Um Pouco da Verdade Para Um Irmão Irresponsável

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Lilly Luna Potter narrando:

Eu abro meus olhos e vejo que estou na enfermaria, ou na sala precisa transformada em enfermaria, suspiro e sento, sentindo o frio invadir meu corpo, estou só com uma camisola de algodão branco e está gelado ali. Vejo que Riley está dormindo em uma das poltronas, os cabelos bagunçados e com o rosto preocupado. Suspiro e não preciso pensar duas vezes para saber que nossas panteras estão por ali. Sinto meu corpo ainda fraco, mas não estranho, estou acostumada com isso.

-Eu ainda não estou dormindo – escuto Riley murmurar e abrir seus belos olhos, levantando e vindo até mim, que já estou sentada com os pés para fora da maca querendo descer dali – E você precisa ficar aqui.

-Eu estou perfeitamente bem – sussurro para ele, sei que isso é uma mentira, mas estou acostumada a mentir, tento descer da maca, mas ele me segura empurrando-me lentamente para trás e fazendo que eu me cubra.

-Não está e sabe disso – ele sussurra com cuidado, sentando do meu lado e segurando minha mão, sinto o calor de sua pele e por algum motivo meu coração se alegra ao sentir a pele dele contra a minha – Eu sei que não quer isso Lilly, mas você precisa de ajuda – ele me encara preocupado e eu tento não olhar para os seus olhos, mas parece que seu olhar me puxa e me prende, eu mordo o lábio e o olho contendo as lágrimas.

-Eu não quero que eles saibam que sou fraca Riley – minha voz não passa de um sussurro, e meus olhos estão cheios de água, sei que vou começar a chorar a qualquer momento – Eu não quero dar motivos para aquele sorriso besta da Rose aumentar, eu não quero que Albus ou James saibam que por culpa deles eu tentei me matar, que foi por um comentário idiota que comecei a vomitar, e que todos os dias antes de dormir eu rezo para ter os meus irmãos de antes deles entrarem em Hogwarts, como eu rezo para nunca ter nascido, ou para que tudo melhorar. Já fechei meus olhos não querendo acordar, mas eles não podem saber disso, e sabe por quê? Porque eles sabendo o poder que tem sobre mim só irão fazer tudo piorar, eles não sentem Riley, eles não têm dó, eles gostam disso, e se souberem que seus objetivos são compridos tudo o que eu passo passará a ser maior – minha voz está controlada, um pouco trêmula e eu sei que já estou chorando, mesmo que não tenha nenhum soluço eu me conheço, aprendi a chorar baixinho para que ninguém escute.

-Mas e seus pais?

-Riley, não seja idiota, meu pai ama os filhos mais do que poderia me amar, sou sua princesa, mas nunca serei como os perfeitos, e minha mãe, prefere Rose do que a mim, e só me usa para fazer as coisas dela, é assim que funciona, é assim que vai ser pra sempre – agora minha voz está mais trêmula, mas não estou soluçando. Riley me encara preocupado, e sinto seus fortes braços me abraçarem, eu recosto minha cabeça em seu peito e choro silenciosamente, encolhendo-me e não acreditando que falei isso tudo para ele.

James Sirius Potter narrando:

Recebi a carta de Riley em pouco tempo, ele falou que teria esperado minha irmã acordar para escrever, mas não tinha como esperar, precisava falar comigo, e urgente e sobre Lilly.

Eu pensei que era uma peça dos garotos, quer dizer todos desprezavam Lilly? Uma tremenda idiota e inútil, porque eu me preocuparia com ela? Quer dizer, Rose era mais minha irmã do que ela, mas mesmo assim, como eu pensei ser uma peça eu aparatei do bar onde estava até Hogsmeade e entrei em Hogwarts, indo até a Sala Precisa, isso já era madrugada, mais ou menos quando ele dizia na carta que "Lilly iria acordar".

A Minha Amada PotterWhere stories live. Discover now