Capítulo Dezesseis

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Compramos brincos, colares, saltos, bolsas, e até botas -não resisti- ao final eram quinze para as cinco, tínhamos quarenta e cinco minutos para comprar um vestido, na minha opinião, e na de Kate, era muito pouco, mas fizemos o que podíamos com o tempo que tínhamos.

Eu escolhi um vestido azul escuro rodado e curto, batia nos joelhos, eu sei que não era a melhor opção para essa ocasião mas se eu vou fazer o Tom se lembrar de mim para sempre, eu tenho que fazer as coisas certas, nem que seja algo pequeno como usar um vestido que dê para andar de moto.

– Escolheu este por conta da cor favorita dele, certo? – Kate pergunta enquanto segura um vestido verde longo.

– Esse vai ficar lindo em você! – Comento e ela ri. – Ah nem vem, sei que você vai vir com uma conversa de "aí que você só vai fazer isso para impressionar ele" sendo que você nem gosta de verde.

– Mas você também escolheu essa cor só por conta do Thomy. – Faço careta e ela ri. – E ainda por cima é ciumenta.

– Não é ciúmes. – Ela ri ainda mais. –  Chata! – Reclamo fazendo-a gargalhar.

Voltamos a olhar os tecidos mesmo que, obviamente, fôssemos comprar vestidos já prontos, pois o baile seria esta noite. Apesar disso, os tecidos eram extremamente lindos e luxuosos o que valia uma boa olhada.

– Vai com aquele verde mesmo. – Digo quando ele pega o quinquagésimo vestido para “olhar” – Ele me faz lembrar da cor dos seus olhos.

– É, você tem razão, aquele é lindo. – Fala. – Embora a cor não seja das melhores, o modelo é bem bonito.

– E verde combina muito com a cor do seu cabelo. – Ela sorri.

– Ok, vou levar ele. – Sorrio e caminhamos juntas até o balcão a fim de efetuar o pagamento. Cada uma com o seu vestido em mãos.

Ao pagarmos, saímos da loja e ficamos paradas em frente a mesma esperando nossa carona chegar, assim que ele chegou, nós entramos na charrete e partimos em direção a casa da Kate.

– Okay, vamos para minha casa e nos arrumamos lá, eu já contratei uma carruagem para nos buscar às sete. – Com sua fala, desvio minha atenção do céu para ela.

– Carruagem? – Pergunto meio sem graça. – Eu não vou poder ir, lamento.

- O que? Mas por que?

– Ahm, é que eu...

– Você não vai com o Tom na moto, vai?

– Ahm... então... eu... – Suspiro. – Vou. – Digo sorrindo sem graça.

– Mas era para ser a nossa noite. – Resmunga.

– Você ia chamar o Nick também, não me faça de boba, eu não quero ser vela.

– Que vela o que eu...

– Não adianta. – Intereompi cortando  a fala da minha amiga – Esse provavelmente será nosso último encontro. Eu tenho que fazer isso.

– Tá bom, vamos só eu e o Nick então.

– E quanto a ir para sua casa agora... – Hesito. – Eu também não posso.

– Mais essa agora?

– Keyla pediu para que eu voltasse para casa às seis.

– Era para ser nossa noite de garotas, até isso eu não vou ter em meu último dia? – Dramatiza colocando a mão na testa.

– Deixe de ser dramática.

– Eu? Dramática? Você sempre me substitui por esta mulher, pensei que eu fosse sua melhor amiga.

Sobre a Luz das EstrelasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora