Capítulo 13 - Códigos

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Depois de algum tempo nós saímos da base. Eles nos deram um novo carro, onde colocamos nossas coisas e partimos para a rua. Ninguém havia falado uma palavra sobre o meu surto.

- Vamos para a prisão? – Clarisse perguntou do banco de trás.

- Vamos, todas as pessoas disseram quase a mesma coisa. Não há porque nós irmos para o centro da cidade, mas podemos ir para a prisão, tentar entender o porquê de eles terem concentrado seus ataques nesse local e podemos descobrir por qual motivo eles pegavam os presos de lá para os treinamentos de Zack.

- Isso pode demorar de alguma maneira? – Jack me encarava pelo espelho – Não podemos ficar muito tempo por aqui.

- Eu sei. – olhei para ele pelo espelho – Tóquio nos aguarda, mas mesmo assim precisaremos de tempo.

- E não se esqueça que Washington também nos espera ansioso. – Clarisse acrescentou e nós soltamos uma leve risada.



Chegamos em frente a prisão, eu estacionei e todos nós descemos do carro.

- Vamos nos separar novamente? – Melissa me olhava com preocupação.

- Por hora não, vamos até a sala de arquivos e depois até a sala do chefe da prisão.

- E a celas? – Jack se posicionou ao meu lado.

- Acho que não serão necessárias, sabemos oque vai ter lá. Cadáveres.

- Tem razão, não temos tempo a perder.

Começamos a andar em direção ao portão, ele estava destruído, caído no chão, então não foi esforço algum passar por ele. Entramos no prédio que não estava tão destruído e chegamos à mesa do recepcionista, subimos um lance de escadas e seguimos por um corredor. Passamos em frente à sala de câmeras de segurança, mas eu parei.

- Esperem. – olhei para Clarisse – Me de o gravador que estava com a gente.

Ela me entregou o gravador e eu o acelerei. Depois do surto nós fizemos mais algumas entrevistas e um deles havia falado a data do ataque. Deixei o áudio no momento exato em que a voz de um senhor disse a data.

- 11 de setembro não é?

Comecei a entrar em pastas, procurando os vídeos das câmeras de segurança de 11 de setembro, todos os que eu achava eu jogava para uma nova pasta da área de trabalho que eu havia criado.

- O que você quer com os vídeos de 11 de setembro? – Jack começou a observar meu trabalho na tela do computador.

- É o dia em que a cidade foi atacada, se eu pegar os vídeos das câmeras de segurança desses dias eu posso descobrir onde exatamente eles estavam concentrando seus ataques.

Terminei de mover os vídeos e peguei meu pen drive, pluguei-o no computador e movi a pasta com os vídeos para o mesmo.

- Mas do que adianta você copiar os vídeos e vê-los longe da prisão? – Jack me olhava com duvida.

- Eu vou vê-los aqui.

- Então por que esta movendo os vídeos para o pen drive?

- O computador vai explodir.

Tirei o pen drive, joguei a cadeira para trás, quebrei a parede com a super força e mandei o computador para fora que, ainda estando no ar, explodiu. A fumaça atingiu aquela parte da prisão.



- Que droga foi essa? – Jack disse em meio a tossidos – Por que ele explodiu?

- Ela estava super aquecido, por isso trabalhei rápido. Se eu demorasse mais um pouco ele teria explodido aqui mesmo.

Sai da sala passando pelas meninas e comecei a descer as escadas, todos estavam me seguindo. Sai do prédio e cheguei ao carro, abri o porta malas e peguei meu notebook em minha mochila.

- Vamos ver. – liguei o computador, que se iniciou rapidamente, e pluguei o pen drive no mesmo.

Configurei os vídeos para que rodassem um após o outro. O primeiro vídeo começou normalmente, ele estava mostrando o portão sem nada de mais acontecendo, pulei algumas horas de vídeo e os monstros começaram a invadir a prisão, estourando o portão e a porta da recepção.

Pausei o vídeo e pulei para as câmeras das celas. Os monstros adentravam as celas estourando as grades e, logo após, matavam os prisioneiros com brutalidade, arrancando membros, decapitando-os e partindo-os ao meio.

Troquei para as câmeras da sala do comandante da prisão e vi que os monstros apenas estavam bagunçando os arquivos, como se procurassem algo, mas foram embora sem sucesso. Fechei todos os vídeos, tirei o pen drive e o coloquei-o de volta no bolso, guardei o notebook de volta na mochila e fechei o porta-malas.

- O que descobriu cara? – Jack me olhava.

- Vamos nos dividir, Clarisse vem comigo, Jack e Melissa vão para onde eles guardam as fichas dos detentos. – peguei as fichas dos presos que eu havia pegado na base de Manhattan e entreguei para Jack – Verifiquem o porquê de esses presos terem saído, deve ter alguma justificativa, anotem todas. Eu e Clarisse vamos para a sala do comandante da prisão e procuraremos algum contrato e toda a ligação que eles tinham com o governo, deve ter algo a mais entre eles. Depois disso olhem no computador se tem algo sobre Zack, eu também olharei no computador do comandante.

- Por que teriam algo sobre Zack? – Jack me olhava com duvida.

- Sinceramente? Não sei, mas vale à pena tentar. – olhei para Clarisse – Vamos, não temos tempo a perder.

- Na verdade, será que eu poderia ir com Jack? – Clarisse me perguntou e aquilo foi pior do que um soco na cara.

Mas eu não poderia culpar Clarisse, eu também não iria querer ficar ao lado de quem pode ter outro surto a qualquer momento.

- Claro. – eu tentei dizer normalmente – Se Melissa concordar.

- Pode ser. – Melissa disse e entregou o walkie talkie para Clarisse.

Seguimos todos juntos para a entrada do prédio e depois nos separamos, eu e Melissa tornamos a subir as escadas e Clarisse e Jack entraram em outra porta e desceram um pequeno lance de escadas.


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