24 - Intrigados

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Boa tarde amores. Como eu avisei no último capítulo, estava com problemas. Me mudei e, vocês devem saber que processo de mudança é complicado e demora séculos para se concluir. É algo que provoca muita ansiedade e eu não tinha condições nem físicas e nem emocionais de me concentrar na escrita. A boa notícia é que acabou.

Vou tentar retomar o ritmo das fanfics à partir de agora, e fazer tudo para manter as publicações à todo vapor. Eu sei que vocês podem ter se desconectado um pouco da história com a demora, o mesmo aconteceu comigo, mas torço para que consigamos retomar e que vocês sigam aqui. Agradeço a todas as leitoras e leitores, essa história é de todos nós.

***
Gustavo se ajeitou na cadeira intensamente intrigado. Se a intenção de Ana Paula era despertar a intriga nele, havia conseguido. Suas palavras não só sinalizavam que ele podia retomar as ações de Natália como lhe recordavam que ele havia sido um brinquedinho nas mãos dela no início daquela história. Se agora terminaram envolvidos, não foi a primeira intenção de Natália e ele sabia.

O problema é que Natália mexia com ele de uma maneira inevitável. Cada vez que sentia raiva de Natália, queria avançar para cima dela arremetendo com todo seu ódio. Mas era só chegar perto dela, recordar seu cheiro, seu gosto, seu calor, sua intensidade no sexo que tudo, absolutamente tudo ficava em segundo plano. Entretanto a informação que Ana Paula lhe assinalava era maior que qualquer confusão. Se fosse verdade a completude daquelas insinuações, Natália havia sido capaz de ir longe demais com a única intenção de destruí-lo.

— Diga, Ana Paula. Sem rodeios, o que você sabe contra Natália? — Disse Gustavo ansioso.

— Daniela está casada com Diogo há cerca de dez anos e, apesar de não sermos amigas íntimas há todo esse tempo, tenho acompanhado alguma coisa da vida dos dois. Coisas privadas que uma mulher só é capaz de confidenciar à outra mulher e, somente, quando a situação chega a um ponto insustentável.

— Eu sou amigo de Diogo desde a adolescência e não faço ideia do que você está falando. — Disse Gustavo fisgado pela isca de Ana Paula.

— Por que você é homem meu amor. — Ela disse sorrindo e acariciando seu rosto. — Um homem não tem a sensibilidade suficiente para sentir essas coisas. Enfim. É algo íntimo e eu espero que você não use para deixar Daniela ainda mais constrangida.

— Fale de uma vez, te pedi que o fizesse sem rodeios e até agora você está dando voltas e voltas. — Irritou-se Gustavo.

— Daniela e Diogo têm problemas... sexuais. — Disse Ana Paula aparentemente sem jeito, mas no fundo, cada palavra sua era calculada.

— Que tipo de problemas sexuais? — Surpreendeu-se Gustavo ao tentar imaginar o teor da chantagem de Natália.

— São dez anos. Ela já passou por todos os estágios de desconfiança de Diogo. Das supostas razões pelas quais um marido não deseja uma mulher atraente como ela. Ela já acreditou que ele não a amava, que ele podia ter alguma doença física ou emocional, que ele possuísse uma amante e até que ele não sentisse atração por mulheres. E é exatamente isso que o bilhete naquele envelope evidencia. — Disse Ana Paula.

— Mas o que isso tem a ver com Natália? — Indagou Gustavo perplexo.

— O que tem a ver? O que tem a ver? — Alterou-se Ana Paula. — Você não pode ser tão ingênuo, Gustavo! Diogo detesta Natália. E foi por isso que Daniela a convidou para a festa. Para observá-la com ele, tentar entender porque uma pessoa de quem ele fala tão mal lhe comprou as ações da Romero Produções que eram tão caras à ele.

Tom de VingançaWhere stories live. Discover now