Tom de Vingança

47 - Superando 🔞

E depois de tanto tempo, Natália e Gustavo não podiam se reencontrar sem fogo, não é mesmo? Portanto...
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Capítulo com descrição do ato sexual. 🔥🔥🔥
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Apesar da hesitação presente e inevitável, Natália caminhou até Gustavo, apreensiva e com o coração disparado e o abraçou. Ele correspondeu ao abraço com tanta intensidade que os corações de ambos pareciam que iam explodir dentro do peito. Havia tanto significado naquele gesto que, para algumas pessoas podia parecer tão banal.

Era um abraço de carinho, de ternura, de afeto, de saudade. Mas também era uma questão de necessidade. Quando se ama, o contato se faz intensamente necessário e os dois haviam estado afastados de várias maneiras por tantos dias... Natália sentiu como seus olhos se inundaram facilmente a cada segundo que o enlace prosseguia.

Ao se ver nos braços dele, todas as recordações daquela história de amor vinham à tona. O modo intenso como a paixão se emaranhou em um sentimento de ódio e vingança e foi derrubando cada barreira imposta pelas decepções e pelos ressentimentos lhe desbordava pelos olhos naquele momento.

Gustavo, por sua parte, recordou mais uma vez o porquê havia chegado à conclusão, algum tempo antes, de que a amava. De que tudo aquilo que acontecia entre eles só podia ser amor. Não havia sensação que o arrebatasse mais do que tê-la assim em seus braços sentindo sua vibração e desfrutando da emoção de senti-la.

Lentamente foram se afastando do abraço e, enquanto Gustavo acariciava os cabelos de Natália, incapaz de resistir à imensa saudade que sentia de estar em conexão com ela, não de corpo, senão de alma, ela o puxou carinhosamente pela mão para que se sentassem no sofá.

— É verdade, Gustavo. — Ela não soltou a mão dele entrelaçando-a em seus dedos com medo de que ele se afastasse para sempre. Com medo de que aquele tivesse sido o último abraço deles. — Eu estou esperando um filho seu. — As lágrimas correram por seu rosto tão intensas como poucas vezes Natália havia visto acontecer.

— Amor... É uma notícia tão maravilhosa que eu não entendo. — Ele disse com os olhos embaçados pela emoção. — Não entendo por que esse peso em sua voz, em seu olhar? Por que fugir ao invés de me procurar e que celebrássemos juntos essa notícia?

— Eu queria, juro que queria! Mas haviam coisas que me impediam e... Gustavo eu te amo. Te amo tanto e estou tão feliz de que vamos ter um filho fruto desse amor, mas... — Aquela hesitação que havia desaparecido no momento em que se viram, voltou a assombrar a mente de Natália.

— Como pode haver algum mas depois de tudo isso que você me disse, Natália? E mais depois do que você passou.

Gustavo não conseguia compreender. Ele estava explodindo de felicidade por ter um filho com a mulher que amava que jamais conseguiria entender porque ela escolheu fugir dele ao invés de desfrutarem juntos a felicidade que aquilo significava. Ele estava alheio à toda desconfiança que havia sido inculcada em Natália e também ignorava aqueles fatos tão marcantes de seu passado que, desgraçadamente, o incluíam.

— É que há coisas que você ignora. — Ela se levantou juntando as mãos na altura da boca e dando alguns passos na ampla sala do rancho da família. — Coisas que eu tinha medo de falar com você.

— E você acha que eu não sei? — Ele se levantou e se colocou logo atrás dela, podendo assim acariciar seus ombros, fazendo com que fosse impossível que ela não se sentisse intensamente amada. — Antes do sequestro, você era aquela mulher que me pediu em casamento, que fez amor desesperadamente comigo no meio de uma festa, que desbordava paixão, amor e confiança. Depois do sequestro você sequer foi capaz de me olhar nos olhos. Como se fosse outra.