CAPÍTULO 6 - FUEGO

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- Não, é claro que não. - ele bufa.

- Porra, para de ser cabeça dura detetive. Você só tem a ganhar se juntando a mim, eu posso te dar segurança, eu convivo com bandidos das piores especies... Eu serei seu amuleto da sorte. - gargalho com a sua frase irônica.

- Amoleto da sorte? Caralho não força tá? Você mata pessoas, é um bandido perigoso e eu não quero ser uma foragida da lei por causa disso.

- A policia não tem a minha identidade e você não precisa matar ninguém, deixa que eu faço o trabalho sujo. E ai o que me diz?

- Eu já respondi. - ele passa as mãos pelos cabelos de um jeito charmoso.

- Você não está pensando direito, talvez seja a tpm ou por que você não consegue esquecer o beijo que eu te dei... - abro a boca chocada - É, deve ser isso que está te estressando, mas eu te garanto que isso aqui - ele aponta para nós dois - Será estritamente profissional. - sorrio sem acreditar no que ele acabou de falar.

- Você é muito sem noção, deve ter um cérebro minúsculo pra achar que eu senti algo por você além da sua saliva naquele beijo.

Ele gargalha tombando a cabeça pra trás com charme, depois volta seus olhos verdes intensos para os meus.

- Ah detective... - ele me olha de cima a baixo e passa as mãos pela barba - Você é mais dificil do que eu imaginei, pero me gusta eso. - ele sorrir maliciosamente e retira um cartão do bolso colocando ao lado da minha identidade sobre o móvel próximo a porta - Pense na minha proposta e me de a resposta até o final de semana. Hasta luego detective.

Esse espanhol... Puta merda.

Antes de sair vira seu rosto rapidamente mostrando um sorriso safado de quem sabe exatamente o que está causando dentro de mim. Quando ele fecha a porta atrás de sí, eu vou até lá trancando-a em uma tentativa idiota de conter as vibrações que meu corpo sentiu desde a hora em que ele pisou na minha casa.

Estou literalmente fodida.

(...)

Thursday, March 29.

ACORDEI COM foco total no caso da Stacy, eu preciso de mais respostas. Tem mais de vinte dias que estou nessa investigação e não consegui chegar em nenhuma pista concreta sobre o seu desaparecimento. Resolvo pegar o seu computador novamente pois eu tenho certeza que algo ali vai me dar um "norte" para a investigação.

Entro no seu servidor que eu hackiei e durante horas eu fico abrindo suas conversas nas suas redes sociais analisando o teor de cada uma mas não encontro nada suspeito. Volto para a sua caixa de e-mails e acabo descobrindo um e-mail no spam do dia 18/02 já lido com um conteúdo que me chama atenção.

"Me encontra amanhã as 21h no armazém 54 perto das docas."

O endereço de e-mail não forma um nome ou uma palavra coerente, mas anoto-o e encaminho esse e-mail pra mim para eu pesquisar no meu escritório de qual servidor ele foi enviado. Com certeza essa pessoa tem algo haver com o desaparecimento de Stacy.

Chegando no meu escritório eu verifico que a minha secretária eletronica está lotada de recado, e provavelmente são clientes querendo um horário na minha agenda que ultimamente anda lotada. Deixo isso pra depois e foco em pesquisar a localização do servidor que mandou esse e-mail para Stacy por que isso leva horas. Deixo o sistema aberto e enquanto ele faz a procura, eu ligo para um restaurante que tem aqui perto e peço meu almoço já que isso vai me tomar a tarde inteira.

Vinte minutos se passam e meu almoço chega, mas nada do sistema detectar a localização do servidor. Uma hora depois o meu nootbook apita informando que encontrou o local, corro até a minha mesa e anoto o endereço do lugar.

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