Cap. 41

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Rebeca

Posso ver que nada é como eu queria, um único olhar é capaz de mudar tudo, uma única palavra pode destruir tudo, e os gestos só ajudam para que tudo acabe mais rápido. Tenho percebido que Samantha anda meio distante, desde o dia que veio ficar aqui em casa, as coisas deixaram de ser reluzentes para ela, é como se ela estivesse entrado em uma outra realidade. Mas eu vejo em seu olhar que ela é fraca demais para me deixar, sou tudo que ela tem, já que aquele amiguinho gay a abandonou. Seus olhos me mostram medo, medo de ficar sozinha. A principio tive receio que ela me abandonasse, mas agora percebo que ela esta acorrentada em minhas pernas. Acho isso interessante, mais um ponto para mim.


Levando da cama sem me preocupar com o sono de Samantha, porém torcendo para que ela não acorde, esta muito cedo para ouvir sua voz irritante e fina. Ando até a cozinha, o chão gelado faz meu corpo se arrepiar, o sol que invade a casa é forte, fazendo meus olhos arderem. Abro a geladeira, encaro por alguns segundos, um pouco no mundo da lua ainda. Pego o presunto e o queijo que escondi de Samantha, já que ela tem que ter uma dieta saudável.


Como lentamente o misto que preparei, quando escuto o barulho do carteiro, não estou esperando nenhuma conta importante, mas mesmo assim deixo meu misto no prato e ando até a porta. Pego os envelopes.


- Conta, conta, conta. - Digo em voz baixa. Então aparece um envelope vermelho muito lindo, com um laço prata, meu nome escrito atrás, abro logo, toda curiosa.


"Marlon e Isabelle" escrito com letras grandes e pratas, meu coração para por um minuto, continuo a ler, para ver se é mesmo o que eu estou pensando, "vamos celebrar nosso casamento a beira da praia". Casamento? Como assim eles vão se casar? Eu so posso estar sonhando.


Meus olhos se enchem de lagrimas, eu não consigo segura-las. Solto o convite, junto com todos os envelopes. Tenho vontade de jogar tudo no chão, quero quebrar as coisas. Não consigo respirar direito.


Jogo o jarro de flores no chão, os cacos se esparramam pelo chão, assim como a agua, o barulho provavelmente deve ter acordado a Sam, mas isso não importa. Ando até a estante, pego a chaves do carro, e saio sem pensar. Com a fúria presa na garganta.


Depois de rodar a cidade quase toda, finalmente me dou conta de que ficar chorando, não mudará nada, se ele me traiu ele nunca me amou, e se ele nunca me amou, tê-lo deixa foi o melhor a fazer. Enxugo as lagrimas. E então caio de volta na realidade, meu pé começa a doer, olho para baixo, percebo que estou descalça e com um corte um tanto grande no pé. Pergunto-me como não senti nada antes.


***


Entro em casa sem fazer barulho, já são quase três da tarde, meu estomago esta roncando de fome. Encontro Samantha sentada no sofá da sala, seu rosto logo se vira em minha direção, percebo que ela não esta nenhum pouco contente com o meu sumiço.


- Onde você esteve? Acha que pode quebrar as coisas e simplesmente sumir, sem me da explicação alguma? Vei, isso foi ridículo, eu quase morri de preocupação, principalmente depois de ver o sangue no chão. - Olho pro chão, mas não vejo nada, nem mesmo os cacos. - Eu já limpei. - Disse ela como se eu estivesse duvidando.


- Ah, me desculpa, mas eu não devo muita satisfação a você. Você quem me deve. - Os olhos dela se arregalam de ódio, raiva, incompreensão. E então eu a abraço apertado, com uma grande falsidade nos braços, querendo apenas suprir o buraco causado pelo Marlon. - Desculpa, eu só tive um surto, vá se acostumando, as vezes acontece.


- Oh minha princesa, eu entendo. Desculpa ter sido incompreensiva. Quer falar sobre o que te incomoda?


- Melhor não mexermos nessa ferida.


- Como quiser. Minha florzinha. - Samantha me olha nos olhos, e pela primeira vez não consigo entender o que ela esta sentindo, seus olhos se transforam em algo ilegível, e sem mais nem menos, ela me beija, ferozmente. Fazendo meu corpo todo deseja-la nua. Eu quero chupa-la.


Toco em sua vagina, fazendo com que ela estremeça, desabotoo seu short, Samantha faz uma cara de safada, dando um sinal para que eu continue. Beijo sua barriga, mamo em seus lindos peitos, passo a língua em seu pescoço, e finalmente tiro sua calcinha, toco sua buceta, molhadinha, o que me faz delirar. Passo minha língua super devagar em sua buceta, sentindo o gosto salgadinho, seu mel é muito gostoso, deixando-me descontrolada, a cada lambida eu quero mais. Sam puxa meus cabelos, sue prazer é evidente. Samantha se contorce, e eu entendo perfeitamente do que ela precisa, enfio meu dedo nela,  fazendo movimento de tesoura, ela revira os olhos, gemendo bem baixo e por fim goza em minha mão.  E eu me sinto menos vazia.

O mais novo interesseWhere stories live. Discover now