79° Capítulo

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O Harry acabou ficando no meu quarto a noite passada depois do Tristan e a Steph terem ido para o apartamente dele. O resto da noite passamos a conversar e nos beijando antes de o Harry finalmente adormecer com a cabeça no meu colo. Sonhei com o tempo e o lugar onde podiamos realmente viver juntos. Ia adorar acordar todas as manhãs com o Harry ao meu lado, mas não é real. Sou nova demais.

A manhã de segunda já chegou e o meu alarme foi agendado para tocar dez minutos mais tarde, estragando a minha manhã. Depois de tomar banho e passar maquilhagem rapidamente, acordo o Harry antes de ligar o secador de cabelo.

"Que horas são?" ele resmunga. 

"São seis e meia, tenho que secar o cabelo."

"Seis e meia? Não tem que estar lá antes das nove, volta para a cama."

"Não, ainda tenho que arrumar o cabelo e ir buscar café. Tenho que sair lá pelas sete e meia, a viagem são quarenta e cinco minutos." relembro ele.

"Vai chegar lá quarenta e cinco minutos antes, devia sair às oito." ele fecha os olhos e vira na cama.

Ignoro ele e ligo o secador, ele pega numa almofada e cobre a cabeça com ela. Depois de encaracolar o cabelo, vou de novo à minha agenda para ter certeza que não me esqueci de nada.

"Vai para as aulas quando sair daqui?" pergunto enquanto me visto.

"Sim, provavelmente. Posso usar a tua escova de dentes?" ele sorri e sai da cama.

"Uh, acho que sim. Posso comprar uma nova quando voltar." digo. Nunca ninguém me pediu para usar a minha escova de dentes antes. Mentalmente me vejo a pô-la na minha boca depois de ele a usar. "Sim, pode." repito. Não posso evitar em reparar que os olhos dele viajam para baixo e para cima no meu corpo.

"Continuo dizendo que não devia sair antes das oito, pensa nas coisas que podiamos fazer em trinta minutos." ele se desfaz em sorrisos. Os meus olhos viajam para a protuberância na sua cueca e o meu corpo imediatamente aquece. Os meus dedos param no botão do meio da minha camiseta enquanto ele preguiçosamente atravessa o pequeno quarto para ficar atrás de mim. Gesticulo para ele fechar a minha saia, as mãos dele roçam a minha pele nua antes de ele fechar lentamente a minha saia e eu ponho a minha camiseta dentro dela.

"Tenho que ir, ainda tenho que ir buscar café. E se houver trânsito? Um acidente? Pode estourar com um pneu ou precisar de combustivel? Posso me perder, ou não conseguir encontrar onde estacionar. E se tiver que estacionar longe e depois tenho que fazer uma grande caminhada, e vou estar cansada, vou precisar de alguns minutos para..."

"Tem que se acalmar bebé. Estás uma pilha de nervos." ele suspira na minha orelha. Olho para ele no espelho. Ele parece tão perfeito quando acorda, o sono faz ele parecer mais suave.

"Não consigo evitar, este estágio é tão importante para mim. Não posso correr o risco de o estragar." a minha cabeça está correndo. Vou ficar bem depois de hoje, depois de saber o que esperar e posso planejar a minha semana em acordo com isso.

"Não quer aparecer lá nervosa desta forma, eles vão te comer viva." ele deixa um caminho de pequenos beijos pelo meu pescoço.

"Vou ficar bem." espero eu. Arrepios cobrem a minha pele do hálito quente dele contra o meu pescoço.

"Me deixa te relaxar primeiro." a voz dele é baixa e sedutora, atada com sono.

"Eu..." ele rasteja o seu dedo pela minha clavicula a para baixo para o meu peito. Os olhos dele encontram os meus no espelho e eu suspiro em derrota. "Cinco minutos?" pergunto e imploro ao mesmo tempo.

"É tudo o que preciso." me movo para me virar mas ele me para.

"Não, eu quero que veja." ele ronrona na minha orelha. Sinto o familiar desejo entre as minhas pernas das palavras dele. Engulo e ele move o meu cabelo do meu ombro e puxa o seu corpo contra o meu. As mãos dele viajam para baixo para o fim da minha longa saia.

"Ao menos não está usando meias hoje, e devo dizer que sou um fã desta saia." ele diz e puxa para a minha cintura.

"Especialmente quando está para cima desta forma." os meus olhos estão colados à mão dele no espelho e a minha pulsação está vibrando. Os dedos dele estão fracamente frios quando entram dentro da minha calcinha, o contato me faz saltar levemente e ele ri no meu pescoço. A outra mão dele está em volta do meu peito, me aguentado no lugar.

Me sinto tão exposta mas quero fazer isto ao mesmo tempo. Vê-lo me tocando leva a minha mente a lugares que eu nunca soube que existiam. Os dedos dele se movem calmamente dentro de mim e ele beija o meu pescoço suavemente.

"Vê o quão bonita é." ele sussura contra a minha pele. Olho para mim no espelho e mal me conheço. As minha bochechas estão coradas num profundo vermelho, os meus olhos estão arregalados e selvagens. Com a minha saia puxada até à minha cintura e com os dedos do Harry se mexendo dentro de mim, pareço diferente... sexy no entanto.

Os meus olhos se fecham quando sinto a minha barriga apertar. O Harry continua a sua linda e lenta investida e eu puxo o meu lábio inferior entre os meus dentes para sufocar um gemido.

"Abre os olhos." ele manda. Os meus olhos encontram os dele e isso me manda ao limite, o Harry atrás de mim, me segurando, me vendo se desfazer por causa do seu toque, é tudo o que preciso. A minha cabeça rola para trás para o ombro dele e as minhas pernas começam a tremer.

