Believe

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Lilly Luna Potter narrando:

Fecho os olhos. Escuto os gritos que vem lá de fora, estou há tarde inteira nesse camarim deixando que as moças me vistam do jeito que Victorie mandou, ela que fez as roupas para esse espetáculo, segundo ela precisa ser perfeito e pela primeira vez eu concordo sem discutir.

Apesar de eu amar as outras bandas, preciso ganhar e então me esforçar para conseguir a gravação do disco. Talvez esse seja o futuro mais certo que eu vá ter. Desisto dos meus pais, ou melhor da Gina, ela é simplesmente maluca, só pode.

Apesar de que eu ainda quero dizer umas boas verdades para ela. Respiro fundo. E então escuto uma batida no camarim. Deve ser Riley.

–Senhorita Potter – uma das moças que foi atender me chama e eu me viro lentamente para ela, ainda estão terminando minha maquiagem – Seu pai está aqui, ele quer entrar, posso deixar?

–Tudo bem – digo, eu estava mesmo querendo falar com ele, talvez fosse hora de perdoar. Não é culpa dele que Gina seja do jeito que é, e nem culpa dele que ele a ame, assim como o pai de Scorp ama Astoria e não pode mudar isso.

–Hey – Harry entra e dá um sorriso a o me ver, não faço a menor ideia de como estou porque só me deixam ver os resultados no final. Ele está com um buquê enorme de rosas na mão – Você vai fazer muitos corações pararem lá na frente – eu sorrio – Você está linda.

–Obrigada... Pai – Harry abre ainda mais o sorriso e posso ver que tem lágrimas querendo sair de seus olhos.

–Trouxe para você – ele transfigurou um chapéu em um vaso e as colocou lá dentro – É para dar sorte, apesar de que com o seu talento você não precisa disso.

–Sorte nunca é demais – sorrio e me levanto indo até ele e segurando suas mãos – Muito obrigada.

–Tudo bem – ele sussurra, não sei se é a resposta correta, nem ao menos se é uma resposta, é quase uma pergunta, ele não tem certeza se o perdoei. Na verdade, nunca consegui odiá-lo para precisar de um perdão. Os últimos anos foram um inferno, mas ainda lembro da época em que eu era sua princesinha e nós éramos os mais unidos do mundo. Quando eu ainda não estava em Hogwarts e meu pai não convivia muito tempo sozinho com a minha mãe e ela não podia inventar mil mentiras.

–Tudo bem – confirmo e meu pai sabe que está perdoado. Ele me abraça forte e eu também o abraço. Sinto as lágrimas vindo, mas então lembro que não posso chorar, mas Harry não está maquiado e começa a chorar – Está tudo bem, pai, tudo bem...

–Eu sei... Eu sei – ele me dá um beijo na bochecha – Eu não poderia estar mais orgulhoso, arrase lá em cima, filha – ele passa a mão no meu rosto e então saí. Dou um sorriso que sei que não vai sair dos meus lábios tão cedo.

Riley Black Malfoy narrando:

Estou indo para o camarim da Lilly, ela deve estar quase pronta, estou quase lá quando vejo o Sr. Potter saindo de lá. Respiro fundo, espero que não tenha ido magoá-la ainda mais, é quando vejo que ele está chorando.

É mais ou menos aí que ele olha para mim, seu olhar é confuso, mas posso ver que tem ciúmes, nada que um pai não vá ter por uma filha. Suspiro aliviado, tudo está bem.

–Malfoy – ele fala se aproximando – Soube que está saindo com a minha filha.

–Na verdade, estamos namorando, senhor – sempre usei termos de respeito com ele, não era agora que eu iria mudar.

–Eu iria falar que não dei permissão para isso, mas não sei se tenho o direito de querer ao menos fingir que isso é algo necessário. Parei de ser um pai presente para ela há muito tempo – ele respira fundo – Mas isso não quer dizer que continuo sendo um relapso, ela é minha princesinha, minha bebê, se você a machucar, a quebrar, a trair ou fazer qualquer mal para ela você vai se arrepender disso amargamente – as palavras eram praticamente as que Albus e James viviam repetindo para mim, então apenas sorrio.

A Minha Amada PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora