Cailyn Shields tem um grande problema no que diz respeito a Benjamin Clifford, o garoto de beleza incomum, sensação no futebol americano e seu amor não correspondido desde que ela pôs os pés em Ohio.
Cansada de ser a sombra do garoto, ela toma uma...
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O interior da casa está cheio de estudantes bêbados e barulhentos. Isso não me assusta como antes, apesar de eu ainda me sentir meio incomodada, porque esse não é meu ambiente.
Bebo meu refrigerante, observando meu short curto e minha camiseta de uma cor semelhante a vinho, colada contra meus seios, criando um decote enorme. Ah, e só pra constar, essas roupas não são minhas. Geórgia as emprestou, praticamente me obrigou a usá-las, e eu não reclamei. No fim das contas, gostei da sua ideia e acho que posso me divertir, esfregando no rostinho do Benjamin o que ele perdeu.
Geórgia aparece ao meu lado em seu curto vestido vermelho e um copo na mão.
— Tenta não exagerar, tá bom? — aviso, referindo-me ao álcool.
— Certo, mamãe. — brinca, levantando o copo vermelho antes de entorná-lo garganta abaixo.
Observo alguns garotos no meio de uma brincadeira envolvendo cervejas. Não localizo o Ben entre eles e isso me deixa frustrada.
— Você precisa se soltar. — Geórgia se balança com a música eletrônica extremamente alta. Assinto, forçando um sorriso.— Bebe isso. — ela pega outro copo e me entrega. Eu o observo com desconfiança. — Bebe logo! Não tem muito álcool. Você precisa se soltar, Cailyn. — diz ela, animadinha demais.
Hesito um pouco e vejo Benjamin no exato momento que ele se aproxima dos amigos, ao lado da namorada. Não passo muito tempo pensando no que devo fazer quando nossos olhares se cruzam. Viro o copo cheio de bebida garganta abaixo, ignorando o gosto estranho.
— Isso aí! — Geórgia grita; o que me faz perceber que ela bebeu um pouco além da conta.
Pego mais copos com a mesma bebida levemente adocicada e continuo bebendo, ignorando os olhares reprovadores que Benjamin me lança ali perto.
Que se dane!
Quando percebo, já estou sorrindo com Geórgia, mesmo que não haja uma piada. Balanço meu quadril de maneira desajeitada, fazendo um garoto rir e se aproximar de mim.
Eu o estudo com atenção, notando seu cabelo castanho e olhos escuros em um rosto atraente.
Ele é gatinho, não posso negar.
— Quer dançar comigo? — ele para na minha frente.
Geórgia faz um sinal de legal com os dedos por cima do ombro dele e eu sorrio tímida.
— Aceita! — minha amiga grita, ainda dançando perto de alguns caras, que não tiram os olhos do corpo dela.
O garoto sorri, observando-a antes de voltar a me encarar; a sobrancelha arqueada em diversão.
— Claaaro, gatinho. — balbucio, com a voz estranha, fazendo-o rir antes de segurar minha cintura com ambas as mãos, puxando-me para mais perto. Ele me segue na dança agitada e, por algum motivo, eu foco toda a minha atenção em sua boca.
