"De joelhos Lex"

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Irei corrigir essa semana ainda, fiquem atentos aos detalhes e cometem o que estão achando até aqui.

Cameron

Depois do jantar e alguns esclarecidos com dona Jauregui, finalmente pude me trancar no quarto. A carência pela minha solidão positiva ali era sempre necessária pelo menos uma vez no dia. Como uma zona de tranquilidade, um mundo à parte longe da agitação perante minha família polêmica.

Os deveres de casa não eram preocupação, sempre os fazia enquanto estava na Constance. Aquela uma hora de "aula" dedicada somente a esses afazeres são pra lá de bem aproveitadas. Infelizmente e felizmente toda aquela minha zona segura na solitária pela primeira vez se fez de pedinte de algo. Mine do Bazzi tocava alto atiçando minha procura orgulhosa em parte para admitir do que estava em falta ali.

Dominava minha mente, meu mundo e agora tomava conta do meu tido como espaço, contrariando leis da física e tantos outros adendos, a prova do mesmo se fez quando Hanter começou suas tentativas de me puxar brutalmente para o seu mundo, suas chamadas repetitivas e insistentes tomavam conta do meu iPhone.

Minha queda declarada e rápida no seu abismo chegou ao ápice com a rendição não menos tentadora dos meus limites. Retiro o iPhone ligado ao carregador e atendo às chamadas desesperadas do Moonshine.

Sua fala era um tanto apressada e pouco poupadora de muitas perguntas essas que nitidamente nutriam uma certa preocupação fofa comigo. Com calma respondi todo seu questionário, satisfeita demais naquela empregada de acalmar os ânimos do meu é.. o que nós éramos? Amigos? Ou.. sinceramente passávamos longe de limitar somente com um rótulo. Hanter e eu parecíamos mergulhar mais e mais um no outro para resumir toda nossa ligação a uma simples amizade, e muito menos amizade com benefícios. Não que o último termo apresentado não fosse um tanto vantajoso, mas aquela dependência do tal brincava com o meu interior, será que nós não estávamos subestimando um ao outro. Escondendo tão mal o diante dos nossos narizes, tão fácil de captar que assustava. Me amedrontava, algo completamente comum já que nunca tinha provado si quer do superficial relacionado. Aquele montante intenso colocava a prova minha satisfação covarde e orgulhosa demais para dar um ponta pé adiante com o mesmo. Difícil admitir o não admitindo e claramente admitido ao mesmo tempo.

A negação plausível assusta, mas as batidas do meu coração por ouvir sua voz rouca somada a entonação de muito sarcasmo em meio ao jogo de palavras disparava ritmos elevados totalmente proveitosos em desmascarar o meu medo daquela intensidade.

Nunca amei alguém fora os ligados a família, e me assusta cogitar que Hanter seja o escolhido. Tenho medo pois tamanha intensidade só não é maior que minha nítida disposição para manter meu coração batendo pelo Moonshine. Tudo ou nada, não trabalho com cem por cento. Cento e cinco por cento é muito mais representativo para minhas intensidades.

A tal inicial acertada de contas, com relatório completo pelo Moonshine sobre como Apolo ser um idiota e pouco preservador na brincadeira dos dois  de invadir o colégio naquela noitinha, foi agradável de ouvir. Dei boas risadas com suas insinuações de irracionalidades vindas do Hanson. Típico e tedioso ficar muito tempo perto do mesmo. Mad merece um prêmio por mantê-lo como namorado por tanto tempo.

Hanter não satisfeito de expor o quanto estávamos ligados, começou a compartilhada de playlists. Tá aí mais um costume entre nós. Sua pauta com músicas diversas aprofundou depois do meu anúncio de estar escutando 1975 – Somebody Else. Hanter não fez o tímido e começou a sua tida como prática para o teatro cantando do outro lado da linha e exigindo minha participação, hahaha.. prendi minha vontade de rir e após algumas tentativas nulas de despistar me juntei ao mesmo. A música deu seu fim e o nosso caraoquê telefônico não  parou por ali dando entrada para Power do Isak Danielson. Essa eu tinha certeza que ele não conhecia e assim não iríamos insistir no erro de cantoria ao telefone novamente, infelizmente e felizmente Hanter revelou ser um fã, e ele não só conhecia a letra da música como justificava a escolha para faixa com subtendidos claros e não menos verdadeiros. Temos poder um sobre o outro, e segundo os expostos por Hanter minhas artimanhas o colocavam como minha vítima duas vezes mais repleto de potencialidades, sofredor do meu poder em grandes escalas, essas superiores aos seus dons sobre mim. 

We're back, bitches! (Terceira parte de NYB) Where stories live. Discover now