Cap.19: Emotions

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P.O.V Justin Bieber 13:24 p.m.

Assim que juntos subimos para o meu quarto percebi que ela estava nervosa e calada. Mas não precisava disso, lembrou meu subconsciente, pois eu não ia tocar nela até ela deixar.

Ela se aproximou da cama e colocou uma mão no queixo, envergonhada e olhou em volta do meu quarto. Suas maçãs do rosto estavam coradas. Aquilo me deu vontade de rir.

— Você tá bem?

— Ah... Sim, só com calor. — Concordei e lembrei do ar condicionado que estava desligado. Então me aproximei do criado mudo, abrindo a primeira gaveta e peguei o controle pra ligar o aparelho. Deixei em 19°c. — Tá ótimo agora. — Rir e guardei o controle de volta.

— Pode se deitar na minha cama. — Dei liberdade e ela me olhou séria, o que me fez rir e colocar as mãos na cintura. Ela estava muito constrangida, tinha certeza que nunca passou por isso antes. Assim eu esperava.

— Ah... Tá bom. — Então se inclinou para tirar seus tênis e os colocou perto da cama no chão. — Eu... — Apontou pra cama e me deu vontade de rir novamente.

— Pode sim, pode se deitar. Eu vou deitar também. — Ela umedeceu os lábios e se deitou, o que me fez tirar a camisa e ganhei sua atenção que encarou meu abdômen por segundos, desviando o foco da visão em seguida.

Deitei ao lado dela e fiquei encarando o teto de gesso do meu quarto, pensando no que estaria passando pela cabeça dela. Daria tudo pra saber de verdade.

— Justin... — Me chamou e lhe olhei de lado.

— Fala.

— Não tem algo pra me contar? — Enruguei a testa e logo acabei lembrando. Não queria falar disso, de verdade.

— Ah... Se importa de eu não falar sobre isso?

— Me importo. — Foi séria e rápida. — A gente combinou que não iríamos esconder nada um do outro. — Ela era rancorosa, tecnicamente falando, tipo não esquecia de nada.

— É que isso não é importante, Angel. Só foi uma fase da minha vida que eu não me orgulho. Somente.

— Você nunca falou disso pra ninguém... Eu tenho certeza. — Ela tinha razão. — A não ser que tenha falado pra sua primeira namorada. — Falou e enruguei a testa, confuso. Como ela sabia que eu tive outra namorada? — Eu tô brincando. — Em seguida riu e me aliviei. Ela chutou, que ótimo agora tô com peso na consciência por não ter falado disso também. Mas não foi nada marcante, então não é importante.

— Tudo bem... — Me entreguei. — Meus pais ainda eram casados... Éramos pobres e eu nunca soube aceitar isso. Eu tinha 14 anos, mas já era ambicioso. Queria ter dinheiro pra comprar o que eu quisesse, via amigos antigos meus com carros e ostentando em festas. Aquilo sempre me deixou com inveja. — Ela me olhava séria e eu podia ver que não estava nada orgulhosa daquilo. — Também tinha o fato da minha vida pessoal ser uma merda... O Jeremy queria que eu estudasse, mas eu não queria. Minha mãe não tinha voz nem vez lá em casa, sempre foi o Jeremy e eu, então isso foi um dos motivos que fez ela sair de casa.

— Nunca mais a viu?

— Não... 6 anos que eu não vejo minha mãe.

— Meu Deus... Será que ela é viva?

— É sim, ela ainda é viva e mora no Canadá até onde eu sei... — Engoli em seco e admito que meu lábio inferior quis tremer. — Depois que ela foi embora eu também saí de casa... Abandonei o meu pai, ganhei o mundo e fui atrás do que eu queria. — A Angel baixou o olhar e fechei os olhos. Eu não me orgulhava de nada disso. — Entrei pro tráfico de drogas ainda muito novo, não tinha experiência e cheguei na porta da morte várias vezes. Depois que saí do Canadá e vim parar em Los Angeles conheci o Jack... Ele me ajudou muito e depois que passei a fazer parte dos negócios dele eu decidi que era aquilo que eu queria para minha vida. — Ela arqueou as sobrancelhas e suspirei. — Desenvolvi muitas habilidades e quando me senti pronto eu quis fazer os meus próprios negócios. Negociei meu primeiro tráfico de drogas, e fui atrás de pessoas que junto a mim iriam realizar o primeiro assalto a um banco.

Last ChanceWhere stories live. Discover now