CAPÍTULO 35

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LUKE

Eu sentia raiva o tempo todo. Quando estava com a Annie, esse sentimento ficava escondido em um canto escuro da minha personalidade. Mas agora que ela havia escolhido sair da minha vida, eu estava com mais raiva do que nunca. Não sentia raiva dela - nem poderia. Coloquei as cartas na mesa ao expor meus sentimentos - ou a ausência deles - pra ela. Isso a deixou em uma situação em que ela teve que fazer uma escolha, e ela escolheu partir. Eu só não sabia que isso me afetaria tanto da forma que estava afetando.

Estar sem a Annie fazia parecer que minha vida estava toda errada. Mais uma vez eu tinha perdido alguém por causa do amor e ironicamente, dessa vez, isso havia acontecido exatamente pela ausência dele. Era inacreditável como as pessoas superestimavam o amor.

Era difícil vê-la na escola todos os dias e não falar com ela. Era estranho não poder abraça-la e beija-la nos intervalos entre as aulas. Nossos únicos contatos nos últimos dias eram olhares tristes lançados um para o outro. Além de estar tendo que lidar com tudo isso, eu havia notado uma aproximação dela com o Tyler - e disso sim eu tinha raiva.

Ver a forma que ele a olhava me transformava. Eu simplesmente não suportava a ideia de ver alguém a olhando da mesma forma que eu. Saber que o pai dela aprovaria o relacionamento entre os dois só tornava tudo pior. Eu jamais seria considerado o genro perfeito. Eu jamais seria considerado o namorado perfeito. E saber que eu jamais seria  suficiente pra ela era o que mais me machucava.

 E saber que eu jamais seria  suficiente pra ela era o que mais me machucava

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ANNIE

Era sexta-feira a noite e a Sarah havia insistido durante toda a semana para que fossemos tomar alguns drinks. Eu não estava no clima, mas sinceramente, ficar em casa na companhia do meu pai e do meu irmão era bem pior.

- Vai sair? - o Andrew falou aparecendo na minha porta -

- Sim. - respondi monossilábica, terminando de passar minha máscara de cílios -

- Estava esperando que fossemos para algum Pub hoje. Você sabe, pra manter nossa tradição. - ele informou -

- Que pena. - rebati -

- Até quando você vai ficar chateada comigo? - ele questionou - Sei que você me acha um idiota, mas...

- Não te acho um idiota, Andrew. - respondi com firmeza - Te acho um covarde.

- Estou triste com toda essa situação. Sinto muito.

- Eu já devia ter previsto isso, Andrew. - falei e guardei minha maquiagem - Você é igualzinho ao papai.

Proibida Pra MimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora