d o z e

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Nota da autora: Todas vocês vão odiar-me depois deste capítulo. Mas eu gosto tanto de vocês.

Bae's POV.

Olhei para o céu negro,as nuvens eram pretas e chovia torrencialmente. Ele vai chegar daqui a nada.

Harry lembrou-me, mordi o lábio, suspirando. Olhei para baixo, a minha mala estava já em cima da cama e o Harry, bem, ele está na porta, à minha espera. Nós fizemos um plano a noite passada, Harry disse, se tudo correr bem, posso estar com a minha mãe o tempo que eu quiser e que ainda posso vê-lo. Virei-me, a minha mãe estava a dormir no sofá. Harry disse para lhe dar um comprimido para que ela possa dormir durante o nosso plano.

Uma luz fraca atingiu a janela, tornou-se mais brilhante assim que se aproximava. O xerife. Eu fiquei ao pé da porta, com o casaco à minha volta. Olhei para baixo, com dúvidas à cerca deste plano. Porque estou a fazer isto? Porque é que o Harry apenas não apaga a memória dele? Olhei à volta de casa, estava com a respiração trémula. Olhei para a porta, ele bateu dela como um maníaco. Hesitante, abri a porta, e vi-o encharcado, mas com um grande sorriso no rosto. "Estás preparada para a tua nova, mas melhor vida?" ele perguntou e eu abri mais a porta, deixando-o entrar. Não respondi, abandonar a minha mãe não é ter uma vida melhor. Só a vai piorar. "Onde está a tua mala? Eu carrego-a por ti." Apontei para o meu quarto. Ele abanou a cabeça e andou para o meu quarto.

"Eu não vou." Disse em voz baixa. O xerife virou-se, "O quê?" a sua voz estava cheia de confusão. "E-Eu não vou. N-Não me pode obrigar." Dei um passo para trás, ficando mais próxima da porta.

"Bae, tens que ir. É para o teu bem." Abanei a cabeça, levei as mãos ao meu cabelo e puxei-o com força. "NÃO!" Gritei, virei-me e corri em direção à rua. Corri em direção à casa do Harry. "Bae!" Ouvi-o gritar, senti os meus olhos molhados, não podes voltar atrás agora. Abanei a minha cabeça, agarrei na maçaneta e rodei-a. A porta abriu-se, eu entrei e caí. "Bae essa casa não é tua, sai já!" Ouvi-o gritar. Lágrimas caíram do meu rosto e corri para dentro da casa, e parei quando estava no corredor. Olhei para a porta da frente, o xerife estava mesmo à frente. "Bae, vamos lá." Ele disse, fazendo gestos com a mão para eu vir. Abanei a cabeça, "E-Eu disse que não.." Não sei porque estava a chorar, devia ser do pensamento de deixar a minha mãe ou de ir com um assassino.

O xerife suspirou, "Bae, podes voltar quando a tua mãe estiver melhor. Eu prometo." Ele disse, dando alguns passos pela casa. Fiquei parada, a presença de Harry sentiu-se na sala. O xerife estava a metade do caminho de mim quando se ouviu um rosnar, e um suspiro alto saiu dos lábios do xerife. Assustei-me, era mais alto do que o som do granizo a bater no telhado. Olhei para baixo, e levei os meus joelhos ao meu peito. De repente, ouvi um estrondo no chão e um som horrível de ossos a partir. Apertei os meus olhos, e envolvi os meus braços à volta dos meus joelhos.

Só se ouvi-a agora Harry a chupar o sangue do xerife, fez com que o meu estômago torcesse da pior maneira; Um líquido escuro depressa alcançou os meus sapatos. Eu retirei os meus pés, não queria que me tocasse. Estava silêncio agora, Pareciam horas, mas eu sabia que só se passaram segundos. Harry andou na minha direção, ajoelhando-se. "Portaste-te bem Bae," a sua voz era baixa e ele colocou uma madeixa do meu cabelo atrás da minha orelha. Não disse nada, mantive os olhos no chão. Harry inclinou a minha cabeça com o seu dedo, eu olhei para ele. Ainda tinha a cara suja com o líquido escuro. Ele apertou a minha bochecha com a sua mão, e inclinou-se lentamente. "Estou orgulhoso de ti." Ele sussurrou antes dos seus lábios tocarem os meus. O líquido escuro, sangue, ainda estava nos seus lábios, na sua mão também. Devagar, ele moveu os seus lábios nos meus, a sua outra mão, acariciava a minha outra bochecha.

Harry aprofundou o beijo, a sua língua passava no meu lábio inferior. Separei os meus lábios ligeiramente, mas arrependi-me, pois o sangue encheu a minha boca. Encolhi-me e afastei-me. Harry suspirou, "Em algumas horas, estarás a fazer isto, e vais gostar do sabor." Olhei para ele, confusa. "O-O quê?" Harry levantou-se, "Espera só um minuto." Estava prestes a levantar-me, mas de repente, uma sensação de ardor passou por todo o meu corpo. Engasguei-me, e apertei o local onde estava o coração. "Aqui vamos nós." Harry disse quando um grito escapou dos meus lábios. Harry olhou para mim, vendo-me cair para trás, a tremer de dor. "H‐Harry ajuda-me." Gritei, fechando os olhos com força. "Eu estou, bebé, eu estou." Ele murmurou e ajoelhou-se ao meu lado. As suas mãos agarraram ambos os lados da minha cara, "H‐Harry não p‐por favor.." Disse, sabia o que ele ía fazer.

