Cap.9 Cold Blood

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P.O.V Angel 20:03 p.m.

Havia voltado pro salão do restaurante sem nenhum tipo de expressão em meu rosto. Admito que fiquei sem palavras pra isso que ele tinha acabado de fazer comigo. Porque ele fez isso? Porquê me deixou sozinha?

Eu queria chorar, de verdade, e pra falar a verdade nem sabia ao certo se esse era um bom motivo... Só que pelo o que vem acontecendo entre nós estava ficando difícil controlar minhas emoções, pois eu não queria admitir nada que mais na frente fosse me deixar mais ainda na merda.

“ É mais cavalheiro” ele disse hoje pela manhã quando falou sobre passar lá em casa e me levar e nossa, bem cavalheiro da parte dele ter me deixado sozinha nessa droga de festa.

— Angel? — virei-me quando ouvi a voz do Charlie, amigo do meu pai, e sorri pra ele que estava com uma taça de champanhe em mãos. — Você tá muito bonita.

— Ah... Obrigada. — forcei um sorriso e bati o olho no Matt próximo ao palco com a banda de jazz nos olhando, o que me fez rolar os olhos. — Você também.

— Ah, valeu. — ele sorriu e eu fiz a mesma coisa só que sem a mínima vontade e com 0 animação. Eu precisava sair daquele lugar. Não estava me sentindo bem.

— Me dá licença um instante.

— Claro. Fique a vontade. — concordei e saí de perto dele, indo a procura do Carl e vi ele em uma mesa conversando com o Robert e outros homens.

— Eu tinha 22 anos... — falou ele sorrindo e me notou, alastrando o tamanho dele. — Oi filha. Tudo bem?

— Sim. Sim.

— Pessoal, essa é a minha filha mais velha. — ele me apresentou e seus amigos sorriram. — Deseja alguma coisa?

— Sim... A chave do seu carro. Quero ir embora. — ele enrugou a testa e ficou de pé, se aproximando de mim.

— Mas já? A festa acabou de começar.

— Eu sei, mas é que não estou me sentindo bem. — ele concordou rapidamente e mexeu nos bolsos, tirando a chave e me entregou.

— Tome. Dirija com cuidado.

— Pode deixar. — em seguida beijou minha cabeça e saí do restaurante, indo pro lado de fora e sentir segurarem em meu braço. Era o Matt.

— O que aconteceu com você?

— Nada. Eu vou embora. — respondi com um nó na garganta, evitando olhar pra ele e não chorar na sua frente.

— Olha pra mim...

— Me solta, Matt. Eu não quero conversar com você. — ele pôs uma mão em meu rosto e o virou, me obrigando a olhá-lo. — Me solta.

— Por que você tá chorando?

— Não é da sua conta. — fui rude e tentei me soltar, mas ele me segurou novamente.

— É por causa do Justin? Ele fez alguma coisa com você? — ele estava jogando e sabia disso. Mas eu não ia dá o que ele quer. Não ia.

— Nada. Tira a mão de mim.

— Angel, eu só...

— Tira a mão da minha filha, Matt. — meu sangue congelou quando ouvir a voz do meu pai. Ainda bem. — Solta ela. Ela não quer falar com você. Não ouviu? — ele foi rude e o Matt recuou, tanto que me soltou e deu um passo atrás. — Vou lhe avisar de algo, eu não quero que você se aproxime da Angel novamente. Fui claro? Eu sou o pai dela e EXIJO que você não chegue perto nem tampouco encoste nela novamente. — o Matt me olhou assustado e umedeci os lábios, baixando a cabeça. — Seu pai está te procurando. Vai falar com ele. — falou, e se aproximou de mim.

Last ChanceWhere stories live. Discover now