Capítulo 11 - O Amor

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Capítulo 11 - O Amor. 

Sim, fui fraca. 
Não consegui afastar Christian. 
Na verdade, não quis mesmo. 
Retribui o beijo do moreno com todo o meu coração, sentindo o gosto adocicado de seus lábios nos meus ao mesmo tempo em que sentia suas mãos firmes em meu quadril. 
É, ainda tenho coração. 
Está quebrado em mil pedaços sim, mas ainda está batendo. 
E quando estou com Christian, ele costuma bater mais forte do que de costume. 
Talvez, isso que sinto por ele seja mesmo amor. 
[...]
- Você ainda não me contou muito sobre  sua vida. - Depois de trocarmos alguns beijos e carícias no sofá da sala, Christian e eu paramos para tomarmos um lanche simples composto por sanduíches e refrigerantes.  
- Não há muito o que dizer sobre mim. - Respondi desviando o olhar - Depois que perdi minha mãe, passei a viver sozinha. Sou só. Quer dizer... Não completamente pois tenho dois amigos maravilhosos a quem tenho como se fossem meus irmãos mais velhos e que moram comigo nesta casa, mas parentes mesmo de sangue não tenho mais nenhum. 
- Onde você conheceu esses amigos?
- Na casa de adoção para a qual fui levada depois da morte dela. 
- E sua mãe morreu como? - Ele indagou mordendo um pedaço do sanduíche que estava muito gostoso aliás. 
Engoli em seco. 
- Er... Acidente. - Menti - Mas isso faz muito tempo, não gosto de falar sobre. 
- Entendo. E seu pai? - Arregalei os olhos - Desculpa ficar perguntando, talvez esteja sendo indiscreto mas é que você é uma mulher tão diferente das outras que conheci em toda minha vida que me intriga bastante, fico curioso para tentar te conhecer mais a fundo. - Justificou. 
- Nunca cheguei a conhecê-lo muito bem mas soube que também está morto. Morto e devidamente enterrado há muitos anos. - Afirmei tomando um gole do refri pois senti a garganta ficar mais seca, provavelmente por conta do leve nervosismo que tomava conta de mim enquanto mentia para Christian. 
A sensação de mentir para o homem que domina meus pensamentos há algum tempo não é nada boa, mas não tenho opção. 
- Sinto muito, Ana. - Pôs a mão sob a minha - Mas chega de falar sobre coisas tristes, não é mesmo? Quando decidiu que entraria para o exército?
- Isso é uma entrevista por acaso, senhor Coronel? - Brinquei sorrindo. 
- Não, só quero conhecer um pouquinho mais a mulher que amo tanto. Posso Tenente? - Sorriu torto. 
- Pode sim Coronel! - Sorri de volta - Decidi entrar para o exército porque de alguma forma sempre soube que era lá onde deveria estar. Essa profissão me interessa muito, muito mesmo. Defender a pátria, meu país é muito importante para mim. - Falei pondo nossos lanches sob a mesa de centro da sala enquanto me deixava dominar por meus desejos mais secretos - Christian... Você se deslocou do Pentágono até aqui só para me entrevistar mesmo? Há tantas coisas mais interessantes que podíamos estar fazendo neste exato momento. - Maliciei sentando no colo dele que arregalou os olhos, surpreso com minha atitude mais ousada - Sei o que deve estar pensando Coronel e é isso mesmo, não sou como essas mocinhas de filmes, donzelas e santas. Quando quero algo consigo e neste exato momento - O medi de cima a baixo - Eu quero ser sua. 
O moreno nada disse, apenas encostou seus lábios nos meus novamente, me beijando com mais desejo do que da vez anterior.  
- Onde fica seu quarto? - Murmurou beliscando minha coxa. 
- Me acompanhe. - Mandei o puxando pela camisa até o quarto - Desculpe a bagunça e a simplicidade! - Avisei quando entramos no quarto que estava um tanto quanto desorganizado já que cheguei recentemente e não tive tempo de arrumar muita coisa. 
- Acredite Anastasia, o visual do seu quarto é a última coisa que me interessa neste momento. - Brincou me puxando contra seu corpo, enquanto atacava novamente minha boca. 
Senti sua ereção e não pensando em mais nada a não ser no meu Coronel, enfiei as mãos por debaixo da camisa dele sentindo seu abdomên sarado e suas cicatrizes de guerra. Ajudei o jovem a tirar sua camisa e paramos de nos beijar por alguns segundos, pois queria olhar para cada pedaçinho do corpo do homem que será meu esta tarde. 
- Você é muito lindo. - Elogiei passando a mão pelas costas dele. 
- Você que é linda. - Ele disse me jogando na cama, ficando por cima e passando a beijar meu pescoço - E muito cheirosa também. 
Christian beijava e chupava meu pescoço com total liberdade tentando me despir. Tirou minha blusa, calça e passou a distribuir seus beijos quentes por cada pedaço do meu corpo até chegar a minha calçinha que estava completamente molhada por conta do tesão que sentia por ele. O moreno tirou minha calçinha, beijou minha intimidade e mordeu meu clítoris levemente quando lembrou-se de algo que o fez ficar bastante sério. 
- Que foi? - Indaguei não entendendo porque ele tinha interrompido as preliminares já que estava tudo tão bom. 
- Camisinha. - Ele explicou fazendo uma careta - Não tenho camisinha aqui. Você tem? 
- Como assim você não tem camisinha, Christian? - Revirei os olhos - E é claro que não tenho aqui em casa.  
- Vim aqui me declarar pra você, Ana. Não sabia que íamos transar. Por isso não trouxe. - Deu um sorriso amarelo - E agora? 
- Quer saber? Dane-se! - Dei de ombros - Me fode logo, Coronel. Antes que eu desista dessa loucura toda. 
- Desistir? Nem pensar! - Ele disse terminando de se despir. 
Já completamente sem roupa, não consegui não admirar o lindo corpo que Christian possui. Dos pés a cabeça ele é completamente lindo, sexy, atraente, além de muito bem dotado. 
Como um homem tão perfeito como esse pode amar alguém tão ruim como eu? 
Invertemos as posições e Christian permitiu que eu dominasse a situação, me deixando por cima. Lentamente ele inseriu seu membro dentro de mim, que arfei fechando os olhos e jogando a cabeça para trás.
Começei a subir e descer e Christian me beijou para tentar abafar nossos gemidos que aumentavam constantemente, conforme o ritmo das estocadas. Não demorou muito para que eu gozasse, sendo segundos depois acompanhada por ele.  
