CAPÍTULO 16

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LUKE

Naquela mesma noite, o Chris havia levado a Sarah para o nosso quarto, então pediu que eu esperasse na área da piscina enquanto eles transavam pela primeira vez. Eu reclamei, mas fui vencido pelo cansaço. Pelo menos um de nós estava se dando bem naquela noite.

Cheguei na área da piscina do resort, que estava praticamente escura a não ser por algumas lâmpadas dentro da água, o que fazia com que o lugar estivesse predominantemente azul. Coloquei minha cerveja em cima de uma das mesas e me sentei em uma das cadeiras. Talvez, se o Chris se desse maravilhosamente bem, eu sequer voltaria pro meu quadro hoje. Estava feliz pelo meu amigo, mas pra mim, a noite seria longa.

Alguns minutos depois, meu celular tocou e, ao verificar o visor, percebi o nome da minha irmã.

- Emma? - atendi, preocupado. Era de madrugada e ela deveria estar dormindo -

- Oi, Luke.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não, está tudo bem. - ela me tranquilizou -

- Então o que você está fazendo acordada a esse horário, pirralha?

- Eu não conseguia dormir e queria falar com alguém. A mamãe não está em casa, então...

- Onde ela está? - eu a interrompi - Ela te deixou sozinha em casa?

- Bem, ela disse que ia sair pra jantar com aquele cara do trabalho dela e não voltaria tarde...

- Você só pode estar brincando comigo. - passei a mão no rosto, incrédulo - Ela te deixou em casa sozinha pra ir pra uma porra de um encontro?

- Calma, Luke. Está tudo bem, juro. Eu já fiquei em casa sozinha antes, lembra? - ela riu - Não sou mais uma criança. Só te liguei porque queria alguém pra conversar. Tem um garoto na minha escola...

- Não ouse terminar essa frase e não me peça pra ter calma. - avisei, interrompendo-a. A idéia da Emma se interessando por algum garoto somente intensificou a raiva que eu estava sentindo - Estou cansado dela procurando um namorado como se fosse uma qualquer. Ela não tem respeito por ninguém. Nem por mim, nem por você, e muito menos pela memória do nosso pai. - a Emma ficou em silêncio do outro lado da linha - Vou desligar. Falo com você depois, Emma. - avisei, desligando o telefone e discando o número de minha mãe logo em seguida -

- Alô? - ela atendeu -

- Espero que seu encontro esteja indo bem. - alfinetei -

- Como você sabe que estou em um encontro?

- Sua filha, aquela que você deixou em casa sozinha, me ligou. Acho que você deve se lembrar dela se fizer algum esforço. 

- Aconteceu algo com ela? Ela está bem? - perguntou, parecendo preocupada -

- Você saberia se estivesse em casa. Por acaso você tem alguma noção do que é ser mãe? - ela fungou -

- Você é tão cruel. Não é justo você me dizer essas coisas! - falou, chorando -

- Fale-me mais sobre justiça quando levar seu novo namorado pra visitar o túmulo do meu pai. Aproveite o seu encontro, Elizabeth. - desliguei o telefone -

Proibida Pra MimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora