colo quando se aproximou. John a seguiu até quando ela estava em meu colo e começou a fazer muita cosquinha enquanto ela se debatia.
- Falta pouco pessoal! – diz Alanna, em seguida boto Clarinha no chão para ir brincar.
Estávamos distraídos conversando quando escutamos o barulho de algo caindo seguido pelo choro de Ana Clara. Me levantei já sabendo que Clarinha avia caído e sabia também que não era grave apenas pelo tom de seu choro, eu a conhecia muito bem.
- O bebê! Você caiu? – digo pra Clarinha. Ela só balançou a cabeça em resposta – Onde você se machucou? – perguntei e ela apontou o dedinho para mim. – Você machucou o dedinho? Ai, ai, ai! Deixe-me dar um beijinho que já vai passar. – em seguida ela estende o dedinho para que eu o beije e sai para brincar novamente. Quando me viro vejo que todos estavam me olhando.
- Você vai ser uma ótima mãe! –diz Alanna. – Até por que se você já é assim com sua sobrinha. Imagina com o filho de vocês. Sei que vocês vão ser excelentes pais. – diz olhando para mim e para John.


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