- Eu te amo, Ana. - Christian disse olhando fixamente nos meus olhos, ainda em êxtase pelo orgasmo. 
- Lindo. - Beijei a bochecha dele com carinho. 
- O que acha de ser apresentada ao meu pai como minha namo... - Não acredito que Christian resolveu falar daquele homem justamente agora. 
Droga! 
- O que foi? - Ele perguntou não entendendo quando sai de cima dele e começei a me vestir. 
- É melhor você ir embora. - Pedi friamente colocando minha roupa de volta. 
- Eu fiz alguma coisa de errado? Não gostou da transa? - Perguntou se levantando da cama - Se arrependeu? 
- Claro que gostei, Christian. - Acabei sorrindo - Mas meus amigos vão chegar daqui a pouco e eles sequer conhecem você ainda e sinceramente, ainda não acho que esse seja o momento de apresenta-los, muito menos de assumirmos algo tão sério como um namoro.
Não é esse o verdadeiro motivo pelo qual quero que Christian vá embora e sim, Raymond.
Só de ouvir o nome dele já fico cheia de raiva. 
- Como quiser. - Confuso, ele também se vestiu - Você é bipolar Anastasia?
- Não. - Dei risada - Só sou uma garota que não esperava se...
- Se apaixonar pelo seu colega de equipe? Pelo Coronel mais gato do exército americano? 
- Não sei se é o mais gato, mas o mais convencido você é sem sombra de dúvidas - Fui até ele e o beijei com carinho. 
- Quando vamos nos ver de novo? - Perguntou acariciando meu rosto - Quero repetir a dose logo, Tenente. 
- Em breve. - Lhe dei um selinho - Agora vá embora Coronel. - Insisti - E por favor, não conte a ninguém, nem mesmo a seu pai sobre o que rolou entre nós afinal, tudo ainda está muito recente. 
- Prometo que não vou contar a ninguém, fique tranquila. 
[...]
- Deixa eu ver se entendi. Enquanto Kate e eu estávamos passeando aquele Coronel veio aqui, se declarou e vocês ficaram juntos? - José questionou boquiaberto com tantas revelações depois que ele voltou do cinema. 
- Exatamente. Pior é que queria me arrepender do que fizemos, mas não consigo. - Fustrada, me joguei na cama. - O que faço agora José?
- Você ama esse tal Christian? - O moreno perguntou sentando na beira da cama. 
- Nem sei direito o que é esse tal amor, José. - Ajeitei a cabeça no travesseiro - Só sei que aqui dentro tem mais espaço para ódio do que para qualquer outro sentimento bom.  
- Não é possível que depois de ter transado com ele você ainda esteja pensando na vingança?! Esqueceu que Christian é filho do Raymond? 
- Por um momento enquanto fazíamos amor, esqueci. - Admiti sorrindo - Mas logo lembrei e todo o encanto do momento se perdeu. Amigo... - Me virei de barriga para cima olhando para o teto - Não sei o que vai ser de mim e do Christian, a única certeza que tenho é que da minha vingança não pretendo abrir mão. - Ele me olhou com espanto - Qual é José? Você me conhece mais do que qualquer pessoa no mundo! Sabe que não sou como essas heroínas de novela que abrem mão do que querem por homens. Ou pensou que me apaixonando por Christian iria simplesmente perdoar Raymond, casar e ser feliz como nos contos de fadas justamente com o filho dele? 
- Não, mas pensei que iria perceber que vingança não é tudo nesta vida. 
- Pois para mim é o mais importante. - Sentei - Quero destruir Raymond. Acabar com sua carreira, reputação, com cada coisinha que ele ama, inclusive a admiração que o pobre do Christian sente por aquele monstro. Quando Raymond estiver completamente sem nada, sem chão assim como Renée se sentiu antes de se matar, darei o tiro da misericórdia.  
- Pretende envolver o Coronel na sua vingança? Vai destruir a relação dele com o pai? 
- Christian é um cara do bem e merece saber o lixo humano que o Raymond é. Só não contei a verdade ainda para ele porque sei que ficaria ao lado do pai neste momento. Christian pode até estar me amando, mas entre mim e o pai com certeza ficaria do lado do Comandante afinal, é a única família que ele tem. 
- Cuidado, Ana. Tenho medo que continue seguindo esse caminho de ódio, de mentiras e por isso, nunca consiga ser feliz. - José alertou segurando minha mão. 
- Nunca disse que estava buscando a felicidade, Jô. Sei muito bem que o caminho que estou traçando vai me levar a mais profunda escuridão, mas não vou deixar que a morte da Carla não tenha punição. Raymond destruiu nossa vida e vai ter o que merece, mesmo que para isso eu tenha que ser infeliz pelo resto da minha vida. 
[...]
Não serei feliz jamais, mas não é por isso que quero que todos ao meu redor também sejam infelizes. 
Pelo contrário, quero que José e Katherine sejam muito felizes e hoje darei um empurrãozinho para que isso aconteça ao menos com minha irmã de coração. 
Após alguns dias de mensagens trocadas com Elliot, ele está aqui na nossa cidade e daqui alguns minutos irá entrar por aquela porta para finalmente poder reencontrar Kate. 
- E aí? Estou bonita? - Kate perguntou enquanto dava uma voltinha no espelho. 
Usava um vestido rosa na altura dos joelhos, salto alto e um penteado feito por mim em seus cabelos loiros e ondulados. 
- Como uma lady. - Respondi sorrindo para ela quando a campainha tocou - É ele. - Deduzi. 
- Estou tão nervosa... - Kate mordeu os lábios. 
- Vai dar tudo certo. - Garanti sorrindo para a jovem que saiu do quarto em direção a porta da nossa casa. 
De longe acompanhei Kate abrindo a porta e dando um lindo sorriso para Elliot. Corados, ambos se abraçaram fortemente enquanto diziam que sentiram muito a falta um do outro durante o tempo que passaram separados. 
Achei tão fofo. 
Elliot é um bom homem assim como Christian, não tenho dúvidas.  
É... Algo me diz que a história de Kate e Elliot está apenas começando. 
[...]
Para que Elliot e Kate tivessem mais privacidade para conversar, quem sabe até namorar, José e eu saímos de casa pelos fundos. Ele foi procurar emprego mesmo sabendo que não será fácil arrumar um emprego sendo um ex-presidiário, mas torço demais por ele. Já eu resolvi caminhar pelas ruas para sentir a brisa do vento bater livremente no meu rosto, ter um pouco de paz, mas para minha sorte ou azar o celular tocou. 

