As ondas inconstantes do mar, com seu vai e vem, indo e vindo, trouxeram para um novo e inesperado amor para Cecília. Sua vida, se transformará completamente a medida que se encanta, fascina e apaixona pelos mistérios da existência de Benjamin.
Um...
Cheiro de tarde, gostinho de leveza Azul é a cor mais rara, mas vibra dominante; maresia
Garças voltando para o lar, maresia Complexa destreza, gaivotas a pescar
Novos rumos tomei, mas jamais te esquecerei, não há nada como o lar, já diziam a tempos, minha terra tem palmeiras onde cantam sabiás, maresia.
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O som dos carros lá foram anunciavam que a cidade já estava de pé. Levantei-me para abrir a veneziana. Meu corpo rogava desesperadamente por um bocado de luz.
Depois do meu passeio alucinado peguei uma pneumonia e uma laringite. Tive de ficar em repouso por uma semana inteira. Na segunda titia fez um bolo de cenoura maravilhoso, na terça vovó me leu alguma poemas e na quarta Sophia me presenteou com um livro, O Velho e o Mar. Fiquei imensamente feliz, comecei a lê-lo imediatamente. Na quinta assistimos filmes e na sexta terminei de ler o livro. No final de semana Dr. Marcelo, médico da família, veio me visitar e me disse que eu estava bem melhor, mas que precisava continuar repousando e não fazer nada que pudesse me cansar. Sem esforços.
Engoli uma das cápsulas com ajuda de água. Aquela coisinha amarga passou raspando pela minha garganta. Não aguentava mais as pílulas e os xaropes. Apenas queria ficar bem logo.
No fim da tarde tomei uma ducha bem quentinha. Tão aconchegante. Deixei por alguns minutos a água apenas cair sobre meu corpo. Fechei os olhos por um momento e me senti agradecida por estar segura, por estar na companhia de vovó e saber que vivi mais um dia.
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Durante uma semana fiquei matutando o que havia acontecido. Tudo estava tão nebuloso em minha mente. Cheguei a me perguntar se estava sonhando e até cogitei estar louca. Louca de saudades de minha vida em Búzios, mas no domingo, cheguei a conclusão de que não estava louca e que toda aquela coisa não havia de ter sido um sonho. Tudo aquilo, de alguma forma inexplicável, pelo menos por enquanto, havia acontecido, foi real e ainda é. Sinto isso na minhas veias. As lembranças estão tão vivas como aquarela na tela. Não é como se fosse um grupo se cenas perdidas como quando eu tento me lembrar de um sonho, é real e eu me lembro de cada detalhe. Não contei pra ninguém, nem mesmo pra Sophia, pois ela poderia achar que tenho alucinações ou que bati muito forte com a cabeça quando desmaiei.
