• VISITA • 26

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As manhãs onde o vislumbre do Sol é o primeiro contato em minha pele são os melhores segundos do dia que alguém pode sentir. O grandessíssimo astro rei alumbrava o ambiente e coloria o espaço com a sua iluminação amarela, rutilando intenso mesmo com a camada espessa de nuvens.

Despertei vagarosamente e ouvi os belos passarinhos gorjearem no vistoso pinheiro ao lado do vitral, a família de rouxinóis acabara de se agrupar para a primeira orquestra do dia e sem demora se puseram a cantar.

— Bom dia, Sr. Jeon.

A voz baixa do Jungkook me fez procurá-lo pelo quarto de forma agitada e logo o encontrei frente ao grande espelho, todo arrumado com um dos seus ternos caros e sapatos importados. Ele sorria tão docemente que mesmo letárgico me derretia por seus detalhes. Notei que o seu aroma estava mais intenso, como nunca pude sentir antes.

— Como você se sente? - Jungkook tinha uma feição preocupada.

— Melhor impossível. - Sorri enquanto me esforçava para despertar de uma vez. - Podemos fazer mais vezes.

— Esta foi a última vez, vamos obedecer pelo menos a medicina. - O moreno riu baixo e se aconchegou ao meu lado na cama.

— Tudo bem, é o nosso segredo. - Ele não resistiu e riu outra vez ficando mais aliviado.

— Dormiu bem? - Indagou sereno.

— Como um anjo. - Pisquei lentamente e em seguida apoiei meus dígitos em seu rosto. - Para onde vai tão bonito assim?

— Resolver alguns assuntos com o seu pai. - Ao ouvir sua fala quase desmaiei de desgosto.

Não que eu não fiquei feliz por eles estarem se dando bem, mas papai tomava todo o tempo do meu Jeon.

— Não vai deixar a colônia, vai? - Perguntei de forma manhosa, deixando claro o meu descontentamento.

Jungkook se aproximou ainda mais de mim, segurou meu rosto daquele jeito que só ele fazia e me olhou dentro dos olhos.

— Não vou sair, irei até a sua antiga casa.

— E eu terei que ficar sozinho o dia todo?

— Não, Kim Taehyung vem te visitar hoje mesmo. - Anunciou com um belo sorriso no rosto.

Naquele instante eu queria gritar e correr pela casa, mas com base no tamanho do ciúmes do lobo do Sr. Jungkook, preferi apenas comemorar internamente.

— Quando ele vem? - Indaguei animado.

— Se estiver certo, daqui uma hora. - O alfa ergueu o relógio próximo ao rosto para ver o horário.

— Que horas são?

— Hora de tomar seu café, eu mesmo preparei. - O alfa trouxe na cama uma variedade de coisas muito bem organizadas em uma bandeja. Suas bochechas ficaram rosadas por sentir minha imensa felicidade, ele sorria tímido.

Meu coração acelerou com o ato fofo de Jungkook, meus pelos eriçaram-se por imaginar que no alfa ranzinza do Fogo existia um marido zeloso e muito atencioso aos pequenos detalhes do amor. Apertei suas bochechas e agradeci com selares em todo o seu rosto.

— Obrigado, hyung!

— Eu não sou o seu hyung! - Ele inclinou a cabeça levemente e me olhou sério. - Só tenho 21 anos.

— Você é três anos mais velho que eu!

— Mas eu não sou o seu hyung! - Firmou com uma falsa irritação. - Hyung é coisa de adolescentes sem intimidade.

INCÓGNITA • pjm✕jjkOnde as histórias ganham vida. Descobre agora