Era Christian

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Era Christian.
Desde que tivemos nossa primeira vez ele vive me mandando mensagens mas infelizmente não podemos voltar a nos ver porque ele está enrolado com um trabalho do qual não me deu muitos detalhes. O fiz assegurar que não contará a ninguém sobre nós dois e confio que ele realmente vá se manter discreto quanto a isso pois se revelar a alguém infelizmente terei que abandona-lo. 
Desta vez, resolvi não atendê-lo. 
Parei em frente uma banca de salgados, comprei uma coxinha e sentei na praçinha para comer enquanto tentava relaxar um pouco. 
O celular tocou novamente, mas agora era somente uma mensagem e não, não era Christian. 
Era o maldito Raymond Steele. 

"Amanhã haverá uma reunião secreta dos Sentinelas no lugar de sempre. Não ouse  faltar! Atenciosamente, Comandante Steele."

Franzi a testa após ler aquela mensagem esquisita. 
Como ele conseguiu meu número de  telefone? 
O que será que Raymond quer comigo nesta reunião? 

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Sim, voltei com essa fic ❤

Estavam com saudades? Porque eu estava com bastante saudade de escrever essa história massa.

Mas e aí? Gostaram da primeira vez do Christian e da Ana?

E essa reunião com o Raymond? O que acham que ele quer? Teorias?

Não deixem de votar e comentar ❤

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