A ultima semana do mês de setembro de 2001

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A perspectiva de uma guerra entre os Estados Unidos e o Afeganistão era eminente. Vários navios americanos já estavam sendo deslocados para pontos estratégicos do Oriente Médio, visando um possível ataque a aquele país.

As vendas dos negócios de Osnin estavam cada vez piores, o que o fazia ficar extremamente preocupado. No decorrer dessa semana, o conselho religioso nacional, colocou como meta a necessidade de que os homens engravidassem as suas esposas, para que, em caso de uma guerra longa, esses jovens algum dia pudessem lutar na guerra santa contra os inimigos do ocidente. Muito religioso, Osnin colocou em sua mente que precisaria engravidar Aisha, para depois tentar engravidar novamente as suas esposas mais velhas, atendendo aquilo que os seus líderes religiosos haviam ordenado.

Nos primeiros dias após receber essa ordem, Osnin dormiu todos eles no quarto de Aisha, sendo muito carinhoso com ela em cada ato sexual realizado, pois, segundo os mais antigos, quanto mais tranquila a mulher estivesse no momento daquela relação, maior a chance dela engravidar. Aisha estava muito feliz com a visita constante do esposo aos seus aposentos. Como não tinha outra alternativa a não ser tentar de alguma forma, amar o seu esposo, mesmo porque era a única pessoa o qual ela tinha contato naquela casa, quando ele estava próximo e sendo carinhoso com ela, Aisha retribuía essas suas ações com muito amor.

Quem não estava feliz de maneira nenhuma com essas visitas constantes do marido aos aposentos de Aisha eram as suas outras esposas. Elas estavam com um intenso ciúme do marido por ele dar mais atenção a Aisha do que para elas. Nesse sentido, durante o dia, quando Osnin não estava, elas ficavam cada vez mais enfurecidas com aquela jovem.

Com os dias da semana passando, Parisa e Sonya começam novamente a reclamar para Marian, que diz que vai conversar com o filho sobre essa preferência, salientando a aquelas mulheres que qualquer tipo de preferência entre esposas não é permitida pela religião. Naquela cultura, um homem que tem várias esposas, precisa dar atenção igual a cada uma delas em todos os sentidos. E Osnin não estava a fazer isso, dando sempre mais atenção a Aisha, naquele momento, do que as demais, gerando essa revolta das suas esposas mais velhas.

O que aquelas mulheres não percebiam é que Aisha não tinha culpa nenhuma se o esposo estava a querer engravidá-la e por isso a dava mais atenção. Para Aisha isso era normal. E ela continuava a fazer o seu trabalho do dia-a-dia sem ao menos desconfiar que a revolta daquelas mulheres contra ela estava a se intensificar.

Na sexta-feira, dia 28 de setembro de 2001, antes de ir deitar, Marian tem uma conversa séria com o filho, quando os dois estavam a sós na sala:

- Osnin, as suas mulheres estão ficando chateadas porque você não se deitou com nenhuma delas no decorrer dessa semana.

- Eu estou querendo engravidar Aisha minha mãe, ela é a única que não tem nenhum filho, por isso estou dando prioridade a me deitar com ela nessa semana.

- Você sabe que não pode fazer isso. Se der atenção a uma esposa em detrimento das outras, essa pode começar a se sentir especial e as outra menosprezadas e isso não deve acontecer.

- Minha mãe, elas precisam entender essa situação. Parisa já tem três filhos, Sonya já tem dois, apenas Aisha não tem nenhum. Qual o problema eu tentar engravidá-la para depois voltar a ter mais filhos com as outras?

- Não pode meu filho, pelas regras da nossa religião, você tem que tratar todas iguais, mesmo que elas estejam momentaneamente em situações diferentes. Responde Marian.

- Eu sei que são as regras minha mãe. Elas reclamaram com a senhora isso?

- Não quero que fique chateado com elas, mas elas reclamaram e com razão. Diz Marian.

- É, talvez elas tenham razão mesmo. Bem, no decorrer da próxima semana tentarei dar mais atenção a cada uma delas para que não se sintam desprezadas. Mas, esse fim de semana eu quero dar prioridade a Aisha, quero que ela tenha um filho meu o mais rápido possível.

- Osnin, tem certeza que não está enfeitiçado por essa menina? Questiona Marian em tom desconfiado.

- Mas é claro que não minha mãe. Eu só quero fazer aquilo que fui recomendado a fazer no Conselho Religioso Nacional. Como estamos prestes a iniciar uma guerra é importante termos filhos para que se a guerra prolongue esses possam lutar por nós.

- E porque esse filho tem que ser de Aisha e não das outras?

- Eu já disse. Porque Aisha é a única que não tem um filho meu. Eu prometo que tentarei engravidar as minhas outras esposas logo em seguida.

- Espero que consiga. Diz Marian.

- Eu vou indo deitar minha mãe.

- Vai dormir novamente no quarto de Aisha? Questiona Marian em tom de desaprovação.

- Vou sim. Diz Osnin ao subir as escadas indo em direção ao quarto da sua mais jovem esposa.

Nesse momento Marian tinha certeza que de alguma forma aquela jovem havia enfeitiçado o seu filho e que ela teria que tomar alguma medida drástica para interromper aquele feitiço. Pensava ela.

O relacionamento entre Aisha e Osnin naquele quarto estava muito harmônico e os dois estavam a gostar muito daqueles momentos a sós. Osnin estava realmente encantado pela beleza e pelo carinho de Aisha e não queria mais sair de perto daquela jovem, que surpreendentemente, conseguiu mesmo o encantar muito mais do que as suas outras esposas.

Aisha também estava muito feliz com o carinho do esposo. Quando ele estava carinhoso com ela, era um homem espetacular e aqueles atos sexuais carinhosos a traziam um prazer que ela jamais imaginava que poderia sentir em sua vida. O toque carinhoso de Osnin contrastava naqueles dias com a intensa violência que ele havia tratado o corpo de Aisha em meio a aquela intensa punição. Aquela jovem não entendia como um esposo tão amável e carinhoso, quando estava bem com ela, poderia se transformar em alguém tão maldoso e sanguinário a ponto de feri-la daquela forma. Mas naqueles dias, enquanto estavam bem, esses pensamentos nem passavam pela cabeça de Aisha, que tudo que queria era aproveitar aqueles momentos tão prazerosos da forma mais intensa possível. Eles faziam amor todos os dias, durante boa parte da noite e a sensação para ambos era maravilhosa. 

Casamento forçado e abusivoOnde histórias criam vida. Descubra agora