Capítulo Nove

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À noite na casa de John não foi nada com o que pensei que seria! Por isso estava mais calma em continuar com a nossa mentira, no dia seguinte recebi um deposito em minha conta e uma mensagem de John em meu celular, que dizia ser o pagamento do mês, valor que eu tiraria trabalhando 3 meses no meu antigo trabalho.
Já fazia quase três semanas que não falava com John ou com alguém de sua família, me sentia confiante de que conseguiria continuar com a atuação, mas Mesmo assim fiquei nervosa quando recebi uma mensagem de John.
“Minha avó deseja que almocemos juntos. Te encontro as 11:45 no restaurante!”
Chego ao local combinado às 11h20min, entro no restaurante, a recepcionista uma moça alta e de cabelos vermelhos me pergunta se tenho uma reserva.
- Acho que sim! – digo!  - Na verdade, uma pessoa marcou de me encontrar aqui!
- E qual é o seu nome? Ou da pessoa que fez as reservas? – perguntou.
- É Eliza!
- Sim! Tem uma reserva no seu nome e do Senhor John! Poderia me acompanhar?
Sigo a recepcionista até a mesa, depois de me sentar ela pergunta.
- Gostaria de algo para beber?
- Não obrigada, só irei esperar!
Ela se vira e vai embora, John e Barbara chegam logo depois.
Fizemos nosso pedido, enquanto conversávamos. Barbara hoje estava mais focada em “nos” fazia várias perguntas íntimas. O que deu para perceber que ela estava desconfiada. A maioria das perguntas quem respondeu foi John, mas a cada resposta ela parecia ficar mais desconfiada.
- Vocês andam se vendo bastante? – pergunta-me Dona Barbará. Fico sem saber o que responder, será que ela sabe que não nós falamos faz mais de duas semanas?
- Sim! Estamos nós vendo vovó! Por que a pergunta? – fala John.
Ela ia falar mais alguma coisa quando o seu telefone tocou.
- Tenho que ir! – disse Barbara! Se levantando. – Tem uns problemas a serem resolvidos na empresa, nada muito sério!
- Eu vou com a senhora! – diz John também se levantando. Levanto-me também por educação.
- Não! – diz Barbara! – Fique! E termine de fazer companhia para Eliza, e depois a leve para conhecer o hotel.
Barbara sai deixando-nos às sós.
- Ela parece estar desconfiada de algo! – digo
- Nada muito preocupante! Minha avó sempre foi uma pessoa desconfiada.
Depois de termina nossa refeição, vamos até o hotel.
- Tem certeza que eu devo entrar? – pergunto a John.
- Minha avó pediu! Ela deve estar tramando algo.
Depois de chegarmos ao hotel, John é recebido por uma mulher. Muito bonita e bem vestida. Com cabelos pretos, comprido que estavam amarrados em um rabo de cavalo, com uma maquiagem suave, mas um batom vermelho bem chamativo, ela é “linda”.
- John! Que bom que chegou! Sua avó está em uma reunião esperando por você!  - diz ela.
- Certo! Vou agora para lá! Há... e você pode me fazer um favor? Pode levar a Eliza para minha sala?
- Claro!
- Certo! Obrigada!
Logo depois de John sair à moça do rabo de cavalo se vira para mim.
- É Eliza? Isso?
- Sim! – respondo.
- Oi eu sou a gerente do hotel! Meu nome é Annabelle. E você é o que de John?
- Somos... há... amigos! Eu acho. – fiquei em dúvida se deveria dizer que somos namorados, na verdade não sabia o que dizer, isso é assustador. Mas por via das dúvida dizer que era sua amiga ao em vez de dizer “é que na verdade fui contratada para ser namorada dele”. É isso não iria dar certo.
Depois de ser deixada na sala de John, fiquei lá sozinha por cerca de quase uma hora, estava sentada na cadeira de John quando um homem alto e muito bonito entrou!
- Desculpe-me, mas quem é você? – pergunta o homem.
Deus! Outro para me perguntar o que sou de John!
- Sou Eliza! – digo tentando não ser direta.
- Prazer eu sou David! - ele me olha com um belo sorriso, mostrando seus lindos dentes branco e retos, ele não tinha nenhuma imperfeição. David é tão lindo quanto John. Ele parecia um modelo recém tirado da capa de uma revista da moda, com sua pele morena, alto e aparentemente pelo que dava pra ver ele devia malhar, pois mesmo com uma blusa social dava para ver seus bíceps definidos.
- O que você é de John? – perguntou David.
- Sou uma amiga dele! – digo! Não estava mentindo, estava?
- Mentira! – diz John entrando na sala. - Ela não e minha amiga! – diz com um tom furioso.
David olha para John surpreso como se perguntasse, “se ela não é sua amiga, o que ela está fazendo em sua sala”?
- Ela não é minha amiga! É minha namorada! – diz John se corrigindo. – Agora, por favor! Deixe-nos a sós!
David saiu fechando a porta atrás de John.
- Se é pra mentir, minta direito! – repreendeu-me John, logo assim que David saiu fechando a porta.
- Desculpa! Eu só não sei o que dizer quando, me fazem esse tipo de pergunta. Não sei para quem devo mentir!
- É obvio que é para todos! Todos têm que acreditar perfeitamente em nossa história entendeu?
John parecia nervoso, parecia não! Estava!
- Você não está muito bem, é obvio que eu só estou atrapalhando, acho que já vou indo antes que as coisas por aqui esquentem.
Saio da sala de John batendo a porta! Quando ele me segue segurando meu braço.
- Você não pode sair assim. Volte para a sala! – pede John.
Me solto de suas mãos e continuo a andar, ele me segura novamente.
- Desculpe-me se fui grosso com você!
- Se foi grosso comigo? Você...
- Eu perdi o controle, mas a culpa foi sua! – diz John me interrompendo.
- Tudo bem! Também devo me desculpar por dizer ao David que sou sua amiga. Mas você me corrigiu, por que teve que ficar tão nervoso?
- Se você tivesse apenas dito que é minha amiga para o David eu não estaria assim! Mas você falou a mesma coisa para Annabelle! E ela falou isso para minha avó! Você pode ser mais cuidadosa? Por favor!
Realmente! Deveria me empenhar mais em meu papel. Quando eu era mais nova dizia para minha mãe: “meu sonho é ser uma atriz famosa, daqueles famosos que não podem nem sair na rua, que quando saem vem alguém apontando, (aquela não é a Eliza?) e logo depois mamãe dizia (isso vai acontecer se você quiser) depois disso mamãe me pagou algumas aulas de teatro. E esse seria o momento de pôr o que aprendi naquelas aulas em pratica”. 
- Minha avó já estava desconfiada de algo! – diz John. - E o que você fez só piorou, temos que tentar resolver isso de alguma maneira, deixar ela mais confiante.

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