capítulo 2: convites para uma festa

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— Como foi a aula?

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Como foi a aula?

— Tranquila. Fui para a detenção escolar após pichar o carro do diretor, bati em uma menina na saída e quase fui atropelada pelo ônibus porque o senhor Chapman é extremamente míope. — murmuro; os cotovelos apoiados na ilha da cozinha.

— Como é? — mamãe amplia os olhos com a típica expressão "eu vou te matar, sua maluca!".

— Estou brincando. — sorrio. — Não aconteceu nada de extraordinário. E você sabe que eu sou a filha perfeita.

— E a mais convencida. — ela ri antes de adicionar algum tipo de molho sobre a carne. — Eu soube que Caden passou mal.

— Sim. Mas ele já está bem.

— Graças a Deus! Diana deve ter ficado preocupada.

Diana é mãe de Geórgia e vive com o marido August e os três filhos na casa ao lado, com direito a um jardim e uma cerca pintada de verde claro.

Somos quase uma família. Viemos de Brownsville há quatro anos e também éramos vizinhos lá. Essa estranha coincidência solidificou a amizade entre a família Shields e Hartley.

— Onde está o papai? Ele não estava de folga?

— Joseph está na casa de August. Foi convidado para jantar lá. Parece que vão assistir a uma partida de futebol na TV. Você sabe como aqueles dois são viciados nisso.

— "Viciados" é pouco para aqueles dois fanáticos. — sorrio.

Ela coloca a comida sobre a mesa e lava as mãos com a água corrente, antes de enxugá-las com uma toalha.

— Você pode chamar a sua irmã?

— Claro! — calço minhas chinelas antes de subir as escadas até o quarto de frente para o meu. Bato na madeira algumas vezes.

Nora entreabre a porta após um minuto de demora e me encara com seus curiosos olhos azuis. É evidente que ela herdou a descendência norueguesa do meu pai, ao contrário de mim que fiquei com os olhos escuros e cabelos da mamãe.

— O que é?

— O jantar está pronto. — observo pelo canto de olho o quarto bagunçado, vendo algumas meias no carpete e roupas jogadas em cima da mesinha cheia de livros.

— Okay. Já vou descer.

Tento não sorrir do seu esforço em parecer adulta e assinto antes de descer as escadas.


***


— Seu namorado está no hospital. — provoco minha irmã ao levar uma garfada de carne à boca.

— Caden não é meu namorado e eu já sabia que ele passou mal. Papai disse. — suas bochechas coram quando defende isso.

Desejo ReprimidoWhere stories live. Discover now