Capítulo 6: Diana

176 20 1
                                    

Hoje é segunda feira, estou pouco estusiasmada com esse dia opaco. Não consigo me levantar da cama, a minha mente está focada na revelação do Rael. Meus olhos se enchem de lágrimas novamente, não sei o que farei para resolver essa situação. Mas o que sei é que meu coração está destruído.

De repente me bate uma vontade de sair, esvaziar a mente e minha cabeça. Me divertir e tomar bastante álcool para me esquecer dos momentos que eu e Rael passamos juntos. Quero muito esquecer do seu rosto, apagar da memória as lembranças que conquistamos. Droga! Não sei se isso será possível, esse não é meu jeito comum de resolver meus problemas.

Me levanto e vou até a penteadeira. Me sento no puff e me olho no espelho. Meu rosto está inchado e meu cabelo bagunçado. Não me reconheço. Estou visivelmente mal. Não quero demonstrar isso quando descer para tomar café, papai deverá de perceber meu estado e não quero mentir. Melhor polpá-lo dessa decepção que eu tive e que ele também terá se descobrir sobre meu relacionamento com o Rael. Quero dizer, ex relacionamento.

Também não quero olhar na cara cínica da Daiana. Meu Deus! Como ela pôde fazer isso comigo? Sei que não temos uma relação amigável, mas somos irmãs! Isso já não basta?

Ah, eu não merecia ser traída dessa maneira!

Fecho os olhos...

Connor!

Respiro profundamente quando subitamente viera na minha cabeça esse homem. Ele foi tão gentil e legal comigo. Será que eu deveria convidá-lo pra dar um passeio?
Não sei! São tantas coisas passando por minha cabeça agora. Argh! É tão difícil tomar uma decisão que não vá comprometer meu estado emocional. Entretanto, eu preciso disso. Preciso dialogar e desabafar com alguém ou vou enlouquecer.

Decido tomar um banho para refrescar meu corpo e minhas ideias. Depois disso me arrumo como de costume e espero dar oito da manhã para descer pro café, nesse horário mamãe já deva ter ido encontrar com suas amigas e papai já deve ter ido para a empresa. Desço e vou diretamente para a cozinha encontrando Ivete lavando loucas.

- Bom dia!

- Bom dia meu amor! Aconteceu algo?

- Nada, madrinha! Só não estou muito bem hoje. - me sirvo do café.

Ela vem em minha direção.

- Sei que deve ter acontecido algo. Não quer conversar comigo? - tenho vontade de chorar, mas me seguro para não me desabar na frente dela.

Apenas balanço a cabeça como quem diz que está tudo bem.

- Tudo bem se não quiser conversar minha bebê! - Ivete deposita um beijo em minha testa, sorrio fraco.

- Onde está a Daiana?

- Saiu cedo para a faculdade. - ela se afasta e volta ao seus afazeres.

- Huum.

Após o café saio na cozinha volto ao quarto e me visto adequadamente para sair de casa. Coloco uma roupa acadêmica para fazer uma leve caminhada pelo Parque.

José me deixa à três metros de distância do parque e vai embora. Coloco meus fones e aciono a playlist do meu ipad. Começo a correr por uma trilha de chão cercado de árvores. Há pouco movimento essa hora da manhã, o que acho bom.

Sinto meu corpo cansado após uma hora de corrida. Nem percebi o tempo passar. Me sento em um banco que fica de frente para um lago, há alguns patos flutuando na água. Sorrio. Queria ser tão livre assim, voar para longe e conhecer o melhor do mundo.

Sob Duas Versões Where stories live. Discover now