Capítulo 12: Tá tudo tão confuso

805 70 13
                                    

     Ele apertou o meu rosto com tanta força que pude sentir meu maxilar todo doer. Com certeza as marcas de seus dedos ficaram desenhadas em minha bochecha. Depois a dor só piorou, quando ele empurrou meu rosto com brutalidade.
     Pude notar em seus olhos a satisfação que ele estava sentindo ao me ver ali, com medo, sentada nessa cadeira suja, sem poder me defender. Que tipo de pessoa gosta de fazer isso com as outras? Acho que verdadeiros psicopatas.
     Então ele se aproxima de novo, desta vez, tirando a mordaça de mim. Quando ele retirou a mordaça da minha boca, finalmente pude respirar melhor. A mordaça dificultava muito a minha respiração, que nessa hora era ofegante. Esse pano estava tão apertado que os cantos da minha boca já estavam cortados.
     Me aliviei ao sentir que a minha boca estava finalmente livre para pedir ajuda e gritar por socorro.
     - SOCORROOO! ALGUÉM ME AJUDAAA! ME TIRA DAQUIII! - eu gritava em desespero.
     - Pode gritar à vontade, Eleninha. Ninguém vai te ouvir. As casas são muito afastadas umas das outras, nenhum vizinho vai ouvir você gritar. - ele me disse, sorrindo. - Isso, vai! Grita mais! Isso só me dá mais prazer... ouvir as minhas vítimas gritando.
     Eu não acreditava no que estava ouvindo. Porque esse louco está fazendo isso comigo? O que ele quer de mim? Isso não podia ser verdade. Alguém tinha que me ouvir gritar. Não era possível! Comecei a chorar de desespero e medo do que poderia acontecer.
     - Me solta seu louco. Me tira daqui! - eu gritava para ele, olhando diretamente nos seus olhos.
     - Ah... mas você já quer ir embora? - ele me perguntou ironicamente, dando risada. Era como se o meu desespero fosse algo muito engraçado para ele. - A diversão ainda nem começou. Não se preocupe, nós temos a noite inteira pela frente. - ele me disse, sorrindo.
     - O que você quer de mim? Porque está fazendo isso comigo? - eu perguntei irritada.
     - Vingança! - exclamou, desta vez com o rosto sério, mostrando toda a raiva que estava sentindo.
     Vingança? O que ele estava querendo dizer com isso?
     - O que? Como assim? Eu não sei do que você está falando. - eu disse rápido demais.
     Ele ficou tão furioso quando ouviu o que eu disse, que veio até mim rapidamente e agarrou os meus cabelos, puxando-os com força até meu rosto estar colado com o seu. Ele segurava meu cabelo com tanta força que eu pensei que ele fosse arrancá-los ali.
     Ele me encarou com o olhar mais medonho que eu já tinha visto, quando começou a falar:
     - Ah é, gracinha. Vai dar uma de inocente agora? De que não sabe de nada? - ele gritava, me fazendo tremer de medo e chorar ainda mais. - Você é a culpada de tudo. Com esse seu jeitinho de princesinha linda e inocente, você já sabia acabar comigo.
     - Por favor, eu não estou entendendo. Eu não sei do que você está falando, eu juro! - eu chorava.
     Novamente ele me solta, me empurrando com força. A minha cabeça latejava no local onde ele tinha segurado.
     - Ah, por favor! Não se faça de burra. - ele falou alto. - Não vai me dizer que seu querido paizinho não te contou a história?!
     Meu pai? Que história?
     - O que o meu pai tem a ver com isso? - perguntei confusa.
     Ele olhou para mim e sorriu.

Continua...

________________________________________

Notas da autora:

     Oi, meus amores. Tudo bem? Votem e comentem o que vocês acharam e quais são as suas expectativas. Quero muito saber a opinião de vocês. Vem novas descobertas por aí.

Até o próximo capítulo!

Sozinha Com Um Psicopata Onde as histórias ganham vida. Descobre agora