Capítulo 7: Connor

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Boa leitura!
Não esqueçam de deixar uma estrelinha aí. Obrigadaaa!

A tarde foi incrívelmente interessante na presença da Diana aqui. Às vezes a acho estranha, ela parece ser bipolar, sua personalidade e comportamento não é o mesmo sempre. Enfim....no outro dia fui ao mercado comprar algumas coisas para o almoço, quando o elevador se abre, encontro quem eu menos esperava essa hora. E vocês já devem imaginar quem. Me pergunto internamente o que ela deve estar fazendo aqui, mas enfim...um sorriso se abre em seus lábios e não resisto em retribuir.

Entramos no apartamento e a convidei para me ajudar a preparar o almoço.

Em algum momento brigamos para quem vai cortar a cebola. Acabo vencendo e a convencendo a fazer isso. Nada mal, mas eu sempre odiei cortar cebolas. Porém adoro elas na culinária.

Passou alguns minutos e escutei Diana pedir socorro. A levei até a pia e tratei de lavar seu rosto com bastante água, até que a ardência em seus olhos aliviasse. Fiquei algum tempo cuidando dela, pedindo para que se acalmasse e quando ela já estava bem, olhei bem fundo em seus lindos olhos. Algo nela me atrai, seu charme, seus lábios, seus olhos...até sua voz doce.

Foi impossível reprimir o desejo de beijá-la. Impossível de me afastar naquele momento oportuno, então eu beijei ela. Passando as mãos em seu corpo moldado, em seus peitos na medida certa e puxando vagamente seu cabelo com os meus dedos. Foi o beijo mais delicioso que já dei na vida.  Me arrependi de não ter feito isso antes, entretanto, não posso me precipitar ou ela vai sair correndo para longe de mim. E o que menos quero é Diana longe. Não mais.

Nos afastamos por falta de ar. Ela envergonhada e vermelha, e eu insatisfeito e querendo muito mais dela. Meu pau está aqui duro feito pedra, ambicionando seu corpo no meu. Melhor ainda, sua língua nele.

Voltamos a preparar a comida, terminamos de preparar tudo, almoçamos e fomos assistir alguma coisa na Netflix.
Acabamos conversando sobre vários assuntos, nunca deixando faltar um tema de discussão entre nós. Descobri mais dela, uma pessoa cheia de qualidades, com sonhos para serem realizados, planos para serem exercidos. A vejo como uma grande mulher pronta para enfrentar o mundo, e isso me lembra muito uma pessoa que amei na vida. Não sei exatamente se era amor, mas posso dizer que é comparável o sentimento que adquiri por ambas.

— E o que você mais deseja na vida? — indago, ela pensa por um instante.

— Quero muitas coisas. Viver uma aventura por esse mundo lá fora, descobrir coisas novas, apreciar a natureza e tudo que tenho direito nessa existência passageira.

— Uau! Essa resposta daria um belo poema sabia? — ela ri.

— Não creio, mas você tem razão, fui um pouco dramática.

— Gosta de romance? — pergunto, ela me olha sorrindo.

— Eu prefiro nada que me faça sonhar com um príncipe de cavalo branco. Mas...sim,eu até gosto. E você?

Respiro fundo.

— Eu nunca vivi um romance, então não sei opinar sobre essa questão. Nunca vou entender porque as mulheres são tão sonhadoras e querem viver um conto de fadas. Não é estranho para você?

Não sei como entramos nessa conversa, contudo estou adorando.

Seus olhos vão além de mim quando me encaram. Não estamos tão perto, apenas no mesmo sofá de três lugares, ela na ponta e eu na outra, com um espaço entre nós e um balde de pipoca no meio. Ela parece pensar muito bem na resposta, e tenho medo do que irá vir dela.

— Olha, nós somos sensíveis. No mundo que vivemos hoje, tudo que podemos fazer é sonhar com um conto de fadas, com um príncipe sobre um cavalo branco e uma espada na cintura para nos proteger do perigo. Só que... — faz uma pequena pausa. —...nós estamos perdendo a esperança de um dia viver "livre" e de ser amada de verdade. E vocês homens são os maiores culpados disso.

— Os homens não são iguais...

— Não quero generalizar, mas... — ela ri novamente com toda essa situação que vivemos nessa sociedade amadora, a única coisa que podemos fazer é tentar ser feliz da maneira que podemos.

— Eu te enxergo como uma pessoa espetacular. Deveria tentar sociologia, psicologia, algo assim. Iria se dar super bem.

— Não faz o meu tipo. Quero terminar  a faculdade de contabilidade, assim poderei governar os negócios do meu pai. É o sonho dele que eu e a Daiana tome conta do seu legado e dê continuidade a tudo o que ele construiu. — fico surpreso.

— Te desejo toda a sorte do mundo, e também alguém que te faça esquecer das frustrações dos negócios, eu sei bem como é. Se quiser, essa pessoa pode ser eu. — ela arregala os olhos, suas bochechas ficam vermelhas e sorrio.

Mais um ponto para mim.

— Você é louco! Não tem vergonha na cara?

— Vergonha eu tenho de não poder te beijar agora. Nunca uma mulher esteve aqui para não transar comigo, você é quase a única. Desculpe, não quero te deixar constrangida, mas é a pura verdade. — fico sério.

Ela morde os lábios, não é para me provocar, porém acaba fazendo isso sem querer. Meu amigo lá embaixo dá sinal de alerta, se ele crescer, não sei o que poderei fazer para controlar, apenas ela teria o poder de fazer isso.
Olho as horas no relógio, são quase quatro da tarde. Mais um dia com ela. Que venha mais, pois não irei descansar até jogá-la sobre minha cama e chupá-la por completo. Foda-se se estou pensando assim, ela que me instiga a ter esses pensamentos devassos, nutritivos e nada saudável para meu estado emocional.

Um silêncio estranho se instala entre nós. Acho que falei merda, mas não importa, essa garota mexe demais com meu psicológico. Também não tenho culpa se minha líbido manifestou-se involuntariamente, ou não.

— Acho melhor eu ir, né?! — ela diz sem me olhar. Sim, eu fiz merda.

— Por favor, fique mais um pouco. — peço.

— Preciso estudar...

— Pode fazer isso mais tarde, prometo deixá-la em casa.

Por fim ela aceita e se dá por vencida. Como é de costume, eu sempre ganho!

Sob Duas Versões Where stories live. Discover now