"Só estou a ajudar." Abri os olhos, "Harry n‐" A minha visão ficou preta.

~~~

A minha visão estava embaciada quando abri os olhos. Esfreguei os olhos, a minha visão voltou ao normal. Franzi as sobrancelhas, tudo parecia melhor. Os meus olhos continuaram a examinar o quarto, estava em casa do Harry. A minha visão virou-se para a porta que estava a ser aberta, onde estava Harry. "Bae, estás melhor do que eu esperava. Com os olhos vermelhos." Levantei-me e senti-me tonta. "Com os quê?" Harry riu, "Os olhos vermelhos." Olhos vermelhos? Vermelhos? Abri os olhos, "T-Tu transformaste-me?" Perguntei-lhe. Ele assentiu, "Claro, porque não?" ele perguntou, dando passos na minha direção. "E-Eu não queria.." Disse-lhe, abanando a cabeça.

Harry riu, "Mas eu quero. E o que eu quero, eu consigo."

Apertei o maxilar, abanando a cabeça novamente. "Transforma-me de volta." Mandei. Harry olhou para mim e riu, "Bae, uma vez morta. Estás morta. Não há volta a dar." Raiva ferveu em mim, eu não queria isto, só queria ser sua amiga e ajudá-lo. "É fantástico quão esquecida tu és. Dei-te todos os sinais, fiz todos os passos. Bem, não vou fazê-los todos agora." Levei as minhas mãos à cabeça, agarrando no meu cabelo e puxando-o. "Onde estavam eles? Quais eram os passos? Sinais?"

Harry não se mexeu, manteve-se firme. "Primeiro, alimentei-me de ti, libertei o meu veneno no teu pequeno corpo," ele sorriu, com as presas à mostra. "Depois, deixei-te alimentares-te de mim," Ele levantou o pulso. "Depois, deite sangue de humano e matei-te." Ele disse suavemente. Continuei a abanar a minha cabeça, não acreditava. "És um monstro." Gritei, olhando para os seus olhos sem vida. "E tu és um monstro recém-nascido." Ele riu maldosamente. Corri em direção a ele, mandando-o para o chão. Harry escapou em direção à varanda, e eu segui-o "Odeio-te!" Gritei, levantando o pulso, e batendo-lhe no queixo. Harry ainda se ria, isto era uma brincadeira para ele. "Oh vamos lá, tu não me podes odiar. Eu salvei-te, lembras-te? E ajudei-te a ficar com a tua mãe . E mais, enquanto te transformavas, eu fui atrás daquela porca que te fazia mal. Como é que ela se chamava? Lexi, não é? Sim, Lexi. E, quando nos conhecemos eu vi o teu olhar. Curiosidade, foste atraída por mim." Ele disse, sem desviar o seu olhar do meu. "Tu não me odeias Bae.." a sua voz de repente estava calma.

Abanei a cabeça, "Não vou cair outra vez nos teus truques idiota." Disse-lhe, estiquei o braço e agarrei num bocado de madeira. Os olhos de Harry arregalaram-se e ele agarrou no meu braço. Com as minhas pernas pisei os braços de Harry, Harry tentou soltar-se. "Oh, então recém-nascidos são mais fortes." Disse em voz alta, arrancado uma parte de metal. "Pensava que eras uma boa pessoa Harry, mas acho que não." Disse-lhe, levantando o pedaço de madeira. "Bae n‐" antes de ele puder acabar, mergulhei o pedaço de madeira no seu peito. "Adeus Harry." Disse calmamente, torcendo a madeira no seu peito.

Terceira pessoa POV.

De repente, o corpo de Harry tornou-se em pó. Ele foi-se. Ela disse a si mesma, levantando-se. Ela abanou a cabeça vezes sem conta, geralmente ela iria chorar, mas não desta vez. Ela considerava Harry seu amigo, seu único amigo. Ela desejava que as coisas tivessem sido diferentes, ela desejava que isto não tivesse acontecido. Ela desejava que tudo começasse do novo e desejava que estas últimas semanas tivessem sido melhores do que foram. "Mas nem tudo tem um final feliz, não é mesmo?" ela disse a si mesma, agarrando no pedaço de madeira e levando-o ao peito, mergulhando-o nele.

"Amo-te mãe e desculpa." Suspirou, torcendo o pedaço de madeira com força.

Bae Johnson morreu nessa noite, exatamente à meia-noite. Harry Styles morreu só 2 minutos antes. Não, estas não são as notícias. Este é o fim desta pobre rapariga e desta história. Midnight de @PunkDirectionerlmaoI, espero que tenham gostado da história. Peço desculpa pelo fim inesperado, mas foi assim que acabou. Qualquer insulto irá ser reportado.

Além disso, nem tudo tem um final feliz e todas vocês têm de perceber isso.

Mas espero que tenham gostado enquanto durou e vou continuar a escrever mais histórias, por isso não é a última vez que vão ouvir falar de mim, Haha. :)xx

ESTE NÃO É O FIM HAHAHAHA

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Olááá meninas, uffa que capítulo pesado, mas não é o fim desta história, não se preocupem, irei postar mais capítulos de MIDNIGHT, portanto, não desesperem ahahah

Mais uma vez lembro-vos que a escritora desta história maravilhosa é "gayboyharry", por favor sigam-na, ela merece.

Adoro-vos 🌹

Midnight h.s. // ptWhere stories live. Discover now