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Bae's POV.

Senti um tecido suave enrolado a mim, abri os olhos e sentei-me, olhando à minha volta. A minha visão começou a escurecer, movi-me demasiado depressa. Levei as mãos à cabeça. Pisquei os olhos algumas vezes e a minha visão voltou. Observei o quarto. O meu pescoço estava a arder. Passei os meus dedos por ele, sentindo dois buracos. Entrei em choque, não. Levantei-me da cama mas caí logo a seguir no chão. Gemi de dor quando embati com os joelhos. Tentei levantar-me, mas parecia que os meus braços e pernas tinham-se transformado  em gelatina.

"Bae!" a voz de Harry encheu o quarto. Abanei a cabeça rapidamente, "N-Não, não..." Disse, tentando fugir dele. Harry agarrou-me pelos braços. "Larga-me." Disse, a minha voz estava trémula. "Bae o que se passa? Pareces fraca." Harry disse, deitando-me na cama novamente. "N-Não se passa nada. Preciso de ir para casa." Disse, tentando sair da cama. "Tu nem consegues andar, fica mais um pouco. Não posso deixar-te ir agora." Ele disse, colocando-me no meio  da cama. "Harry p-por favor." Implorei, "Eu quero ir para casa." Os meus olhos encontraram os do Harry. "Não, não queres. Tu queres ficar aqui." Ele disse, com os olhos vermelhos. Olhei para aquela cor por uns minutos. "Tens razão, eu quero."

"Bae, come as tuas batatas. Vão dar-te energia." Harry aconselhou, estendendo-me o pacote de batatas. Assenti, agarrando no pacote e abrindo-o, comendo algumas a seguir. "Já pareces melhor." Sorriu, os seus dentes eram brancos, como se ele os tivesse branqueado. Sorri de volta, continuando a comer as batatas. "Odeio que metade do pacote seja ar." Disse depois de encher a boca com batatas. "Oh." Eu estava prestes a oferecer-lhe uma batata, mas lembrei-me do que aconteceu da última vez que lhe ofereci. Olhei para o céu escuro e estremeci, comecei a soluçar, levando as minhas mãos ao meu pescoço. Harry ficou tenso, "Bae pára." Os meus dedos contornaram os furos enquanto eu ignorava o Harry. Senti um líquido escorrer pelos meus dedos e levei as mãos à frente da minha cara vendo que o líquido era sangue.

Ouvi um rosnar e olhei para o Harry. Os olhos dele estavam vermelhos, ficando lentamente pretos. "H-Harry..." gaguejei, cobrindo o meu pescoço com as minha mãos. Antes de me aperceber, estava por baixo dele. Ele inclinou-se e beijou o meu pescoço lentamente, descendo até encontrar os dois furos. Respirou fundo, abrindo a boca, agarrando firmemente no meu pescoço, sem o morder. "H-Harry por favor... não." Suspirei, com a voz carregada de medo.

Harry parou por um segundo antes de se afastar. Olhou para mim, os seus olhos estavam verdes novamente. Virou-se de costas, abanando a cabeça e olhando para mim a seguir. As suas feições estavam carregadas de confusão e alívio. Fui para um canto da cama e encolhi-me enquanto ele me observava. Ele levou o seu pulso até à sua boca, mordendo-o. "Bebe." Disse, pondo o pulso à frente da minha cara. Abanei a cabeça, "Não." Não vou beber o sangue dele, que nojo. "Bae, bebe. Vai fazer com que as marcas desapareçam." Disse, enquanto o sangue escorria pelo seu pulso. Lentamente, agarrei no seu pulso, colocando-o nos meus lábios. Separei-os e pressionei-os no pulso dele. Ele rodou um pouco o braço, sendo mais fácil para mim beber. Quase que ía vomitando, sabe a metal mas fiquei com uma sensação esquisita mas boa dentro de mim. Amei a sensação.

"Okay Bae, já chega." Harry disse, retirando o seu pulso. A sensação ainda continuava, eu sentia-me incrível. "Harry... porque me sinto assim?" Perguntei-lhe. Encolheu os olhos e agarrou na minha mão, que tinha um pouco do sangue dele, "Eu não sei, mas quase toda a gente se sente assim." Assenti e observei o Harry a lamber a minha mão, tirando todo o sangue. Senti-me esquisita, mas não liguei muito. Agarrei no pacote de batatas e comi algumas. "Então tu... bebeste o meu sangue, não foi?" Perguntei-lhe, foi esquisito perguntar-lhe, mas aconteceu. Ele assentiu, "Sim, bebi." Olhei para ele, ele ainda queria dizer mais alguma coisa. "Harry queres dizer mais alguma coisa?" Perguntei-lhe, pousando as batatas e bebendo um pouco do meu sumo.

Ele olhou para mim, "Sabes que nós não podemos ser amigos, não sabes?"  disse, sem desviar o olhar. "Não podemos?" ele abanou a cabeça, "Não." Assenti e baixei a cabeça, "Oh"

Sentei-me na varanda, saí pouco depois do Harry ter dito que nós não podíamos ser amigos. Eu não o culpo, eu não iria querer ter amigos como eu. A minha mãe ainda não está em casa, o que me está a preocupar. Ouvi um carro a estacionar, olhei, vendo o xerife. Outra vez? Perguntei a mim mesma, observando-o enquanto ele caminhava para a minha casa. "Bom dia Bae" Disse, sentando-se ao meu lado. "Bom dia." Murmurei, agarrando no meu bloco de desenho. "A tua mãe está em casa?" Abanei a cabeça, "Não, não está." Assentiu, "Oh, que esquisito. Nunca está aqui, pois não?" encolhi os ombros, "Não, acho que não" O xerife levantou-se, "Okay, tens fome?" perguntou. "Um pouco" estendeu-me a mão, "Vamos, podemos almoçar num sítio aqui perto." Abanei a cabeça, "Deixe estar, tenho um pacote de batatas, já vou comer." O xerife retirou a mão. "E que tal se eu te deixar dinheiro e se tiveres fome vais comprar?" Assenti, "Obrigada." O xerife assentiu e pegou na sua carteira, pegou numa nota de 20 e deu-me. Hesitante, peguei na nota e agarrei-a bem na minha mão. "Obrigada, eu irei dar-lhe um dia." Murmurei e ele abanou a cabeça. "Não precisas." Voltou para o seu carro, conseguia ouvir a música do seu rádio. Ligou o carro e foi embora.

Olhei para a nota e decidi guarda-lo para comprar o jantar. Porque é que ele está a fazer isto? Perguntei a mim mesma, agarrando no meu bloco de desenho e nos lápis, entrando em casa.

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Alô!

Digam-me o que acharam da fic!

E se tiverem alguma amiga, recomendem!

Ía-me deixar super hiper mega feliz!!! 

Mais uma vez lembro-vos que a escritora desta história maravilhosa é "gayboyharry", por favor sigam-na, ela merece.

Beijocas! 🌹

Midnight h.s. // ptOnde as histórias ganham vida. Descobre agora