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Sentei-me na minha varanda, a olhar para o céu à noite. Eu sei que não devia estar fora tão tarde, mas eu gosto da noite. É relaxante. A luz da varanda estava acesa, dando-me luz suficiente para ver e puder desenhar no caderno que a minha mãe me deu. Eu estava agradecida por isso. Eu olhei para baixo quando ouvi o motor de um carro a aproximar-se. Franzi as sobrancelhas e observei o carro quando este parou na casa que era conectada à minha. Apertei o meu casaco em torno de mim quando os dois homens saíram do veículo, um parecia estar nos seus 30 anos e o outro parecia estar no final da adolescência e início dos vinte. Os dois caminharam até casa, com caixas nas mãos e sem olhar à sua volta, apenas para a frente. Notei que o rapaz estava com a cabeça baixa, e com os pés descalços. Porque é que ele não está calçado? 

Estam 30 graus aqui fora. Eu ouvi a conversa deles de onde eu estava sentada, não percebi o que disseram, mas ouvi as suas vozes. A do homem era suave. A do rapaz era profunda e rouca. A voz dele causou-me arrepios na espinha. O homem abriu a porta e entrou rapidamente, devia estar cansado do frio.

De repente, o rapaz olha para mim. Eu olhei para baixo imediatamente. "Sabes, não é bom estar fora tão tarde." O rapaz disse à frente da sua porta. Eu balancei a cabeça, murmurando "Eu sei." Ele ficou em silêncio por alguns segundos antes de começar a falar de novo "Eu não estaria aqui à noite, a partir de agora." Eu olhei para baixo, mas ele tinha desaparecido. O quê? Eu decidi não perguntar, eles deviam estar ocupados a esvaziar as caixas. Inclinei-me para trás e olhei para o meu desenho, era um olho. Baixei-me, pegando num lápis de cor. Eu não me importava com a cor, só o queria terminar. Comecei a colorir o desenho levemente para não o estragar.

Acordei pondo a mão à frente da minha cara, estava muita claridade. Abri novamente os olhos e olhei ao meu redor. Eu estou na varanda. "Devo ter adormecido .." Murmurei, levantando-me da cadeira. Olhei para baixo para ver o meu caderno no chão, peguei nele e olhei para o desenho. Eram os olhos, pintados de vermelho. 

Examinei todos os detalhes: "Posso melhorá-lo mais tarde .." comentei. Examinei o desenho e franzi as sobrancelhas, uma pequena nota estava no canto do papel, estava perfeitamente direita, como se estivessem lá linhas. 

Que desenho lindo amor, mas devias ouvir o meu conselho e não ficar na rua até tarde. -H.S. 

Ele olhou para o meu desenho, nunca deixei que ninguém olha-se para eles. Olhei para a casa, há cobertores a cobrir as duas janelas fazendo com que pareça uma casa abandonada. Balancei a cabeça e peguei na bolsa que tinha os lápis antes de entrar em casa e ir à casa-de-banho.

Depois de tomar banho, entrei no meu quarto e escolhi um conjunto de roupa. Suspirei, eu não quero ir para a escola. Todas as pessoas de lá odeiam-me. Vesti-me rapidamente e pus um laço no cabelo, fazendo um rabo de cavalo e agarrei na minha mochila. "Quanto mais rápido chegar, mais rápido saio." Resmunguei andando para a cozinha. Suspirei, quando vi a minha mãe na mesa da cozinha a dormir. 

O livro de cheques estava aberto e as contas estavam espalhadas em cima da mesa. Fui ao armário e tirei um copo, enchi-o com água e coloquei-o no microondas. 

Selecionei 3 minutos, tirei um jarro e retirei um pacote de chá. Chá quente ajuda sempre a minha mãe. O microondas apitou e tirei o copo e mergulhei o saco de chá, observando como o chá começou a misturar-se com a água quente. Era fascinante. Coloquei três colheres de sopa de açúcar num copo e um pouco de leite. Fui ter com a minha mãe, misturando tudo e coloquei-o ao seu lado. "Mãe .. acorda, são .." Eu olhei para o relógio" quase sete horas." faltam10 minutos, mas mesmo assim. A minha mãe sentou-se, parecia um zombie. "Eu fiz-te um chá, agora eu tenho que ir. Amo-te mãe. "Eu disse calmamente, beijando-a na bochecha e saí de casa. Ela tem estado assim desde que o meu pai nos deixou, eu não sei por que ele o fez. Tudo o que eu sei é que um dia eu cheguei a casa depois da escola e todas as suas coisas tinham desaparecido e a minha mãe estava na porta de joelhos, a soluçar.

"Ah, olha, a gorda ainda não se matou." Lexi disse, enquanto mascava a sua pastilha de hortelã. Suspirei, ela tem sempre um comentário rude para me dizer. Os amigos dela riram quando ela se aproximou de mim, batendo no meu cacifo. Pulei, e olhei para ela. "Porque é que não estás morta? Não percebes que ninguém se importa?" Ela perguntou rudemente. Não disse nada, eu sei que isso é a única coisa que ela quer. Virei-me, pronta para andar, mas parei quando senti uma dor aguda atravessar o meu braço. Engoli em seco e virei-me, vendo as unhas de Lexi dentro da minha pele. "Responde-me quando eu estou a falar contigo! " exigiu, apertando mais o aperto." Responde-me. ", ela gozou. 

"Eu não sei ..", murmurei, puxando o meu braço. Senti a sensação de ardor no meu braço, olhei para o ele de novo, vendo arranhões longos, e linhas finas de sangue a aparecer de onde as unhas dela tinham passado. "Olhem pessoal! A Bae corta-se!" Lexi gritou, sorrindo para mim. Os meus olhos arregalam-se, não .. eu olhei ao meu redor, algumas pessoas olhavam para mim com pena, outros olhavam para mim como se eu fosse uma aberração. Os meus olhos começaram a lacrimejar, e eu virei-me rapidamente e corri para os achados e perdidos, a rezar para que houvesse algum casaco para esconder os cortes que a Lexi me deu.

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Olá!

Então o que acharam deste capítulo? 

Mais uma vez lembro-vos que a escritora desta história maravilhosa é "gayboyharry", por favor sigam-na, ela merece.

Espero que tenham gostado, se virem algum erro, por favor digam-me, beijos! 🌹

Midnight h.s. // ptWhere stories live. Discover now