"É isso mesmo bebê." ele murmura e me aperta mais para me segurar enquanto a minha visão ofusca e eu gemo o seu nome.

Quando os meus olhos abrem, o Harry beija a minha têmpora e coloca um caracol atrás da minha orelha antes de puxar a minha saia de volta ao lugar. Me viro para o encarar e olho para o relógio. São apenas sete e trinta e cinco. Ele realmente só precisou de cinco minutos, penso comigo e riu.

"Vê, está muito mais relaxada e pronta para assumir a corporativa Americana, certo?" ele sorri, obviamente orgulhoso de si próprio. Não o culpo.

"Sim, por acaso. Mas você é um péssimo Americano." brinco com ele e pego a minha bolsa.

"Não pretendo o contrário." ele ri. "Última oportunidade para te levar, bem, visto que o meu carro não está aqui, posso te levar no teu?"

"Não, obrigada mesmo."

"Boa sorte, você vai se sair bem." ele me assegura e me beija outra vez.

Agradeço e pego as minhas coisas e deixo ele no quarto. Esta manhã se tornou a melhor tirando o fato do meu alarme tocar dez minutos mais tarde. A viagem é rápida e não há absolutamente trânsito nenhum ou acidentes. Quando entro no estacionamento, estaciono na fila da frente e vejo as horas. São só oito e meia. Decido ligar ao Harry para passar o tempo.

"Está bem?" ele diz do outro lado.

"Sim, já cheguei." digo. Consigo imaginar a expressão convencida dele.

"Eu te disse, podia ter ficado mais dez minutos e me fazer um boquete." ele diz e eu riu.

"Sempre um perverso, até mesmo a esta hora da manhã." dou pequenas risadas.

"Yep, sou coerente."

"Não vou discutir contra isso." brincamos para lá e para cá sobre a falta de virtude dele antes de desligarmos e ser tempo de ir para dentro. Faço o meu caminho para o último andar onde o escritório do Christian Vance está localizado e informo a mulher na frente o meu nome. Ela pega no telefone a uns segundos depois ela desliga e me dá um grande sorriso.

"O Sr. Vance gostaria de vir aqui fora, ele estará aqui num segundo." ela sorri.

"Srta. Young!" ele me cumprimenta. Ele está vestido com um terno, estou um pouco intimidada mas agradecida que estou vestida profissionalmente. Ele está segurando uma capa grossa debaixo do braço.

"Olá Sr. Vance." sorriu e alcanço para um aperto de mão.

"Vamos lá e me chame de Christian. Vou te mostrar o teu escritório."

"Escritório?" deixo escapar.

"Sim, vai ter o teu próprio escritório, não é muito mas vai precisar do teu próprio espaço." ele sorri. Wow. Não esperava ter uma secretária, estar sozinha num escritório. Ele anda muito rápido, me esforço para me manter nos saltos.

"Vamos tratar da papelada quando chegarmos ao teu escritório." ele vira à esquerda para um corredor cheio de pequenos escritórios.

"Aqui estamos." ele diz. Há uma etiqueta com o meu nome em letras brancas em negrito perto da porta. Devo estar sonhando. O escritório é tão grande como o meu quarto, o Sr. Vance e eu temos diferentes ideias de "pequeno". Há uma mesa de cerejeira de tamanho médio, dois armários e duas cadeiras, uma prateleira de livros e um computador na sala. Ele se senta em frente à mesa por isso me sento atrás. Vou levar algum tempo para me habituar à ideia de que isto é mesmo o meu escritório.

"Então Srta. Young, vamos ver o que é que os teus deveres incluem." ele diz. "É esperado que leia dois manuscritos por semana, se eles forem bons, me manda. Se não valerem a pena eu ler, coloca no lixo." a minha boca se abre. Este estágio é, literalmente, um sonho tornado realidade. Vou ser paga e vou receber créditos na faculdade por ler.

"Vai começar com apenas quinhentos dolares por semana, se correr tudo bem depois de noventa dias, vais receber um aumento." ele me diz. Quinhentos por semana! É muito mais do que pensava. É dinheiro suficiente para ter o meu apartamento.

"Muito obrigada, isto é muito mais do que eu esperava." digo. Mal posso esperar para ligar ao Harry e dizer sobre isto.

"O prazer é meu, tive boas informações que é uma trabalhadora. Talvez possa dizer ao Harry como isto aqui é bom e ele podia voltar a trabalhar para mim." ele ri.

"O quê?"

"O Harry, ele costumava trabalhar para nós antes da Portland Independent contrata-lo. Ele começou como um estagiário aqui o ano passado, mas rapidamente o contratei e ele trabalhava em casa, ele disse que não gostava de trabalhar num escritório. Vai entender." ele sorri. "Mas eles ofereceram mais dinheiro por isso ele nos deixou, mas ainda trabalha em casa." ele ajusta o seu relógio.

"Vou tentar dizer a ele." riu nervosamente. Não fazia ideia que ele tinha um emprego. Ele nunca o mencionou.

"Vamos tirar esta papelada do caminho." ele tira da capa. Depois de trinta minutos de "assina aqui" e "inicial aqui" finalmente acabo a papelada.

"Esta livre para decorar o escritório da maneira que quiser, desde que seja apropriado claro." ele ri. "Vou te deixar para se familiarizar com o teu computador, tenha certeza que o teu registo e a palavra passe te deixam entrar no sistema e depois pode ir por hoje. Te vejo de novo amanhã." ele diz e vai embora, fechando a porta trás dele. Não consigo evitar em sorrir e me girar na minha cadeira, na minha mesa, no meu novo escritório.

AFTER (Tradução Português/BR)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora