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Minutos após a reunião das colônias.

O Palácio se esvaziava, o honrado público real partia para suas colônias e inúmeras carruagens corriam de um lado para o outro. Todos se despediam após mais um ano de reunião, a harmonia e vozes alegres só ressaltavam a alegria que percorria pelo majestoso local. Enquanto os gêmeos das Névoas encerravam um assunto particular, Minjung adentrava o coche das Névoas às pressas, muitíssimo feliz e animado.

— Pai, você se saiu muito bem como mestre de cerimônia da reunião. - Yoongi disse sincero.

— Obrigado filho, estou orgulhoso que tenha conseguido um ótimo marido. - Minjung apontou para o moreno enquanto sorria grande.

Mas esse sorriso não durou por muito tempo, já que o rei notou o comportamento aborrecido de seu filho Jimin. Ele se apoiava na janela da carruagem com um olhar perdido para fora sem um ponto específico, apenas observando em silêncio com uma expressão chateada.

— Filho, como me saí?

— Bem, você sempre se sai bem. - Respondeu sem tirar os olhos da janela, em tom baixo e triste.

O coração do rei se despedaçava vendo o seu filho mais novo tão deprimido. A maneira que havia tratado o ômega não era condizente à forma que ele sempre cuidou e se dirigiu a Jimin. Minjung sentiu-se terrível pela palavras que direcionou ao filho e sem pensar duas vezes tentou se retratar com loiro.

— Jimin. - Chamou com a voz baixa.

— Sim? - Ele continuou olhando para fora.

— Me perdoe.

— Pelo o que, papai?

— Por tudo, não deveria ter tratado você daquela maneira. Mesmo sendo rei, eu tenho minhas fraquezas e conflitos. Sabe como o rei Katsuo faz questão de me desestabilizar na frente de todos, acabei perdendo a noção do que falava. Eu o amo e sinto muito pelas palavras hórridas que lhe dirigi.

Jimin parou de admirar o que havia atrás da janela e passou a fitar o pai com os olhos avermelhados. O ômega assentiu em silêncio e voltou a olhar o imenso nada.

Jimin POV

O que acabara de acontecer durante a reunião foi um completo pesadelo, tanto veneno me foi destilado e quanta bronca tive de ouvir, mas o pior de tudo foi conhecer um lado ignóbil de meu pai. Brigar com os nossos pais é terrível, o dia gradualmente descora e a luz de repente se apaga. E por mais que todos se esforçassem para me animar, eu só queria que a dor incômoda fosse embora. Seu pedido de desculpas não trouxe meu brilho de volta, mas foi suficiente para ao menos acalmar o amalgamar de sensações ruins dentro de mim. Meu peito relaxou um pouco e me senti mais tranquilo durante a viagem. Percebi que perdoar é uma grande virtude, onde os fortes são capazes de se libertarem de sentimentos destrutivos e ruins a troco de sua paz. Pensei dessa forma a viagem toda, em silêncio apreciava a beleza de minha colônia. Logo avistamos nosso lar e sem demora seguimos ao castelo magnífico das Névoas. Assim que deixei a carruagem, corri de encontro com Jisoo, ela me esperava ansiosa na porta batendo palminhas e se remexendo feito criança alegre.

— Eu senti sua falta. - Disse abraçando a moça com força.

Em momentos de calamidade emocional, noto minha extrema dependência por Jisoo, de sua estabilidade me dando base e me mantendo forte. Longe dela me sinto incapaz de controlar a loucura que são as emoções de raiva e tristeza juntas em uma batalha atordoante.

— Não mais que eu. - Park Jisoo se esforçava para me espremer. - Quero saber sobre tudo o que aconteceu.

— Tenho muitas coisas para te contar!

INCÓGNITA • pjm✕jjkOnde as histórias ganham vida. Descobre agora