CAPÍTULO 57

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ANNIE

As coisas entre mim e o Tyler estavam ficando cada vez mais sérias com o passar dos dias. Apesar de me sentir um pouco mal, por estar, de certa forma, usando-o para esquecer o Luke, estar com ele me fazia bem - por mais egoísta que fosse esse pensamento.

Estar com o Tyler era simples, fácil e descomplicado. Ele não tinha o peso do passado que o Luke tinha e muito menos depositava sobre mim suas frustrações e medos. Além disso, o fato de meu pai aprovar o nosso "relacionamento" tornava tudo ainda melhor, e com a nossa convivência diária, eu estava aprendendo a desenvolver um sentimento por ele.

Ainda não era nada sufocante nem devastador quanto o que eu sentia pelo Luke, mas eu duvidava muito que fosse me sentir assim por qualquer outra pessoa um dia. Aliás, eu nem queria me permitir sentir isso de novo. A única coisa que eu queria era tirar o Luke da minha cabeça e do meu coração e poder sorrir sem me lembrar do rosto dele.

Mas merda, aquilo era difícil. Mesmo com o Tyler sendo atencioso, carinhoso e tendo, basicamente, todas as qualidades de um príncipe encantado digno de um conto fadas, eu sentia falta do meu vilão preferido. E me odiava por isso.

Por que eu me sabotava dessa maneira? Eu não podia simplesmente ter me apaixonado pelo Tyler? O Tyler não me dava dor de cabeça, não gritava comigo e nem me fazia chorar. Muito pelo contrário: ele só me fazia bem. Então por que eu insistia em gostar do cara mau em vez do mocinho?

Era tarde da noite e eu estava estudando para a prova de física do dia seguinte

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Era tarde da noite e eu estava estudando para a prova de física do dia seguinte. Infelizmente, as matérias de exatas não eram exatamente o meu forte, então apesar de ser uma boa aluna, eu acabava deixando para estuda-las na véspera das provas.

Isso certamente me rendia dores de cabeça, apostilas rasuradas e um monte de matéria acumulada, mas aquela era a situação em que eu me encontrava naquela sexta-feira a noite: sozinha em casa e batendo cabeça para entender um monte de fórmulas que provavelmente nunca mais usaria para nada na minha vida.

Fui surpreendida, contudo, ao receber uma mensagem no meu celular.

"- 00:00. Eu desejei por você, à propósito :)". - Luke Reed

Senti minhas mãos formigarem, meus pés se contraírem de nervoso e a sensação de ter uma escola de samba dentro do meu peito. Meus olhos mal conseguiam acreditar em tudo que estava acontecendo ao meu redor.

Primeiro, ele me ligava no meio da madrugada dizendo coisas que me roubavam o sono. Depois, desejava por mim quando via horas iguais? Aquele não era o Luke que eu conhecia.

Tratei de ignorar a mensagem, soltando o ar que estava preso na garganta e voltando a segurar a caneta azul com uma das mãos, que tremiam de uma forma tão ridícula que me faziam sentir vergonha, mesmo que eu estivesse sozinha.

Proibida Pra MimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora